A morte de Luís Aleluia e o clickbait: TVI na senda da TV7Dias

Depois da abominação que foi a publicação de um vídeo do corpo do Luís Aleluia a ser retirado da garagem onde faleceu, a TVI decidiu descer ao lamaçal da TV7dias para fazer clickbait com o drama do actor, sem respeito pela dor da família, para expor algo sem o mínimo de interesse ou valor informativo. Horrível, degradante, desumano.

Austeridade na imprensa

“Governo demite chefe da Armada após caso do submarino desaparecido”, titula o DN. Custava assim tanto não ter poupado no nome do país (Argentina)? Nem uma referência, no título ou no lead sobre não se tratar de Portugal. Trocaram uns poucos cliques dos distraídos que vão ao engodo pela seriedade jornalística.

Mark Zuckerberg prepara-se para destruir o que resta da imprensa portuguesa

O Facebook prepara-se para reduzir a pó a esmagadora maioria da imprensa portuguesa, senão mesmo toda. Como é sabido, a imprensa nacional atravessa uma fase extremamente delicada, caracterizada pela descredibilização, pelos conteúdos manipulados e pela perda de receitas. E o pior poderá estar ainda para vir.

O recente anúncio do grande irmão Balsemão, que se prepara para vender todas as revistas do grupo, incluindo referências com a Visão e a Exame, a par das situações financeiras ruinosas do grupo Newshold (Sol, i) ou do grupo Cofina, que deve milhões ao Estado, ilustram na perfeição o estado a que a imprensa nacional chegou. [Read more…]

Vários jornais portugueses recebem ameaças de morte

A man wears a shirt reading "Rope. Tree. Journalist." as supporters gather to rally with Republican presidential nominee Donald Trump in a cargo hangar at Minneapolis Saint Paul International Airport in Minneapolis, Minnesota, U.S. November 6, 2016. REUTERS/Jonathan Ernst     TPX IMAGES OF THE DAY

A imprensa portuguesa vive dias conturbados. A sucessão de factos alternativos, o clickbait primário, as ligações suspeitas ao poder político e económico, a perda de leitores e credibilidade. Mas aqueles que mais perdem com tudo isto, não tenhamos dúvidas, somos nós, the people. Porque num momento em que figuras sinistras emergem e tomam o poder, figuras que desprezam a imprensa livre e a liberdade de expressão, precisamos de uma imprensa mais forte do que nunca. Uma imprensa do lado da democracia. [Read more…]

Cuidado com a corrente do Facebook, mas no que respeita aos anúncios de perigo

Roubo de dados pessoais e de endereços de IP, spam, phishing, burla, propagação de vírus e demais sete pragas do Egipto em versão digital foram os perigos que vários órgãos de comunicação social, alguns até dizendo-se como de referência, anunciaram como podendo acontecer a quem aderisse à corrente “Desafio aceite”.

Esta corrente consiste em publicar no Facebook uma foto a preto e branco, como forma de suporte à luta contra o cancro. Obviamente que nem essa luta ganhará com isso, nem os utilizadores do Facebook ficarão mais expostos do que quando publicam qualquer outra foto.

Na verdade, o único truque nesta campanha chama-se clickbait e é praticado, precisamente, pelos órgãos de comunicação social que publicaram no Facebook estas notícias alarmistas para atrair visitas para o seu site.   Onde, naturalmente, vendem publicidade em função do número de visitas.

Posto este esclarecimento, vamos lá começar uma campanha como deve ser. Se acha que o mundo não vai acabar amanhã às 22:53, tome um bom banho matinal e alimente-se bem, pois vai ser um dia longo.

A caça ao clique ou como fazer jornalismo de merda em 3 passos

NaM

A caça ao clique está na ordem do dia. A página Os truques da imprensa portuguesa tem estado atenta ao fenómeno, e o caso da cantora Adele, que supostamente passou uma grande vergonha numa loja da H&M, é paradigmático.

Há uns minutos recebi uma daquelas notificações no canto inferior direito do ecrã, do Notícias ao Minuto, que dizia “Alerta de bomba em dois aviões que vão aterrar em Bruxelas”. Apanhado no estratagema do clickbait, entrei no link e dei com aquilo que podem ver em cima. O mesmo título, um estrondoso rectângulo vermelho a dizer ÚLTIMA HORA e uma informação adicional, em letras pequenas, que refere “imprensa local” como origem do reportado. Nem a fonte é dada a conhecer ao leitor. Quanto ao corpo da notícia, simplesmente não existe. Apenas uma nota, entre parêntesis, onde se pode ler “Notícia em atualização”. [Read more…]