Quando se discute a fuga de jovens para o estrangeiro, o debate centra-se muito na questão fiscal e muito pouco nos baixos salários e na ganância de empresários que querem CVs de excelência a preço de imigrante ilegal de Odemira. Profissionais qualificados têm um custo proporcional às suas competências. E, se o ordenado for proporcional e justo, os impostos serão um problema menor. Não é à toa que as sociedades mais prósperas assentam em modelos sociais apoiados em impostos altos.
Um tecido empresarial com visão terceiro-mundista é inimigo do desenvolvimento e nunca, em momento algum, alavancará uma economia de primeiro mundo. Passamos os dias a falar nos fracos políticos que temos, mas é igualmente importante debater, sem medos, o problema dos empresários que querem pagar 760€ a jovens com mestrados. Quando não são doutoramentos. Sem noção não saímos da cepa torta.
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