Fanatismo ideológico pós-eleitoral

WS MLA

Satisfeito com a recondução da coligação PSD/CDS-PP ao poder, Wolfgang Schäuble fez eco da narrativa de Jean-Claude Juncker, que na manhã seguinte ao acto eleitoral em Portugal afirmava, através do porta-voz da Comissão Europeia, que

Os resultados desta eleição confirmam o desejo da maioria dos portugueses em prosseguir o caminho das reformas.

O sinistro ministro das Finanças alemão, em linha com o seu funcionário luxemburguês, reforçou a ideia

Isto mostra que uma política pode ter sucesso, e ser apoiada por uma maioria, mesmo que imponha medidas duras à população.

Em sintonia com os anteriores, o impronunciável Jeroen Dijsselbloem, presidente do Europgrupo, referiu que

De alguma forma, são boas notícias que um Governo possa ganhar eleições depois de implementar medidas duras que eram necessárias.

E rematou

Não acho que haja razão para uma grande mudança de políticas actualmente.

A ver se nos entendemos: os resultados desta eleição dão a vitória aos partidos da coligação. Isso é inequívoco. Tal não significa, porém, que a maioria dos portugueses pretende, como referiu a Comissão ou Schäuble, “prosseguir o caminho das reformas” e que essas reformas e “medidas duras” sejam apoiadas pela maioria. Não sei se estes indivíduos tiveram a oportunidade de olhar para os resultados do sufrágio, mas a verdade é que a maioria dos portugueses votou à esquerda do espectro e que a coligação teve um resultado inferior ao resultado isolado do PSD em 2011, ficando abaixo dos 39%. [Read more…]

As eleições Gregas e o futuro da Europa

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Os tweets desta noite de Jeroen Dijsselbloem demonstram a abertura para o Eurogrupo continuar a trabalhar conjuntamente com Alexis Tsipras a implementação das reformas fundamentais para o futuro da Grécia.

Sinais muito importantes para o futuro da Europa.

“O Eurogrupo é um grupo informal que não está vinculado a Tratados ou a regras escritas”.

Jeroen Dijsselbloem, presidente do grupo informal.
Mais sobre como Varoufakis foi excluído da reunião de ontem, aqui.

Grécia/eurogrupo: fim de jogo

eurogrupo_grecia Numa clara retaliação ao anúncio do Governo grego de referendar mais austeridade para a Grécia, o Eurogrupo (sem unanimidade, naquela que será uma violação dos tratados europeus) anunciou a recusa de extensão do prazo para lá de dia 30 de Junho. Questionado sobre a hipótese de o povo grego dizer SIM a mais austeridade, Jeroen Dijsselbloem afirmou não reconhecer credibilidade ao actual Governo grego – todavia eleito pelo povo da Grécia, ao contrário das instituições que questionam a sua legitimidade. O comunicado do Eurogrupo aqui.

Dijsselbloem meets Miguel Relvas

Eurogrupo           Foto@Freedom Bytes

Jeroen Dijsselbloem, ministro das Finanças holandês, presidente do Eurogrupo e ponta de lança do Austeridade FC, foi apanhado num momento Miguel Relvas: o seu CV referia um mestrado em Economia Empresarial pela universidade de College Cork, Irlanda, algo que, infelizmente para Dijsselbloem, nunca seria possível na medida em que tal mestrado simplesmente não existe na referida universidade.

Vamos imaginar, por breves momentos, que o CV aldrabado era de Varoufakis. Conseguem imaginar a tropa de choque do regime, montada nos seus unicórnios cor-de-rosa, bandeira com os focinhos de Hayek e Hitler em riste, a despejar chumbo grosso no alvo do momento? Seria épico mas, as far as we know, a cavalaria do regime terá que esperar porque o CV do Varoufakis é mesmo dele, não um embuste pseudo-académico relviano (acho que inventei uma palavra).

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Jeroen, Ordinário Neutralizador de Manifs

Não me doem as opiniões francas e directas de ninguém. Abraço com extremo interesse e paciência os que se me opõem, permaneçam calmos ou não a opor-se-me. Acho divertido escandalizar o Credo da CGTP e estimulante rasgar o Decálogo do PCP, da mesma forma que me fascina a crítica sistemática que se pode fazer com extrema facilidade ao Socialismo Português, o Chupcialismo, à sua retórica de impostura e temor da impopularidade, e sobretudo à fase totalitária recente do Socratismo, cuja abordagem e chamada à colação com esta fase Passista, não sei porquê, desagrada profundamente aos que se ancoram no presente político como o único monólito conveniente como se não houvesse o antecedente político e o grande pedregulho das respectivas responsabilidades. [Read more…]