A propósito da polémica Elon Musk/Twitter, tenho dificuldade em decidir-me sobre o lado mais palerma desta equação:
- Se o daquela esquerda que arranca cabelos porque aquilo agora é do Musk, porque liberdade de expressão e não-sei-quê, mas que estava perfeitamente confortável com accionistas que já lá estavam, tipo o primo do Bin Salman, como de resto está confortável com o Bezos no Washington Post ou o Zuckerberg na META, ambos conhecidos pelo seu profundo compromisso com a democracia.
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Se o daquela direita que quer fazer dele um herói anti-globalista e anti-sistema, quando o Musk é o homem mais rico do mundo, perfeitamente integrado no sistema e na elite global, e a sua SpaceX vive de contratos com o Estado americano. Só este ano foram 2 mil milhões de dólares. Pagos pelo cofre cuja chave está na mão de Joe Biden, que é precisamente o inimigo público n°1 dessa mesma direita.
Não consigo decidir. Ambos os lados estão fortíssimos na palermice. Alguém lhes diga que o Twitter é uma empresa privada e não um organismo público com a missão de defender a democracia. E que o Elon Musk quer ganhar dinheiro e introduzirá as mudanças que quiser para rentabilizar o Twitter segundo a sua visão.
E que só lá está quem quer.
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