Maria Vieira, actriz portuguesa de créditos firmados que dispensa apresentações, decidiu recentemente envolver-se em profundas discussões politico-filosóficas nas redes sociais, causando um imenso frenesim entre as massas, o que é revelador do seu impacto na sociedade portuguesa. Ficamos a saber, entre outras coisas, que se posiciona ideologicamente na fronteira entre o conservadorismo radical e a extrema-direita e que admira fervorosamente o ícone maior do nacional-socialismo moderno mais populista, fanático e estupidificante de que há memória, Donald Trump. Como é seu direito. [Read more…]
Um vilão chamado Marcelo
Ele era o último grande herói da direita refém do radicalismo passista, ainda que, ironicamente, só o próprio Passos se tivesse atrevido a pôr em causa as qualidades do grande catavento. Foi levado em ombros a Belém pela direita, pela selva liberal e pela imprensa, que lhe garantiu mais espaço mediático que à soma de todos os seus opositores. Chegou, viu, venceu, e os órfãos da Pàf, feridos por essa estranha forma de estalinismo, também conhecida por democracia representativa, decretaram o início do fim dos acordos à esquerda. A contra-revolução estava em curso. [Read more…]
JSD, hitleriante
A JSD – e muita dessa nova direita radical que saiu recentemente do armário – tem, indubitavelmente, um fetiche com a União Soviética. Um fetiche que faz emergir o que de mais demagogo e idiota existe entre as camadas jovens de um partido outrora posicionado no centro-esquerda, hoje acantonado no sector mais radical da direita, imediatamente antes do PNR.
Em Novembro foi engraçado vê-los meter os pés pelas mãos com um cartaz que retratava a tomada de Berlim pelas tropas soviéticas, que só por acaso até combatiam ao lado dos EUA e do Reino Unido contra a Alemanha nazi, a qual era apresentada pelos doutos jotinhas com uma conotação negativa, numa tentativa falhada de atacar o acordo de esquerda e cujo resultado foi uma humilhação pública. Durante alguns dias, a JSD voltou a ser anedota nacional. Hitleriante. [Read more…]
A isenção jornalistica da TVI
“Capturado pela agenda ideológica da esquerda radical“.
Tenham medo, tenham muito medo…
via Os Truques da Imprensa Portuguesa
Direita radical engrossa fileiras
Com o triunfalismo a que estas coisas obrigam, e ilustrado com uma fotografia repleta de bandeiras ao vento, o PSD anuncia na sua página web que terá atraído 4000 mil novos militantes desde as Legislativas:
Apesar do número redondo, o detalhe apresentado pela página do PSD refere apenas aqueles que se inscreveram entre Outubro e Dezembro de 2015 – 1689 novos militantes – sem fazer qualquer referência aos restantes 2311 que se terão inscrito no partido de Janeiro até agora. Da mesma forma, não existe qualquer referência aos militantes que abandonaram o partido, aos que deixaram de pagar cotas mas que ainda contam para as estatísticas ou a casos bizarros como a da freguesia de Esmoriz, onde 80 militantes do PSD vivem na mesma morada e 121 outros partilham entre si três números de telemóvel. [Read more…]
Ne me quitte pas
Foi ao som de “Ne me quitte pas” de Jacques Brel que Bono Vox, ajoelhado, fez a homenagem dos U2 a Paris e encerrou a iNNOCENCE Tour.
Ver Bono ajoelhado fez-me pensar na política francesa e europeia. Está quase a fazer um ano que regressei a Paris e voltei a ver/sentir o que já tinha visto e sentido poucos anos antes. Desconforto.
Desconforto de muitos franceses, portugueses, africanos ou asiáticos que se sentiam (e sentem) “abandonados” por um conjunto de políticas internas descuidadas que os atiram para os braços da Frente Nacional, uma espécie de “lado negro” da política francesa. E as últimas eleições em França (tanto as europeias como agora as regionais) são disso testemunha.
Portugal não é a Hungria. Mas o resultado pode vir a ser o mesmo.
Manfred Weber, líder da bancada parlamentar do Partido Popular Europeu (PPE), fez o frete a Pedro Passos Coelho e juntou-se ao coro da demagogia que à direita rejeita, de forma cada vez mais aberta, a democracia representativa. Segundo Weber, que acusa a esquerda portuguesa de “populista” e “radical“, o PPE “combate diariamente no Parlamento Europeu as forças extremistas e populistas“, afirmação que não deixa de ser curiosa se considerarmos que um dos baluartes do extremismo e do populismo representados no Parlamento Europeu integra precisamente o PPE e é liderado por Viktor Órban, o ditador húngaro que surge na foto num momento de cumplicidade com Manfred Weber e que até já foi vice-presidente do PPE. Caso para dizer que o combate do PPE está a correr tão bem que alguns dos seus alvos chegam mesmo a cargos de topo no partido. Um notável fenómeno de reintegração social. Para quando a Frente Nacional? [Read more…]
O iminente golpe de Estado
A direita radical tem feito referências constantes a um golpe de Estado em curso. E se há uns dias parecia paleio de fundamentalista, a verdade é que o perigo parece ser real. A concentração de tanques que podemos ver na imagem não deixa margem para dúvidas. Devemos ter medo, muito medo, trancar bem as portas e enviar todas as crianças para fora do país que os comunas vão levá-las todas para o pequeno-almoço. Abençoado Cavaco Silva que não olha a meios para proteger a democracia do perigo esquerdista. Cavaco e os democratas que conhecem o valor da tradição e que se sublevaram contra o ultraje que foi a eleição de Ferro Rodrigues, que acha que pode ser eleito só porque teve a maioria absoluta dos votos dos deputados eleitos. Maioria? Qual maioria qual quê? Respeitem mas é a tradição seus norte-coreanos!
Heil Orban!
Governantes radicais na Europa, como sabemos, só existem na Grécia. Aquela malta do Tsipras é uma ameaça qualquer que ainda não sabemos bem em que consiste mas é gente perigosa, não tenhamos dúvidas.
Já Viktor Orbán é gente boa e lidera um partido conservador que até faz parte do Partido Popular Europeu, o mesmo de PSD e CDS-PP. Por falar em PP, aposto que o ditador primeiro-ministro húngaro já deve ter tido a oportunidade de saudar Paulo Portas pela sua intervenção sobre o papel procriador e doméstico das mulheres. Haja quem defenda o respeitinho, a moral e os bons costumes. [Read more…]
Por que não voltam os refugiados para o seu país?
Oferece-se barco de borracha com quatro coletes salva-vidas a quem adivinhar quem vendeu a maioria das armas que deixaram a Síria neste estado, muitas delas hoje ao serviço do Estado Islâmico.
Como tudo era tão simples quando alguns ditadores tinham os amigos certos.
Imagem@Uma Página Numa Rede Social
Destruição de obras de arte
Está confirmado. Tal como como era de prever, a CNN acaba de informar que a multidão atacou o Museu Egípcio no Cairo e destruiu obras de arte. Esta não é uma acção esporádica. A Irmandade Muçulmana vota um profundo desprezo a todo o tipo de arte “não islâmica”, na perfeita consonância com aquilo que os imãs exigem na Europa. Recordam-se dos dinamitados Budas de Bamian, no Afeganistão? Não se admirem se um dia destes virem as múmias dos faraós arrastadas pelas ruas do Cairo e as preciosidades do Antigo Egipto derretidas no cadinho. Qualquer semelhança com a antiga civilização, é uma mera coincidência no espaço territorial. Não tenham qualquer tipo de ilusões. Esta é uma “acção revolucionária” bem organizada e coordenada.
Não se trata de democracia. A sublevação poderá ter-se iniciado devido ao regime repressivo, mas o que aí vem, não é de bom augúrio. Trata-se de mais uma etapa na tomada do poder pelos radicais religiosos em todos os países muçulmanos. Qualquer entusiasmo com “vinte e cinco de Abris” norte-africanos, é apenas ilusionismo ou crendice bacoca.
Irmandades escondidas
Como reagiriam as potências ocidentais, a uma súbita irrupção de violência nas ruas de Lisboa ou de Atenas? Apelariam à contenção das forças de segurança? Declarariam haver “necessidade de reformas”?
Já crepita o fogo por todo o norte de África e no flanco sul da península arábica, o Iémen também entrou na corrente de sublevações que se generalizam. Nem mesmo o regime de Kaddafy parece seguro e apenas são respeitados os Chefes de Estado da Jordânia e do Marrocos, duas monarquias com forte apoio popular, dois países que têm merecido uma grande compreensão da sempre ansiosa diplomacia ocidental. Cremos que o verdadeiro alvo é outro, mais precisamente a Arábia Saudita. A queda do regime de Riade é um velho projecto dos extremistas muçulmanos, sabedores da total dependência europeia e americana, da boa vontade deste regime tacitamente seu aliado. A Irmandade Muçulmana (1) – que possui um programa claro – não deverá ser alheia a estas ocorrências. Há trinta anos caia baleado o general Anwar el-Sadat, vítima da aproximação aos EUA, da paz com Israel e da protecção concedida a outro alvo primordial, o Xá Mohamed Reza Pahlavi. O resultado está à vista e a “Europa” teima em contemporizar, temendo pelos seus negócios e refém dos seus medos. Querendo sempre acreditar em liberdade, os europeus acabam sempre por verificar resignados, a emergência de regimes muito mais repressivos que os derrubados. O júbilo bem depressa dá lugar ao silencioso comprometimento.
Os pequenos terroristas
É um facto. Toda a gente sabe que as crianças são terríveis. Quem de nós não ouviu já alguns pais relativamente zangados comentarem com os amigos: “Ui, o meu mais novo é demais. Não pára. Sempre de um lado para o outro, faz-me cada uma”. Alguns vão até um pouco mais longe e lá admite que o miúdo é “um terrorista”. Normalmente não sabem a quem, pai ou mãe, é que o petiz saiu, o que pode ser um pouco preocupante. Estas expressões são mais comuns em pessoas que se esqueceram que também já foram crianças.
Certos indivíduos estão convencidos que sempre foram gandulos e essa coisa da infância passou por eles a correr e não parou. Deve ser o caso de certos dirigentes e agentes da polícia antiterrorista britânica, em concreto de West Midlands, perto de Birmingham, que têm visitado creches para “identificar crianças” que possam estar a ser “submetidas a uma lavagem cerebral por parte de radicais islâmicos”. Está tudo no jornal The Times.
Num email enviado a grupos comunitários, um oficial da polícia pede que alertem as forças da autoridade “acerca de pessoas, de qualquer idade, que pensem que possam ter sido radizalizadas ou vulneráveis à radicalização… Há provas que sugerem que a radicazalização pode acontecer desde os 4 anos”. Quatro!
Comentários Recentes