O senhor Presidente da Câmara de Oeiras já foi jantar com amigos e familiares. Consta que, por causa destas quase 24horas de detenção, se sente muito fragilizado e com uma enorme vontade de comer umas alheiras de caça regadas com um tinto velho e também um arroz de perdiz de cabidela.
Quem ficou a perder foi o cozinheiro já entretanto contratado, que habita o apartamento 245 da ala 3, que até já tinha começado a fazer encomendas de ingredientes de primeira qualidade.
O Tribunal de Oeiras decretou a libertação imediata de Isaltino Morais com base no princípio “in dubio pro reo” (em caso de dúvida, decide-se a favor do réu).
A decisão de libertar o senhor Isaltino foi tomada pela juíza Carla Cardador depois de uma reunião com o procurador do Ministério Público Fernando Gamboa.
Consta ainda que ninguém sabe o que se anda a fazer. Por um lado os que o mandaram prender, por outro os que o mandaram libertar.
Isto vai de mal a pior, ninguém se entende e nós, o povo aparvalhado deste país, não entende ninguém. Para além disso, a imagem da Justiça sai daqui ainda mais beliscada.
Gosto dos seus textos, achei que lhe devo este comentário, pois há muito tempo que os partilho no FB.
Teresa B.Moniz
Obrigado, é uma honra. :o)
Depois de Vale e Azevedo ter sido solto durante dez(?) segundos, ter a família à espera para o levar para casa para logo a seguir ter recebido ordem de prisão – por certo um dos momentos mais infelizes da justiça portuguesa – assistimos agora todos a este teatrinho fazendo crer ao país que pela primeira vez um político corrupto ia passar uns tempos no chilindró.
Como diz o bastonário dos advogados, temos uma justiça forte com os fracos e fraca com os forte.
E sem justiça – digo eu – temos uma democracia de faz de conta…