Outro veto do Cavaco que correu mal.
Isaltino é o Maior, iô
O senhor Presidente da Câmara de Oeiras já foi jantar com amigos e familiares. Consta que, por causa destas quase 24horas de detenção, se sente muito fragilizado e com uma enorme vontade de comer umas alheiras de caça regadas com um tinto velho e também um arroz de perdiz de cabidela.
Quem ficou a perder foi o cozinheiro já entretanto contratado, que habita o apartamento 245 da ala 3, que até já tinha começado a fazer encomendas de ingredientes de primeira qualidade.
O Tribunal de Oeiras decretou a libertação imediata de Isaltino Morais com base no princípio “in dubio pro reo” (em caso de dúvida, decide-se a favor do réu).
A decisão de libertar o senhor Isaltino foi tomada pela juíza Carla Cardador depois de uma reunião com o procurador do Ministério Público Fernando Gamboa.
Consta ainda que ninguém sabe o que se anda a fazer. Por um lado os que o mandaram prender, por outro os que o mandaram libertar.
Isto vai de mal a pior, ninguém se entende e nós, o povo aparvalhado deste país, não entende ninguém. Para além disso, a imagem da Justiça sai daqui ainda mais beliscada.
A libertação de Assange e uma comparação com Vale e Azevedo
Vale e Azevedo, acusado de crimes de milhões em Portugal e com mais acusações em Inglaterra, anda há anos a fugir de uma extradição para o nosso país. Complacente, o sistema judicial de Sua Majestade esforça-se por não incomodar muito o cavalheiro que, de recurso em recurso, vai gozando os muitos milhões que roubou.
Com Julian Assange, a Justiça britânica foi bem mais eficaz. Prisão preventiva numa cela de isolamento, libertação passados uns dias sob caução milionária, obrigação de utilização de pulseira electrónica e audiência decisiva já no início de Janeiro. Tudo porque duas activistas políticas ao serviço dos Estados Unidos não conseguiram aguentar com o garanhão australiano.
Julian Assange assusta os terroristas deste mundo. É bom, mesmo sabendo que ele tem os dias contados. Vão matá-lo a sangue frio mais cedo ou mais tarde.
Aung San Suu Kyi libertada na Birmânia
Aung San Suu Kyi foi libertada hoje ao fim de quase vinte anos de pesadelo a que foi submetida pelas autoridades birmanesas. Mas nada garante que o pesadelo tenha fim. O despótico e tenebroso -no sentido de rodeado de trevas e superstições- regime de Myanmar em nada alterou a sua natureza e os sinais continuam preocupantes.
Por outro lado as esperanças depositadas na ação de Aung Suu Kyi por parte da população são enormes, especialmente num país onde o exercício democrático e a capacidade de livre circulação e expressão estão reduzidos ao mínimo:
Alguns observadores questionam o papel que a líder da oposição vai realmente poder desempenhar. Win Tin, um dos fundadores da LND, não tem dúvidas: quando Aung San Suu Kyi estiver em liberdade, “será como uma enorme chuva. E quando a monção chegar à Birmânia, acordará todo o país para a vida“
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