Monte Negro – a nova face de El-Rei Dom Sebastião

Fotografia: Tomás Silva

Luís Montenegro é, por estes dias, a personificação do mito sebastianista lá para os lados do velhinho PPD.

Depois de anos amolecido, foi preciso esperar que o ruinoso Rui Rio terminasse os seus mandatos e não se re-candidatasse, para que o agora líder do PPD (sem SD) se mostrasse pujante e firme. Luís Montenegro é como aquele puto que, na escola, nas aulas de educação física, diz que é o melhor da turma porque corre muito e resiste a todas as provas de apetência física – mas só se mostra disposto a fazer a aula quando há greve dos professores. Luís também é como aquele nosso colega que diz que já galou duas, três, quatro ou seis, mas que nunca teve uma namorada que conhecêssemos.

Centrista justiceiro, anti-social-democracia, anti-socialismo e anti-ultra-liberalismo, Montenegro é aquele/a namorado/a antigo/a, com quem acabamos a mal, mas que uns anos depois nos aparece à porta, com um novo penteado, uma nova cor nos lábios, roupas caras no corpo e um botox aqui e ali… parece outro/a e até nos perguntamos se a Cátia Montenegro de 2012, que nos traiu com aqueles estrangeiros, é a mesma que nos aparece em casa, hoje, pedindo mil desculpas, berrando amor eterno, jurando compromisso e seriedade. Podemos, por uns instantes, duvidar. De facto, a Montenegro de hoje está mais madura, as mudanças, nota-se, fizeram-lhe bem: está solta e airosa. É, portanto, natural que qualquer Ser Humano se deixe apanhar no emaranhado de charme que esta espalha. No entanto, vista bem de perto, chegamos à conclusão: esta é a mesma Cátia. Tem os mesmos maneirismos, fala das mesmas coisas e continua a dar-se com as mesmas amigas tóxicas com quem se dava em 2012.

Este Luís Montenegro é a nossa Cátia. Hoje, diz-nos que quer ser sério, que se compromete com o país e que não se aliará a forças “racistas e xenófobas”. “Segue-me/Prende-me/P´ra lá/Do meu horizonte”… e fala-nos de amor! Não nos engana: estamos fartos de saber que no PPD não há Santos, só Pecadores. Hoje diz-nos tudo isso, mas é tarde demais.

Cátia, não nos esquecemos do teu papel troikiano, não nos esquecemos da maçonaria, não nos esquecemos que assinaste uma carta onde comparas a homossexualidade à pedofilia, não nos esquecemos dos quatrocentos mil euros em ajustes directos e não nos esquecemos que “a vida das pessoas não está melhor mas o país está muito melhor”. Cátia, até podes ansiar, hoje, que eu, desesperado, veja em ti Dom Sebastião nas minhas manhãs de nevoeiro, mas quanto mais te aproximas, mais eu reparo: ah!, afinal é só o Luís Montenegro, o neo-liberal de sempre.

É natural que Montenegro não se queira associar a forças reaccionárias. O Luís já é reaccionário que chegue.

O que é? Para que serve? ou Pela Boca Morre o Peixe

Na passada segunda-feira, o jornal Público decidiu lançar um vídeo explicativo. No vídeo, intitulado “O que é a NATO? Para que serve?”, a jornalista Cláudia Carvalho Silva explica meia-dúzia de factos. Na publicação da notícia no Facebook, comentei alertando para alguns factos que ficaram por enumerar, entre os quais a inclusão de antigos generais do exército Nazi na NATO ou o massacre levado a cabo nos Balcãs.

Por entre insultos, troço ou desvalorização do assunto que coloquei na mesa, por parte de outros internautas, eis que, entre eles, surge Bruno Vitorino. E quem é Bruno Vitorino? Para que serve?

Não farei um vídeo explicativo, mas poderei lançar umas achas para a fogueira. Bruno Vitorino foi deputado de 2011 a 2019, tendo passado pelas legislaturas do governo PáF e da Geringonça. Bruno Vitorino é militante do PSD-Barreiro, tendo sido o candidato à autarquia nas Autárquicas de 2021 (onde ficou conhecido por meia dúzia de tempos de antena, onde, com laivos de lunatismo, dizia que vivemos numa ditadura comunista – o sr. Vitorino confundiu Portugal com Havana, se calhar porque uma vez passou lá férias e achou que por haver muito sol nos dois lados, é tudo parecido).

No comentário que me dirigiu, fazendo a apologia da máquina de guerra que é a NATO, decidiu apoucar os factos que apresentei. Ora, em 2016, o Bloco de Esquerda apresentou, em sede própria, um voto pela libertação dos presos políticos angolanos e um voto de condenação pela repressão imposta pelo regime angolano sobre o seu povo. Relembro: Bruno Vitorino era, à data, deputado dos conservadores-liberais do PSD. Como terá votado estes dois tópicos? Com uma pesquisa rápida, descobrimos: no primeiro, absteve-se; no segundo, votou contra. [Read more…]

PS-L: Partido Social-Liberal? ou o mito que cai por terra

Desde 2019, aquando da entrada, na Assembleia da República, de duas forças políticas (IL e CH) que, até aí, nunca tinham feito parte do jogo democrático enquanto partidos (preferindo, por contrário, estar submetidas a PPD-PSD e CDS-PP), que a narrativa do “SOCIALISMO”, da “EXTREMA-ESQUERDA” e da “VENEZUELA DA EUROPA” ganhou força e se viu reproduzida por esses Twitters afora.

A narrativa populista dos neo-liberais e dos neo-fascistas da Iniciativa Liberal e do Chega, respectivamente, mostra-se, no entanto, infrutífera, quando atentamos em factos consumados, comprovados e indesmentíveis. Dizem-nos os noviços reaccionários (que não são novos) que o PS, à boleia de BE e PCP, se esforça para transformar Portugal numa espécie de Cuba (neste caso, uma Cuba social-liberal, deduzo…) europeia, comparando o regime português a uma ditadura qualquer da América do Sul e fazendo analogias com o tempo da Outra Senhora, vestindo António Costa com insígnias da PIDE-DGS; vamos, então, aos tais factos.

Quando o PS decidiu formar Governo, em 2015, precisou de se juntar à Esquerda parlamentar para conseguir almejar o objectivo de derrubar a Troika, representada por PSD e CDS (partidos onde, na altura, se escondiam a IL e o CH). Tal objectivo só foi alcançado através de acordos escritos entre os centristas do PS e a Esquerda. Durante quatro anos vivemos sob a governação do PS, apoiado em BE e PCP, naquilo que ficou e ficará na História como a “Geringonça”. No entanto, nas Legislativas de 2019, o PS venceu as eleições e, mesmo não atingindo a maioria, decidiu governar sozinho, sem acordos escritos, achando que poderia ir cedendo à Esquerda e à Direita conforme lhe desse mais jeito. Não contava o PS com a entrada no Parlamento de dois partidos populistas que não se cansam de distorcer e manipular a realidade política e social em Portugal. E, com isso, não contava com a narrativa do “SOCIALISMO”, da “VENEZUELA” e do “MARXISMO CULTURAL”, chavões desadequados, ora porque, como sabe quem percebe minimamente disto, nem as políticas do PS são socialistas, ora porque há teorias da conspiração a mais; mas o PS deixou-se estar. Parece, também, que à falta de argumentos válidos, os populistas da Direita reaccionária atiram esse barro à parede; só que não é barro, é arroz em papa. Desmintamos, então, a realidade da Direita tremoço.

A realidade desmente os trauliteiros do Twitter. Contrariando a narrativa da Direita (e até a do próprio PS em relação à Esquerda) saberão os leitores ao lado de quem votou mais vezes o PS na AR? Não?! Atentem, então, nos números abaixo:

Os “best friends forever” do PS na AR: PSD, CDS e IL

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Propostas concretas? Re-jei-ta-do!

    Relembro que este Projecto de Lei, proposto pelo Bloco de Esquerda, foi apresentado em Setembro passado na Assembleia da República. Há por aí uns partidos de direita a barafustar contra impostos sobre combustíveis (quando na semana em que os impostos descem miseravelmente, as gasolineiras aumentam o preço do combustível – acreditar na boa intenção do mercado é só risível) e contra o preço dos combustíveis.
    Mas eu relembro:
  • Em Setembro, foi votado o Projecto de Lei do Bloco de Esquerda que pretendia introduzir um regime de preços máximos nos combustíveis, adoptando medidas anti-especulação que evitem a subida generalizada dos preços impulsionada pelo mercado.
    O Projecto de Lei foi rejeitado com os votos contra do centrão onde, na AR, costumam fazer filão para combater a Esquerda (PS, PSD e CDS); e com os votos contra dos populistas neo-fascistas do CH e dos populistas de outdoors neo-liberais da IL. O PAN, sempre tão lesto na defesa do bóbi e do tareco, absteve-se.
    Sei bem que isto não passa na TV; ora porque não convém expor a hipocrisia dos partidos do centro e da extrema-direita, ora porque é mais fácil fazer barulho sem que se perceba uma vírgula do que se está a dizer. Mas aqui está: relembre-se.

Eu Apoio: Médio-Prazo-Memória-Curta

Em 2019, Paulo Rangel, em entrevista ao Diário de Notícias, revelava o seu apoio incondicional a Rui Rio. 

Dois anos volvidos, o que mudou? Dois anos de distância são curto, médio ou longo prazo? Paulo Rangel estará confuso agora? Ou estaria confuso em 2019? E quando Rui Rio era presidente da CM do Porto e Paulo Rangel auxiliava nos assuntos jurídicos, pondo ao seu serviço a CuatreCasas, sociedade de advogados representada por Rangel? Também estaria confuso?

E é assim, na espuma dos dias e no cavalgar da fraca memória dos portugueses e da opinião pública, que Paulo Rangel montou todo um cenário diabólico acerca de Rui Rio, conseguindo até, no entretanto, jogar a cartada do ‘coitadinho’ (desengane-se quem achar que os timings do vídeo da bebedeira em Bruxelas e da saída do armário – do PSD – foram coincidência) e, com isso, que dele se falasse – a estratégia do “bem ou mal… falem de mim!” é por demais conhecida à direita.

O Partido Popular Democrático caminha, a passos largos, para um enterro cada vez mais inevitável. Uma coisa é certa: Pedro Passos Coelho matou o PPD/PSD, Rui Rio abriu a cova; e agora, só falta que Paulo Rangel, mais um incapaz, comece a atirar-lhe a terra para cima. Mais depressa se apanha um troglodita no PSD do que um santo numa igreja.

Isto faz todo o sentido.

Chicotada psicológica?

O PPD sem SD, aquele partido parido, ainda, do ventre da Velha e Santa Mãe, que governou sempre à direita, mas que aparentemente é de centro-esquerda, e que agora aposta, também, nos palhaços mediáticos, continua a dar tiros nos pés.

Depois da contratação do não-ligado-ao-futebol mas maior-accionista-da-SAD-do-FCPorto, António Oliveira, para uma candidatura à Câmara Municipal de Gaia, município onde se encontra o centro de treinos do Olival, propriedade da Câmara alugada ao FC Porto em troca de moedas de chocolate, eis que:

Bronca no PSD: António Oliveira desiste de candidatura à Câmara de Gaia

Fica a dúvida: foi António Oliveira quem bateu com a porta, descontente com a política de contratações da SAD do PSD, ou foi a SAD do PSD quem deu uma chicotada psicológica no seu timoneiro a Gaia?

Política, futebol… = apostas. Eu apostaria que foi António Oliveira quem, depois de ver que a sua reputação, construída às custas dos calimeros futebolísticos, seria destruída às custas dos calimeros do PSD, decidiu bater com a porta e usar o truque do “mais vale tarde do que nunca“. Cá para mim descobriu que o Rio é boavisteiro. Ou esta: ao ver o PSD ir ao fundo… nem é tarde nem é cedo! E saltou borda fora. Até porque tem visto que o seu clube, o FC Porto, se deixou de interessar por desporto para, agora, ser o principal partido de oposição ao PS de António Costa… vai daí, deixa-me estar onde estava. Por isso, proponho que o PSD se dedique… à pesca; desportiva, de preferência.

Rui Rio arrisca-se a ser (se já não o é) o pior líder da história do PSD. E o PSD teve como líderes os empolgantes Marques Mendes ou Santana Lopes. E num passado mais recente, teve Passos Coelho. É obra!

O não-ligado-ao-futebol, António Oliveira, numa gala do FC Porto, um não-clube-de-futebol.
Foto: José Moreira

Já pensaram num spin-off entre PPD e PSD?

A presente legislatura abriu um precedente na vida política portuguesa, não é necessário vencer eleições para formar governo, passou sim a ser fundamental conseguir obter uma viabilização maioritária no parlamento. Caiu por terra a teoria que para ser governado, o país precisa dois grandes partidos, que vão democraticamente alternando entre governo e oposição, um pouco ao estilo catch all party das democracias anglo-saxónicas.
O PPD/PSD nunca foi um partido unido, nem sequer nos tempos de Sá Carneiro, que chegou a ser afastado, convém recordar. Também não são novas as questões ideológicas, desde a fundação passou por lá muita gente que está à esquerda da ala mais à direita do PS, a par de outros que estão à direita do espectro político. Uns são liberais, outros são sociais-democratas. Une-os o poder, Sá Carneiro, Pinto Balsemão, Cavaco Silva, Durão Barroso e Passos Coelho tiveram o partido a seus pés, Santana Lopes não teve, mas aí cheirava à iminente saída do governo. [Read more…]

Santana Lopes é fixe

Com Santana Lopes, há fatos e contatos.

O PPD / PSD está em ” estado de coma “

estado-de-coma

O que é feito do PPD/PSD fundado por Francisco Sá Carneiro? Onde estão os princípios, os valores, as causas e a ética política defendida por Sá Carneiro?

O PPD/PSD de Sá Carneiro era um partido do centro que, comparado com este “ novo PSD “ com toda a certeza seria, hoje em dia, um partido de centro-esquerda que defendia o estado social assente em três pilares basilares, a saúde, a educação e a segurança social. E que estes pilares deveriam ser garantidos pelo Estado.

Há vários anos que o PSD está doente porque o exemplo de destacados militantes como Dias Loureiro, Duarte Lima, Isaltino Morais, Valentim Loureiro, Arlindo de Carvalho e Oliveira Costa, feriram de “morte“ a credibilidade do Partido Social Democrata, a partir de meados da primeira década de 2000, em que foram tornados públicos vários casos escandalosos que envolveram estes e outros militantes do partido.

Entretanto as maiores distritais do partido foram tomadas por dirigentes políticos medíocres, carreiristas, sem quaisquer méritos, completamente dependentes da política. A partir daí passou a valer tudo para manterem os seus lugares, porque estes e apenas estes valiam para a manutenção dos seus lugares e das suas enormes clientelas.

Mais tarde, em 2010, com Pedro Passos Coelho ascenderam a lugares cimeiros do partido dirigentes políticos do tipo “ trepa-trepa “, em que o mérito era medido em função do número de votos dos “ exércitos “ que comandavam e que valiam exclusivamente para a eleição do presidente do partido. A mediocridade passou a ser premiada. Quanto pior melhor que assim não incomodavam. E esta passou a ser regra.

Se até então o PSD estava doente passou a viver em “ estado de coma “.

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Não há futuro sem memória

No seguimento do actual momento político recordo aos actuais dirigentes do PSD uma entrevista que Francisco Sá Carneiro deu, em 21/11/1979, ao extinto semanário “Tempo” em que afirmou

“sou estruturalmente antipresidencialista e sempre entendi que, em Democracia, a política deve ter no Parlamento a sua razão e o seu objectivo.”

Estou convicto que se, muitos destes “novos donos” do PSD, conhecessem o pensamento político do fundador do PPD/PSD sobre o papel fundamental e primordial do Parlamento não tivessem dito e repetido tanta asneirada.

Os meus respeitos, senhor Pacheco

 

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“Passos Coelho tinha dito que anunciava as medidas para a reforma do Estado durante o mês de Fevereiro. Acaba amanhã.

Está a pensar na manifestação de 2 de Março, com medo de anunciar medidas antes dela.
E por isso quando dizem que as manifestações não contam para nada, é mentira. Contam e este é um exemplo.”

(Pacheco Pereira, na noite passada, na TVI24)

 

“Indiscretamente” esmaltando o PSD

De um espectador rebolar-se de gozo, esta conferência de imprensa nervosamente dada pelo PSD. De seu nome Helena, uma deputada procurava interromper os jornalistas mais atrevidos que colocassem qualquer questão embaraçosa aos seus caracóis cerebrais.

O discurso “arre burra!”, não passou. Foi ora esfarrapada, turva, uma bombinha de mau cheiro de antecipado Entrudo. Ali há mesmo um gato escondido com o rabo de fora, disso não se duvida nem por um milésimo de segundo. Inquirido o Sr. Montenegro acerca da sua pertença à “entidade discreta”, este nervosamente contestou com a óbvia garantia de “jamais as suas acções poderem alguma vez ser contrárias ao interesse nacional”. Enfim, isto não passa de uma finta que deixa tudo na mesma, até porque o tal “interesse nacional” é para os hoje cada vez menos “discretos”, o interesse da própria “discreta”. Não passou de uma desculpa decrépita de uns quase 150 anos, que será prontamente corroborada pelo confisca-cassetes Ricardo Carvalho do PS.

 É  verdade, os prestamistas do poder julgam-se de tal forma “invisíveis” que confirmam todos os dias, aquilo que há umas semanas dissemos: voltaram a 1909, quando a coisa verde-rubra – naquela época na ordem de mastro invertida – queria dizer “pertença à coisa”. Relvas, Carlos A. Amorim, ou Montenegro – estranhamos a candura de PPC  que talvez ainda no tenha (?) percebido o truque -, já andam todos de esmaltezinho à lapela. Tenham os nossos leitores atenção aos debates parlamentares, aos ministros e aos noticiários televisivos. Claro que as excelências poderão alegar uma versão patrioteira daquilo que os americanos fazem, mas hoje em dia, simplesmente já nem sequer convencem a mula da cooperativa. Melhor fariam em patrioticamente frequentarem os concertos de Toni Carreira, os futebóis, as leitarias da Duque de Loulé, as feiras de verão e outros nacionais passatempos.

Jantar com laranjas

Nesta época de pré-campanha eleitoral, o presidente do PSD teve a estranha ideia de reunir todos os antigos dirigentes do Partido. Pretende organizar um jantar-comício num local apropriadamente denominado de Feira (Santa Maria da), servindo este repasto para atestar a “unidade” da organização. Um erro, pois a ruptura com um passado que não deixou saudades, seria uma excelente oportunidade para PPC provar que não se impressiona com os velhos esquemas e truques em que os seus antecessores – especialmente esse discreto em que já estão a pensar – foram exímios.

O problema será sério, se alguns dos convivas discursarem na mesma linha dos recadinhos que todos os dias têm feito chegar às redacções dos jornais. Deixando desconhecidos Machetes para outra oportunidade, se tirarem Marcelo e Mendes do micro-ondas, o repasto será aquilo que se imagina. Sabe-se o que têm dito e feito. Manuela Ferreira Leite enganar-se-á no tempo dos verbos, mas talvez sentir-se-á envergonhada para chegar à provocação e assim, arranjará uma desculpa, ficando em casa a tricotar umas meias de lã para um dos netos. Todos ainda se lembram das “excelentes e leais” relações que Marcelo, Santana – o tal 1º Ministro “dissolvido” por uma espécie de Bozo ex-ruivo – , Leite, Mendes ou Meneses (já não me lembro dos outros) cultivaram entre si.

 Só falta o Sr. Pacheco Pereira como escanção, pois sonhando-se com a enigmática presença do Sr. Cavaco Silva, urge alguém com coragem para testar o vinho, não vá algum malandro dar uso ao seu anel de câmara falsa.

Quer é tacho…

-A entrevista de Fernando Nobre ao Expresso, sobre a qual já escreveu o Carlos Fonseca, em post abaixo, vem confirmar a posição que assumi enquanto eleitor do Distrito de Lisboa, não sei ainda em que partido votarei nas próximas legislativas, se é que votarei, poderei até repetir a abstenção das presidenciais, o PSD, por muito que me custe fazer esta afirmação, é que não receberá o meu voto, apesar de preferir Pedro Passos Coelho como primeiro-ministro a José Sócrates.  [Read more…]

Um homem de convicções…

Enquanto eleitor no Distrito de Lisboa, Pedro Passos Coelho acaba de me poupar alguma indecisão sobre em quem votar nas próximas legislativas, mais uma vez não votarei PSD. Mas permitam-me uma dúvida, nos próximos 2 anos estará Fernando Nobre mais identificado com as posições que serão tomadas em Bruxelas por Miguel Portas, Marisa Matias e Rui Tavares, ou passará a alinhar com Paulo Rangel, Carlos Coelho, Maria da Graça Carvalho e restantes eurodeputados do PSD? E sem querer maçar o estimado leitor com as minhas dúvidas, assim de repente tenho mais uma questão, se Fernando Nobre é o candidato do PPD/PSD a presidente da Assembleia da República, cargo cujo titular não é eleito pelos portugueses, mas pelo parlamento, sempre pelo partido mais votado, na hipótese, penso que remota, mas existe, do PS vencer as eleições, irá Fernando Nobre assumir o seu lugar de deputado na bancada parlamentar do PSD, representando os eleitores do círculo, que nele irão votar? Ou renunciará ao mandato?

 

 

Quo vadis PSD?

-Ao contrário do que já li por aí, a frase de Passos Coelho em que terá admitido uma subida na taxa de IVA para 24 ou mesmo 25 por cento, provavelmente retirada de algum contexto que desconheço, pode ser um tiro no pé, um erro político, mas está longe de significar falta de preparação ou conhecimento dos dossiers, pelo contrário, quero acreditar que seja uma escolha, a meu ver acertada, ou antes, um mal menor, porque subir um imposto, qualquer que ele seja, nunca é a meu ver um facto positivo.

Imediatamente surgiram as vozes do costume clamando que o IVA por ser um imposto cego, atingindo todos os consumidores por igual, é socialmente injusto. Nada mais falso. Uma família que gaste 1000 Euros mensais, pagará metade de outra que gaste 2000, ora como sabemos, os gastos são normalmente proporcionais aos rendimentos, logo, quem mais ganha, mais paga. Não existe é no IVA um mecanismo do agrado dos socialistas, que são os escalões, permitindo que o Estado se arrogue no direito de tirar X ao sujeito A para atribuir, sob a forma de benefícios ou subsídios, vai dar ao mesmo, ao sujeito B. [Read more…]

Um Louvor do Aventar à Direcção Nacional do PPD/PSD

José Magalhães, Fernando Moreira de Sá, José Freitas, Ricardo Santos Pinto. Miguel Dias, Adão Cruz, Carla Romualdo, José João Cardoso, J. Mário Teixeira e Carlos Fonseca

No âmbito das comemorações do 1º aniversário do Aventar, foi marcado um almoço no Porto para o dia 13 do corrente mês.

Face à concorrência do congresso social-democrata, logo se adivinhou que alguns elementos aqui da casa poderiam ter a tentação de faltar. Isto, porque alguns elementos desta casa estavam convencidos – imagine-se… – que lhes seria permitido estarem presentes no dito evento, na qualidade de “bloggers”.

Houve apreensão durante algum tempo, até que pela iluminada decisão da Direcção Nacional – Comissão de Organização do Congresso do PPD/PSD (e não apenas PSD, por respeito ao mentor do congresso), respirou-se de alívio, pois que os “bloggers” levaram com a porta no nariz e, à custa disso, os da casa ganharam um lugar à mesa.

Bem haja, pois, a decisão da Direcção Nacional – Comissão de Organização do Congresso do PPD/PSD, que contribuiu para que o almoço do Aventar no Porto, fosse mais participado, à custa dos que não tiveram lugar em Mafra.

Por isso, assim lavramos o nosso Louvor à Direcção Nacional – Comissão de Organização do Congresso PPD/PSD.

Este blogue poderá ter muitos defeitos, mas ser ingrato não é um deles.