
MIGUEL A. LOPES / LUSA
Já passaram 10 anos e parece que foi ontem. Até porque uma parte substancial dos membros desse governo estão actualmente em funções. Parece que foi ontem porque o Portugal político que em 2006 nos levou para o buraco em pouco se distingue do de hoje.
O na altura ministro das finanças e o único, no governo de então, que foi capaz de enfrentar José Sócrates é senhor de uma frase lapidar no Dinheiro Vivo (DN/JN) de hoje: “Portugal, de 2011 até agora, foi consistente e mostrou rigor nas contas públicas“. Assumindo a falta de rigor das contas públicas no reinado do “animal feroz”. A falta de rigor que teve como consequência a bancarrota e a vinda da troika. A que se seguiram anos de sofrimento, de pobreza e de um Portugal intervencionado.
Sem perdão possível.
Ora, os filhos, os enteados e as viúvas de Sócrates continuam a “andar por aí”, como se nada fosse. E ninguém foi preso. Porque em Portugal a culpa morre sempre solteira. Entretanto, José Sócrates continua a aguardar se vai ou não a julgamento. E Portugal continua à espera de D. Sebastião…
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