Conheço bem o “Joãozinho”, nome pelo qual é conhecida a ala pediátrica do São João. Já o conhecia antes de ser arma de arremesso eleitoral. Desde que aqueles contentores foram montados, que nunca teve condições para ser ala pediátrica de coisa nenhuma. É uma das maiores vergonhas nacionais e é ilustrativo do SNS cativado do ministro Centeno, que os alemães e os burocratas europeus tanto elogiam. Mas ver o Dr. Negrão, líder da bancada parlamentar do PSD, expressar a sua indignação, porque hoje desceu à terra e descobriu o Joãozinho, é de uma hipocrisia revoltante. Aquilo naquelas condições há anos, durante os quais o partido do senhor nunca mexeu a ponta de uma palha para corrigir situação, e o cavalheiro só agora deu conta. Mais vergonhoso do que a situação no São João, só mesmo a mediocridade da esmagadora maioria da nossa classe política. Temos contentores provisórios onde devíamos ter estadistas.
Costa e Negrão à porrada
via Expresso
À porrada com cartas, que é mais civilizado e tem aquele aroma a século XIX. Costa não admite ataques de carácter a Negrão, Negrão pede a Costa que não se faça de vítima. Chique a valer!
O roto, o nu e o bloco central
Fotografia via TVI24
No debate quinzenal da passada semana na Assembleia da República, Fernando Negrão questionou o governo e o grupo parlamentar do PS sobre o porquê de demorar três anos a demarcar-se de José Sócrates. É uma pergunta legítima, ainda que pouco ou nada contribua para o trabalho parlamentar, mas é, acima de tudo, a expressão máxima daquela mania dos políticos chicos-espertos que nos tomam a todos por parvos. O velho hábito do roto apontar o dedo ao nu. O bloco central em todo o seu esplendor.
É evidente que o assunto é incómodo para o PS. E é altamente provável que exista quem, no executivo Costa, tenha feito umas marotices com o enfant terrible do PS que fez escola na JSD. Mas já que estamos nisto, seria interessante perceber quanto tempo mais irá o PSD demorar a demarcar-se do Dias Loureiro. É que, não só nunca se demarcou, como não tenho memória de qualquer dirigente do PSD manifestar embaraço por essa grande figura da hecatombe financeira que foi o antigo ministro de Cavaco. [Read more…]
Diplomacia, demagogia e hipocrisia: o caso Skripal e o oportunismo político
Indústria petrolífera à prova de sanções diplomáticas. Fotografia via CBS
Percebe-se o desespero de Fernando Negrão e a necessidade de se pôr em bicos de pés para tentar marcar a agenda mediática com declarações como as que proferiu ontem, que de resto mais não foram do que uma espécie de retweet parlamentar das declarações proferidas no dia anterior por Paulo Rangel na SIC Notícias. Ou não estivéssemos perante um líder parlamentar desorientado, cuja primeira linha de oposição que enfrenta está no interior do próprio grupo parlamentar que tenta, sem grande sucesso, dirigir. Um líder parlamentar fragilizado, em sintonia com uma direcção partidária enredada em casos que se sucedem, sob fogo cerrado da imprensa afecta ao passismo. É natural que recorra ao facilitismo deste tipo de subterfúgio. [Read more…]
Uma “convulsãozita”. Com facas
Foi assim que Rui Rio se referiu à novela mexicana no interior do grupo parlamentar do PSD, protagonizada por Fernando Negrão e por uma rebelião de deputados, munidos de catanas afiadas, que humilharam o ainda assim eleito novo presidente da bancada parlamentar do partido. Que acusaram Rio de traição e Negrão de comportamento “autoritário e fascizante”. Que aceitaram integrar a lista de Fernando Negrão para a bancada parlamentar, apesar de não lhe terem dado o seu voto. Que acusaram a nova direcção do partido de “desrespeito institucional grave”. Ainda bem que Negrão não cumpriu a promessa. Seria uma “convulsãozita” interessante de se ver. A capa d’O Inimigo Público diz tudo. Não terá sido à toa que o novo líder do PSD esperou quase três semanas para se reunir pela primeira vez com o grupo parlamentar.
Fernando Negrão against the world
Hoje é o dia da estreia de Fernando Negrão nos debates quinzenais com o governo, na qualidade de líder da bancada parlamentar do PSD. Um líder que não lidera todos os deputados da sua bancada, ou não estivesse em curso a tal rebelião com que Negrão não contava, mas que, ao contrário daquilo que o próprio afirmou, não foi suficiente para se demitir do cargo. [Read more…]
Começou a rebelião no PSD
via Público
Fernando Negrão avisou que abandonaria a liderança parlamentar do PSD em caso de rebelião interna, apesar de presumir que tal conspiração não estaria em curso. Agora que a rebelião começou, quanto tempo demorará a renunciar ao cargo?
Depois da votação desastrosa, e das farpas de Paula Teixeira da Cruz, eis que regressa a cena Sérgio Azevedo, que até há poucos dias era vice-presidente da direcção Hugo Soares na bancada parlamentar, e que esteve com Santana Lopes na corrida à São Caetano, para colocar novamente em cheque a eleição de Fernando Negrão, isto depois de classificar de “autoritária e fascizante” a argumentação do novo líder parlamentar do PSD, que considerou os votos em branco como “benefício da dúvida” que lhe foi dado por 32 deputados. [Read more…]
Paz, pão e facadas no Negrão
Fotografia: Miguel Baltazar@Record
O ambiente está pesado, para os lados da São Caeteno à Lapa. Das vaias a Elina Fraga aos tiros de metralhadora de Luís Montenegro, passando pelo indignados Hugo Soares, que acusou a actual direcção do partido de “desrespeito institucional grave”, após ter sido excluído da Comissão Política Nacional do PSD, e Paula Teixeira da Cruz, que acusou Rui Rio de traição pela escolha da antiga bastonária para vice-presidente do partido, o PSD é hoje um gigantesco saco de gatos, trancado numa casa a arder.
Ontem assistimos a um novo episódio, que contado parece ficção. Só que não. Fernando Negrão foi a votos, para ocupar o lugar de líder parlamentar do PSD, mas apesar de não ter oposição, conseguiu perder o plebiscito, não indo além dos 39%, o que equivale a dizer que, dos 88 deputados que participaram na votação, apenas 35 deram o seu aval ao candidato único à vaga deixada aberta por Hugo Soares, corrido por Rui Rio dias antes. [Read more…]
Gente zangada com a realidade
O Presidente da República fez um discurso de exclusão e a direita aplaudiu. O
Presidente da Assembleia da República fez um discurso de inclusão e a direita assobiou.
Fernando Negrão, o cábula
Nem de propósito, os meus alunos do 9º ano vão estudar a Constituição de 1976 para a semana. A de 1933 foi antes, tal como a de 1911 e a Carta Constitucional no 8º ano.
Os alunos estudam estas coisas porque existe uma disciplina chamada História que serve para esse e outros efeitos, enquadra os textos constitucionais nas circunstâncias que os fizeram aprovar e identifica os regimes políticos que delas nasceram e suas características.
Hoje temos dois disparates. Um dos Verdes, na senda da mania de ensinar “cidadania” ou “sexualidade” transversalmente, diz-se assim, ou seja, fora dos currículos escolares. Típico de quem imagina que as defuntas horas de Formação Cívica serviam para outra coisa que não o DT tratar de assuntos com os seus alunos. Gente que vive noutro mundo, que não o escolar e propõe que se ensine o que já se ensina (e no caso da actual constituição só não terá tempo para desenvolver que seja obcecado pela História Militar).
O outro é de Fernando Negrão em particular e do CDS e PSD em geral. Como não podem alterar a constituição, dois terços de votos é muito reformado e funcionário público, pensam que a podem proibir nas escolas, o que seria manifestamente inconstitucional. Golpe de estado em versão golpada nas escolas. Proponham o reforço do estudo da 1933 com a defesa das suas virtudes. Vá lá, tenham coragem. Assumam-se.
PS – Do 2º ciclo pouco sei, mas quem sabe explica.
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