E quando não estamos, para lá caminhamos?

Há algo de profundamente errado no Povo Português. Como também há algo de maravilhosamente bom, generoso e, tantas vezes, genial. Mas, infelizmente, esta reflexão é sobre o que nos atrasa, sobre o que, implacavelmente, nos leva à pobreza e à infelicidade.
Como pessoas individualmente consideradas, inexoravelmente, nós somos apenas e só o que herdamos e o que aprendemos. Isto é, somos exclusivamente o produto da nossa configuração genética e das nossas experiências. Como Povo, a equação não é muito diferente. Somos o que a nossa história fez de nós e somos aquilo que vamos, como comunidade, apreendendo dia a dia.
Se em relação à história e mesmo tendo em atenção esta nova moda, avassaladoramente imbecil, de achar que a podem reescrever, neste caso, mesmo que hipoteticamente o pudessem fazer (e não podem), o resultado seria exactamente o mesmo: o mal ou bem que são dela consequência, estão feitos e não há volta a dar. Ou seja, podemos, no limite, divergir sobre quais os factos determinantes nesta “soma” que hoje somos (cacofonia, eu sei). Mas isso é irrelevante porque nada pode modificar o que está lá para trás.
Por exemplo, eu acho que esta mansidão subserviente, este pavor de aprender e evoluir, este conforto na indigência são resultado de centenas de anos de Igreja Católica, dezenas de anos de Estado Novo e poucos, mas intensos anos de PREC. Há ideias essenciais que são comuns aos três ciclos: culto da pobreza por contraponto à riqueza que é má, que é pecado, respeito absoluto (obediência) pela autoridade suprema (Deus, Ditador ou Estado) e o pior de tudo, o dogma que a diferença entre o bem e o mal não é definida pelas nossas consciências, mas pelo “excelso juízo” daquela autoridade suprema. E ficamos à espera que nos digam como devemos ser e proceder. Contentes por ser pobres. E mansos, muito mansos.
Mas porque pouco há a fazer em relação a isso (é passado), vamos falar daquilo que aprendemos e apreendemos diariamente. Porque a nossa educação, a informação que validamos ou os eventos que vivemos podem conseguir alterar e muito a nossa suposta e expectável forma de ser e reagir. Para simplificar, e apenas por ser mais fácil, vamos adaptar a tradicional perspectiva dos 3 poderes do Estado (legislativo, executivo e judicial) à presente equação. Como o legislativo e o executivo se confundem porque os dois são resultado de eleições, integro-os num só poder. E porque estamos a falar de informação e de educação, juntarei outros dois: a “imprensa” (tantas vezes, desde logo, apelidada de 4º poder) e a “escola”.
Em relação ao primeiro (legislativo e executivo) e porque são consequência directa e indirecta da escolha dos eleitores, por incrível que pareça, a sua capacidade (por falta de vontade) para alterar o que quer que seja é praticamente nula. Se a nossa esperança de crescer e progredir estiver apenas aqui depositada, bem podem “esperar sentados”. Quem é eleito, é eleito em consequência de um dado nível de competência dos eleitores que lhes garantiu a vitória. Alterar essa premissa, era pôr em causa futuras vitórias. Até hoje, só vi um governo que se “marimbou nas eleições” vindouras e tentou mesmo modificar algo, o governo de Pedro Passos Coelho. Por isso, e porque estamos, evidentemente, perante uma “pescadinha de rabo na boca”, não é este o “poder” que nos vai salvar. Obviamente, numa perspectiva “a priori” porque alterado o nível de “literacia” política que permita elevar a selectividade dos eleitores no momento da escolha, aí sim, governo e parlamento poderão ser decisivos e determinantes.
Quanto ao poder judicial, realmente, poderia ter uma contribuição importantíssima, mas “algemado” pelas directivas do 1º poder que configura e baliza a sua actividade e produção, enreda-se na aplicação de más leis e dissolve-se numa lentidão que anula qualquer eficiência.
Portanto resta a escola e a imprensa. A escola, tragicamente, foi estratégica e deliberadamente infiltrada por agentes da esquerda radical e da extrema-esquerda, isto é, agentes do BE e do PCP. Esta perspectiva soa superficial, banal e até como “desculpa de mau pagador”. Mas infelizmente, é a mais pura das verdades. E havendo soluções para este “estado de coisas”, vamos deixar esse tema para a próxima reflexão.
Portanto chegamos à imprensa. Também muito infiltrada por agentes da extrema-esquerda (eles são poucos, mas não são completamente destituídos, principalmente no que de pior a “catequese” doutrinária tem), o foco da imprensa divide-se fundamentalmente por duas agendas: o aumento de audiências e a evangelização ideológica. Quer uma quer outra pressupõem a diária e permanente adulteração dos factos de modo a servirem aqueles propósitos. A independência, a isenção, o amor pela verdade, a missão de pura e simplesmente informar, são conceitos completamente ausentes nesta equação. E dada a inexistente capacidade de filtragem do espectador, o resultado é a validação permanente de informação contrafeita.
Vejamos o caso desta semana que nem é político: o jogo de 6ª feira no Estádio do Dragão. A imprensa construiu uma narrativa (visitante prejudicado pelo árbitro, conflitos provocados pelos jogadores do FC Porto, roubos e agressões ao presidente do clube de Lisboa, etc.) que nada, mas mesmo nada tem a ver com a realidade ocorrida (quase tudo aconteceu exactamente ao contrário). E porquê? Primeiro, pelas audiências. Partem do princípio que a maior parte dos espectadores são anti-FC Porto e convém adoçar-lhes o sofrimento ao mesmo tempo que lhes desculpam e justificam (pois) o insucesso. Por outro lado e porque a imprensa está infestada e dominada pelos clubes de Lisboa (aqui a “ideologia” não é propriamente a da extrema-esquerda, mas o processo é igual e serve para melhor o explicar), a circunstância de todos, mas mesmo todos os factos indiciarem outra coisa (prejuízo arbitral do FC Porto e comportamento delinquente da equipa visitante), é apenas mais uma “verdade” que tem ser trabalhada. E atentos os infinitos noticiários e quejandos sobre o assunto, foi trabalhada com sucesso. E o facto do público ser mal informado? Pormenor de somenos. Eles já estão habituados e parece que gostam.
E essa preferência pela mentira, essa preguiça em tentar saber a verdade, dá-lhes tanto, mas tanto jeito. Poderão continuar sem castigo a desinformar e a conduzir a “manada” por onde lhes convem. Vejamos o caso das “fake news”. Consideradas o cancro dos cancros informativos. Pois. As “fake news”, geralmente e por si só, não são o problema. A falha não está nelas. A falha está na total incapacidade do seu “receptor” em filtrar essa informação. E essa incapacidade leva-o a validar o que não deve. Se o “receptor” tivesse a literacia suficiente para distinguir o que é verdade, o que pode ou não ser verdade e o que é falso “como Judas”, as “fake news” eram apenas o que realmente são: desprezíveis. Mas seguir esse caminho equivalia a implodir todo o “edifício” que suporta a fictícia credibilidade da imprensa. Por isso, tenta-se atacar o emissor (obviamente sempre de forma ideologicamente dirigida) porque além de ser a “solução” mais facilmente aceitável, tem o bónus de promover (injustiça das injustiças) ainda mais os mentores desse combate.
Mas como não gosto de fazer diagnósticos (errados ou não, são sinceros e mesmo que não sejam verdadeiros, pelo menos ajudam o necessário debate) sem deixar soluções, vou tentar deixar aqui a hipótese de um caminho. Como a opção pela proibição e pela censura me parece sempre errada, como prezo muito a liberdade de expressão mesmo quando essa liberdade é utilizada para dizer asneiras, como acho que seria contraproducente tentar impor-lhes o que quer que fosse, a solução é acrescentar. Acrecentar algo que, mais tarde ou mais cedo, os faça ver as vantagens da informação isenta. Por isso porque não a criação de uma entidade certificadora “à séria” de órgãos de comunicação social. Alguém que, verificados os requisitos e critérios necessários e essenciais, com o seu “selo” criasse uma espécie de “super-imprensa”? Uma “super-imprensa” cujo estatuto tinha sido adquirido e garantido pelos métodos e pelo historial, todos em absoluto e total respeito pela verdade, pela isenção e pela independência. Uma das vantagens dessa hipótese reside no facto dessa entidade nem precisar de ser pública (provavelmente, até seria melhor). Basta que a sua composição, o seu escrutínio e a sua avaliação sejam de tal forma transparentes, exactos e adequados que o prestígio que daí resultará, será o garante da qualidade da referida certificação.
Para vosso infortúnio, voltarei ao tema com uma reflexão sobre a escola.
Imagem: Imprensa Falsa https://www.facebook.com/imprensafalsa/
Pois tá bem!
Mais um volume da “Bíblia Segundo Osório”.
A outra começa “No princípio, Deus…” e acaba “…com todos, Ámen”. Pelo meio relatam-se um conjunto de graças, desgraças, e mesmo atrocidades.
Aqui é o mesmo, mas em mais pequeno. Começa com “Há algo de profundamente errado…” e termina com “…da qualidade da referida certificação”. Pelo meio, umas graças, outras desgraças e, à falta de melhores atrocidades, futebol.
Retenho o primeiro versículo, pela sua genial originalidade: “Há algo de errado no Povo Português”.
Qual a solução? Dissolver o povo e eleger outro (*)
(*) Esta frase tem dono, mas não digo quem, porque é de extrema esquerda. Mas personalidades insuspeitas, tais como o Dr. Passos e o Dr. Cotrintintin têm pensado fortemente na hipótese.
« O que falhou foi o povo português » , terá dito Nossa Senhora de Meireles, na hora da agonia, algures a 30 de Janeiro de 2022.
Andamos com Passos Coelho às voltas vai para dez anos, e muito boa gente ainda não percebeu o que aconteceu na altura, apesar se ter conjugado há época, a santíssima trindade, PM, PR, PGR, todos eles simpatizantes confessos ou disfarçados, do mesmo partido. Só faltou o TC. A nossa safa. Caso contrário hoje estaríamos como a Hungria ou Polónia.
Há gente que insiste na narrativa de que o povo português gosta de ser fustigado como os cavalos de corrida, para assim conseguirmos a almejava vitória.
Não, não gostamos. Que se dissipem as dúvidas de uma vez por todas.
Quanto à Imprensa era bom olharmos para a História, e perceber como sempre foi um instrumento de propaganda, mesmo nos regimes democráticos.
Sim, só faltou o TC. Mas olhe que lhe ficaram com um ódio! Não faltaram apelos e receitas para acabar com aquilo.
E não é por acaso que, noutras paragens, não podendo dissolver o povo, alguns ditadeirotes começaram por dissolver os TCs respetivos.
Se não dissolveram pelo menos diluíram, enchendo-os de juízes de confiança nomeados pelos próprios. Depois foi só tomar conta do poder, silenciar a oposição e a imprensa, e toca a ajavardar á fartazana!
E ainda lá estão! Vários Orbandidos e outros filhos da Putin!
E na Polónia, já agora.
Claro! São parte da Orbandidagem de várias tendências que por aí anda. Às vezes até não se entendem uns com os outros.
Rais parta o povo, sempre a falhar a ideologia, a acreditar em salvadores mentirosos a usar a força. Para isso precisamos de um salvador faça a sociedade à sua maneira, como aquele que mentiu descaradamente para ser eleito e falhou todas as pequenas metas que afirmou como as únicas que contam apesar de governar contra todos.
E como exemplo do extremo falhanço do povo, nada mais que um exemplo do circo, que não merecem mais, invés de substanciar as mentiras dos traídores da pátria. Ao menos o gajo do bigodinho, face à traição, teve honra para mandar um tiro nos cornos, mas estes Homens não dão para tanto.
Como sempre acontece com as tiradas “direitas” do Carlos, a culpa é sempre do mexilhão, precisamente porque é mexilhão. A essa alma individualista nunca ocorre (porque será?) a influência do contexto sobre o que se passa no rectângulo, quer a pata EUA quer a pata UE e respectivos condicionalismos. O único neurónio do Carlos ainda a trabalhar não lhe permite ver que não são os votos do people que podem mudar algo de substancial. O país caiu para a cauda da Europa porque a capacidade de investimento é ínfima e menos ainda a possibilidade de rentabilizar devidamente o pouco que ainda se vai fazendo. Toda a gente sabe que os media já deixaram de ser 4º ou 5º poder de coisa nenhuma. Hoje não passam de simples caixas de ressonância das cliques instaladas e apenas se pautam pelos bitaites que dão audiência. Tudo o que vá para além disso é treta.
Deixando de parte o que sejam características genéticas ou atributos geniais, o facto mais permanente do povo português é o de habitar uma terra pobre e isolada da Europa.
O muito que fizemos no mundo, diz das qualidades da raça, que toda a canalha esquerdalha converge em menorizar, só usando a palavra raça para integrar essa missão de vilipendio.
Por cá, damos exemplo de uma convivialidade pouco propensa à violência, apesar de anos de esforços para acirrar a cizânia.
Quando a pobreza e o isolamento não oferecem viabilidade transformadora, se o conformismo para os que ficam foi o remédio possível, nos muitos que partiram se nega qualquer mansidão congénita ou conformismo irremediável.
A pedinchice esmoler é novidade que uma ralé arvorada em poder prometeu pelo saque doméstico e que a UE acabou por propiciar.
A disponibilidade do povo para participar em transformações tem muitos exemplos históricos, sendo o 25A um deles, e a vitória eleitoral do PPC o mais recente e que tanto agonia a cambada!
Como todo e qualquer povo¸ para aderirem a transformações requer-se que haja a corporização de ideais em grupos ou pessoas que deles sejam guia.
A expressão de tais ideais tem de fazer-se na língua desse povo.
O corretês, a corrupção da língua por uma novilíngua de perversão e de malícia, vem sendo usada não para mobilizar, mas para paralisar e submeter.
A reescrita da história é o completar dessa missão pelo apagamento da memória, substituindo-a por um vazio preenchido de remorsos.
Os valores do povo português permanecem, e continuam condicionados a atravessar a fronteira.
Permanece a dúvida: os teus clientes ainda não acumularem que chegue no Panamá para investir?
Só um estúpido traz dinheiro do Panamá para meter debaixo da pata de tamanha cambada.
Ora pois!
E porquanto a cambada de estúpidos que pagarão a pensão e a saúde de Vosselência se forem mantendo por cá e vão largando os obrigatórios carcanhóis, até que esses nem fazem cá falta!
Então para que é que devemos continuar a preocupar-nos com a pedinchice deles, só porque se chateiam de ter que pagar salários?
O Pinto da Costa foi roubado e agredido?
O Pinto da Costa foi roubado e agredido mas a imprensa infiltrada por lisboetas de extrema esquerda prefere dizer o contrario do sucedido.
Tivéssemos já o Ministério da Verdade, tal como defendido pelo Osório, o Sporting, o Benfica e os outros encarnados, como os partidos de esquerda, já estariam em extinção.
Talvez a geografia explique alguma coisa… Declaração de interesses: eu sou uma grande fã da geografia.
só falta dizer “continuem a votar PS” no final