Pinto da Costa critica arbitragem do Sporting (2021)
“Falar de árbitros é estúpido, mas há muitos estúpidos” (2012)
Expor ao vento. Arejar. Segurar pelas ventas. Farejar, pressentir, suspeitar. Chegar.
Pinto da Costa critica arbitragem do Sporting (2021)
“Falar de árbitros é estúpido, mas há muitos estúpidos” (2012)
Comemoramos o segundo 25 de Abril em contexto de pandemia sanitária provocada pelo vírus SARS-COV, responsável pela doença COVID-19. Foi um ano difícil e imprevisível, que juntou a crise sanitária a uma crise social latente que ganha e ganhará novos contornos. Fomos todos obrigados a repensar os hábitos, os prazeres e as relações sociais com as medidas de isolamento, distanciamento e confinamentos sucessivos, mas também o emprego com o teletrabalho e o crescente desemprego, a escola com as aulas online e o futuro.
Mas falando de futuro, e da imprevisibilidade que o pode caracterizar, sabemos, no entanto, que dele depende boa parte do presente e das decisões tomadas hoje, tanto políticas como as pessoais. Neste quadro, é da nossa responsabilidade a salvaguarda da democracia e das suas instituições como garantes de um futuro marcado pela igualdade, a liberdade e maior diversidade, ou de permitir retrocessos políticos e o afirmar de ideologias já vencidas como as pró-fascistas – com o autoritarismo, a perseguição, a censura, a misoginia e o racismo que o caracterizam.
Ouviremos aqueles que abominaram sempre as transformações democráticas, pelo desconforto que trouxe aos seus privilégios, a apontar o caminho para trás, usando as dificuldades quotidianas, as frustrações legítimas de parte da população, para piorar – nunca para melhorar – as suas vidas.
Imagem retirada de Marca.com
Para quem tanto gosta do mercado livre, da mão invisível, do capitalismo como um todo, da ganância e do crescimento económico, esta ideia de “Super-liga Europeia” deve deixá-lo nos píncaros da felicidade.
Não me venham com “o futebol é do povo”; não, não é. Há muito deixou de o ser. Quando o que interessa no desporto são os financiadores, os patrocinadores, os empresários e os políticos, fica tudo dito sobre a “classe” a que hoje pertence o futebol.
Habituem-se, se já não estavam habituados: o futebol é de quem mais dólares tem na conta bancária, dos milionários das Gazproms e dos oligarcas espalhados por esse mundo fora. O futebol não é um desporto, há muito deixou de o ser; é uma plataforma de troca e venda de pessoas a custos irreais e um negócio rentável para quem mais tem. Enquanto isso, a pobreza grassa, a pandemia acentua a tendência e os mais ricos… bem, os mais ricos mais ricos ficam.
Dito isto, aproveitem bem os benefícios deste bom capitalismo.
Sei, tenho bem presente e defendo a presunção de inocência a que todos os indiciados, arguidos, acusados e pronunciados têm direito até ao trânsito em julgado, mas isso não obsta a leitura política.
Nessa perspectiva, talvez eu seja esquisito em demasia, não me caiu nada bem que Rui Moreira, acusado pelo Ministério Público, tenho usado o espaço de comentário que tem na TVI para zurzir num outro acusado e agora pronunciado, José Sócrates.
O pudor nestas situações, mesmo de quem se sabe inocente, deveria sensibilizar ao recato.
Abril é considerado em Portugal o mês em que se celebra a liberdade. É uma boa altura para refletir sobre as liberdades que estão em perigo ou que não estão garantidas. Será que a liberdade chegou mesmo para os jovens?
Em traços gerais, hoje um jovem herda uma dívida pública castradora, sobre a qual vai ter de pagar um enorme défice, depara-se com um sistema de segurança social frágil, num país que está envelhecido e pobre e vai ter de suportar um dos mais elevados esforços fiscais no mesmo país que tem vindo a perder consecutivamente posições na tabela da competitividade. Este jovem vive num país que regista um consumo elevado de ansiolíticos e que apresenta, em todas as gerações, um estado de saúde mental deteriorado. Urge reerguer as condições necessárias para se percorrer individualmente o caminho da concretização de sonhos e, em sociedade, fazer-se um percurso de prosperidade. Tenhamos consciência de que, para se fazer esse percurso, o caminho tem de ser de liberdade.
Mas, como podemos nós falar de liberdade no início de vida quando:
– Não podem escolher a escola que querem frequentar, sobretudo se não tiverem um elevado nível socioeconómico;
Ontem, o Chega fez uma manifestação nas ruas de Lisboa. Pelos vistos, só de fora de Lisboa, vieram uns 30 autocarros. A desculpa para a demonstração de força foi a história da ilegalização do partido. A realidade é outra: o Chega está a mostrar que a rua deixou de ser um exclusivo do PCP e do BE.
Ontem, para enorme surpresa minha, nas imagens que vi nas redes sociais, encontrei nas fotos vários conhecidos meus. Antigos colegas de escola no ciclo e de faculdade que marcaram presença na dita manifestação. Ainda estou sem palavras. Alguns deles que, nessa época, me diziam para eu não ser tão radical nas questões de futebol. Para eles, radical era discutir com paixão um golo, um erro de arbitragem, uma derrota do clube adversário. Estamos a falar de pessoas absolutamente normais e não de “xoninhas”. Estamos a falar de microempresários, trabalhadores por conta de outrem, funcionários públicos, profissionais liberais, professores, etc. Alguns deles vi, no passado, em acções de campanha do PS, do PSD e até do Bloco. Viu-os apoiar movimentos completamente opostos ao Chega. Como foi possível chegar até aqui?
Há umas semanas, algures entre o Teams e o Zoom, o cronista apresentou, entre outros artigos, os New Methods for Second-language (L2) Speech Research, do Flege — e achou curiosa a serendipidade do próximo parágrafo que lhe caiu ao colo, o dos new methods do nosso querido Krugman. A serendipidade. Nada encontrareis igual àquilo. Nada. Garanto. […]
Como escreve Natalie B. Compton, “um urso fez uma pausa para uma extensa sessão fotográfica“. Onde? Em Boulder, CO, nos Estados Unidos da América.
N.B.:
Debate político entre Aventadores. A Esquerda, a Direita, e não só.
A actualidade em análise com as opiniões dos participantes no Aventar sobre a actualidade.
Debate sobre política, sociedade, actualidade, entre outros.
As músicas escolhidas pelos participantes do Aventar com espaço para entrevistas e apresentação de novas bandas, tendências e sonoridades.
Aqui reinam as palavras. Em prosa ou poesia. A obra e os autores.
Rotura? Rotura incide sobre o físico (ligamentos, canos). Ruptura, sim, diz respeito à interrupção da continuidade de uma situação. Ruptura, portanto. *Rutura não existe.
O analfabetismo tem 292 809 pessoas, enquanto no Porto há menos de 232 000 (dados de 2021).
O assunto é tão grave que até partilho um artigo do Expresso.
Amanhã, em Liège, no Reflektor, Thurston Moore Group (com Steve Shelley). Depois de amanhã, em Courtrai (Kortrijk, no original), Lee Ranaldo, com os fabulosos The Wild Classical Ensemble. Só nos falta a Kim Gordon.
Pais pedem aulas extra para compensar efeitos das greves de professores
o Novo Banco começou a dar lucro. 561 milhões em 2022. E tu, acreditas em bruxas?
Durão Barroso não é nem padre, nem conservador: é José, não é [xoˈse], pois não, não é. Irá casar-se (com alguém). Não irá casar ninguém.
no valor de 3 milhões de euros, entraram no país de forma ilegal? Então o Bolsonaro não era o campeão da honestidade?
fixou o preços dos bens essenciais, em 1980, para combater a inflação. O nosso Aníbal já era bolivariano ainda o Chávez era uma criança.
Enforcamento, ataque cardíaco e quedas de muitos andares ou lanços de escadas, eis como se “suicidam” os oligarcas na Rússia contemporânea. Em princípio foram gajos da CIA. No Kremlin são todos bons rapazes. Goodfellas.
Retirar “referências racistas” dos livros/filmes de 007? Qualquer dia, ”Twelve Years a Slave” ou “Django Unchained” serão cancelados.
Foi para isto que vim ao mundo? Estava tão bem a baloiçar num escroto qualquer, tão descansadinho.
E uma linguista chamada Emily M. Bender está preocupada com o que irá acontecer quando deixarmos de nos lembrar disto. Acrescente-se.
Foto: New York Magazine: https://nym.ag/3misKaW
Exactamente, cacofonia. Hoje, lembrei-me dos Cacophony, a banda do excelente Marty Friedman. Antes de ter ido para os Megadeth, com os quais voltou a tocar anteontem. Siga.
Oh! E não se atira ao Pepê? Porquê? Calimero, Calimero. Aquele abraço.
O que vale é que em Lisboa não falta onde alojar estudantes deslocados e a preços baratos.
Onde? No Diário da República e no Porto Canal. That is the question. Whether ‘tis nobler in the mind to suffer… OK.
Maria de Lurdes Rodrigues escreveu uma crónica intitulada “Defender a escola pública”. Em breve, uma raposa irá publicar um livro intitulado “Defender o galinheiro”
Lição n.º 1: Concentrar elementos do mesmo campo semântico. Exemplo: “Erguemos os alicerces necessários para podermos afirmar hoje, com confiança, que não começámos pelo telhado. A Habitação foi sempre uma prioridade para nós“.
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