via Expresso
À porrada com cartas, que é mais civilizado e tem aquele aroma a século XIX. Costa não admite ataques de carácter a Negrão, Negrão pede a Costa que não se faça de vítima. Chique a valer!
Expor ao vento. Arejar. Segurar pelas ventas. Farejar, pressentir, suspeitar. Chegar.
À porrada com cartas, que é mais civilizado e tem aquele aroma a século XIX. Costa não admite ataques de carácter a Negrão, Negrão pede a Costa que não se faça de vítima. Chique a valer!
Ontem, as vedetas da imprensa eram os professores, reprovados à volta com os “á” e os “há”. E eu acrescentaria, com provas, o “mandas-te” em vez de “mandaste” e quejandos erros da matreirice de quem construiu, assim, ao longo dos séculos, esta língua complicada, diz-se. Uma coisa para iniciados, umas aves raras que no Porto, em Braga ou em Bruxelas, vão lutando pela Língua, contra tudo e contra todos, até aqueles que produzem licenciados sob o signo do erro banal. Depois, queixam-se de acordos ortográficos, nesta realidade paridos.
Hoje, foi a (inefável) Zila! Sob o olhar complacente – de cândido – da Tânia, dita Ribas, de Oliveira. Televisão de serviço público, que se preze, deve chamar à luz todas aquelas que nos libertam de temores, receios, baixa auto-estima a afins, num prestidigitar de cartas, mudando de baralho se se trata do pai, da mãe, do cão, do gato, do namorado ou do emprego. E nos explicam que a mãe, coitada, tem aerofagia; o filho vai fazer um olho negro no próximo jogo de futebol; o namorado ainda não está maduro, vai demorar, mas há-de aparecer; a gata vai procriar; o pai, esse, é bom homem, mas, de vez em quando, “explude”. Quase esquecia esta: “Lá para os 40, há rebento novo. Prepare-se! É o terceiro, que o amor para si vai, finalmente, chegar por essa altura”. Claro que o diálogo não foi bem este, há uns animais de permeio que não entraram na história. Mas o sentido está lá… E eu, que até nem sou jornalista, posso dar-me ares de criativo, com alguma ficção à mistura!
Serviço público, está bom de ver! Oram “explodam” lá de vez. E vão vender cálcio porta-a-porta. Como a outra, a da concorrência.
Finalmente encontrei um texto que fundamenta um assunto que há muito queria trazer para este espaço: escrever à mão cartas aos amigos.
Li o texto hoje na revista do PÚBLICO, uma tradução do artigo «Philip Hensher: Why handwriting matters», publicado no The Observer no passado dia 7: ” Terá a escrita à mão ainda algum valor que sobreviva ao email e ao sms? Neste excerto do seu novo livro, The Missing Ink (A Tinta Perdida), Philip Hensher lamenta a morte lenta da palavra manuscrita e explica que levar a caneta ao papel ainda pode ocupar um lugar muito especial nas nossas vidas”.
“(…) vivemos num tempo em que escrever à mão está prestes a desaparecer das nossas vidas. Algures num passado recente, escrever à mão deixou de ser um instrumento necessário e incontornável de troca entre as pessoas — uma forma de comunicação em que cada um de nós deixa um bocadinho da sua personalidade no instante em que pressiona o papel com o bico da caneta. (…)”
Pequenas sugestões por P. Hensher: aprecie a sua própria caligrafia; redescubra a alegria de escrever à mão, apenas para si próprio; escreva a outras pessoas (a quem ama, a quem gosta, a pessoas com quem trabalha, etc.).
Escreva postais, por exemplo, é muito agradável receber um! O Natal é uma excelente oportunidade!!
P.S.- Não se esqueça de pedir a morada…
Confesso. Decidi entrar neste jogo das cartas porque, no fundo, sou um joguete nas mãos de António Nogueira Leite, sorvendo de forma ansiosa as migalhas que magnanimamente ele deixa cair. Na verdade, e basta ver a recente linha editorial do Aventar, não passo de um comunista arrependido que se rendeu às virtudes do passoscoelhismo agora que o PSD vai ser poder. Conveniente, o meu «timing» político, não?
É verdade, uma assessoria era o meu sonho.
Para além de tudo, aguardo ansiosamente por um link, um mísero link que me tire da osbscuridade. Foi por isso que decidi jogar esta carta altíssima, que me parece ser imbatível.
Já agora, há por aí, nesta sequência de «Justice Affairs», uma dama de copas que foi capaz de mudar a história dos últimos anos. E aí, pessoal do 31, do 31 e do Albergue, quem a joga?
…a não ser no já famoso baralho de cartas (Abrantes Playing Cards) do ANL!
O duque de espadas e o de paus já são conhecidos.
Foi enquanto lia uma compilação da correspondência entre dois autores que comecei a pensar: “Ah, bons tempos!”, o que nunca augura nada de bom, é certo. Mas reparem: a carta chegava, quase sempre a horas previsíveis, e podia ser aberta de imediato ou guardada para momento mais oportuno. Guardá-la podia ser, aliás, mais saboroso do […]
Fotografia: Sérgio Valente
O 1.º de Maio de 1974 na Avenida dos Aliados, na cidade do Porto.
Debate político entre Aventadores. A Esquerda, a Direita, e não só.
A actualidade em análise com as opiniões dos participantes no Aventar sobre a actualidade.
Debate sobre política, sociedade, actualidade, entre outros.
As músicas escolhidas pelos participantes do Aventar com espaço para entrevistas e apresentação de novas bandas, tendências e sonoridades.
Aqui reinam as palavras. Em prosa ou poesia. A obra e os autores.
mais um excelente artigo de Teresa Violante, no Expresso, sobre as prioridades esquecidas de uma Europa à beira do precipício.
é ler o artigo de hoje da Carmo Afonso, no Público.
“Ponte Dona Antónia Ferreira“. Mas o nome que ganhou foi “Ponte da Ferreirinha“. “Vontade popular”? “Pela população”? Como diria Krugman, yuk-yuk-yuk, hahaha.
Foto: FMV, 26/05/2023
o centrão, lá como cá, é um viveiro de corruptos.
Uma sueca que grita muito voltou a vencer a Eurovisão. O Benfica vai ser campeão. Andam à procura de uma inglesa desaparecida há dezasseis anos. O Cavaco anda a balbuciar coisas de velho.
De repente, estamos em 2010.
Certificando-o judeu sefardita. Portugal tem produção em série, mas até nos EUA se safam em grande.
Mal Santana Lopes desse o flanco («a que eu tinha aventado…»), aproveitava-se e atacava-se: «Por falar em aventado, então, “agora facto é igual a fato (de roupa)”»?
Já tivemos populares a bater em gajos do PS. Já tivemos gajos do PS a ameaçar bater em populares. Parece-me óbvio que, mais tarde ou mais cedo, iríamos ver gajos do PS a bater em gajos do PS.
Parece que o ditado sempre fez sentido: quem se mete com o PS, (dá ou) leva!
«Ora bem, então, “agora facto é igual a fato (de roupa)”»?
Além do previsível sujeito nulo (“eu estou orgulhosa”), o verbo nulo (“eu estou orgulhosa”): “Orgulhosa de ser oradora portuguesa convidada”.
positiva e a *”inação do acionista” é extremamente negativa.
Com tanta crítica do PS ao PS, qualquer dia descobrimos que, afinal, o PS não teve culpa nenhuma nisto da TAP.
Hoje no JN, João Gonçalves, num artigo sobre a TAP (entre outros assuntos) cita Vasco Pulido Valente (em 2001).
“O PS no Estado é isto: uma trupe aventureira e esfomeada, que a seu belo prazer dispõe do património colectivo. No fundo, não se acha representante do povo, mas pura e simplesmente dona do País”.
E assim estamos.
foi o que fez Ricardo Paes Mamede. No Público.
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