Semana Santa em Braga

A Procissão da Burrinha, e é pena, não percorre mais que umas quantas ruas da zona antiga da bimilenar cidade de Braga. E é pena porque talvez desse jeito fosse o jeito de a cidade ser mantida, de forma sistemática, limpa, arejada e digna. É pena, não é assim. Assim, os moradores das Enguardas (ali para o Feira Nova) terão que esperar que passe a “semana santa” para que os serviços da semi-municipal Agere se decidam a cumprir as promessas telefónicas.
O bidon do óleo já ali está há uma semana; o sofá também.
Pena é que sem uso e serventia, o sofá, quisesse alguém sentar-se a apreciar a cidade que não semeia um único jardim ou parque desde pelo menos 1976…

Fogos – uma pergunta incómoda!

A floresta propriedade das celuloses não arde! Porquê?

Porque aquelas empresas privadas têm uma politica para a floresta, desde o plantio, com acessos generosos, limpeza adequada, uma equipa privativa de bombeiros e de gestores da floresta, que limpam, vigiam…

O Estado não tem política nenhuma para a floresta, ano após ano, arde tudo, parece que é mais fácil deixar arder do que ter uma política preventiva de limpeza, rasgar acessos, vigiar, limpar. É melhor ou mais barato, deixar arder?

Há tanta gente no desemprego, tanta gente a receber subsídios, tanta gente presa, a troco de um vencimento a juntar ao subsídio não se impediria um prejuízo muito maior dando emprego a tanta gente?  Em articulação com os proprietários privados? Bem sei que as celuloses estão num negócio, a floresta é a matéria prima para as suas fábricas, pois então a gestão florestal Estatal é o que tem que fazer, desenvolver um cluster da floresta por forma a que a gestão da floresta seja uma actividade económica e não os fogos de todos os anos!

O Estado não faz nem deixa fazer! Até a cãmara do Porto não tem tempo para limpar a escarpa das Fontaínhas!

Ou se cria um cluster económico da floresta ou os fogos nunca se apagarão!

O apartamento de Inês de Medeiros está uma badalhoquice

 
Foi Inês de Medeiros que o disse: uma das principais razões que a obrigava a ir todas a semanas a Paris era a limpeza do seu apartamento.
O Aventar, que viu a deputada gaulesa na sessão comemorativa do 25 de Abril, no Domingo, ficou preocupado com o estado de limpeza de uma casa que, está bom de ver, não ia ser limpa durante o fim-de-semana. Vai daí, começou a investigar e apresenta hoje, em exclusivo, fotos do estado actual do apartamento dos Campos Elíseos.
Para além de estarmos em presença de um casal à moda antiga – o marido suja e a mulher limpa – algo que a nós, homens, nos deixa cheios de alegria, reparamos também que para Inês de Medeiros não existem empregadas domésticas em Paris – nas suas próprias palavras, não é como cá.
Mas também isso o Aventar pode resolver. Este vosso escriba é de família de emigrantes – uma avó e nove tias e tios que labutam diariamente na cidade-luz como empregados de limpeza, porteiros e operários. Gente de fibra, gente que trabalha a sério – volta à pátria uma vez por ano sem que ninguém lhe pague a viagem – e que não teria qualquer rebuço em ganhar mais uma horas a limpar a casa da sua compatriota.
Enquanto não procedemos a esse ajuste directo, algo tem de se fazer para acabar com a badalhoquice que se vive naquela casa. Ainda por cima, no próximo fim-de-semana é o Dia do Trabalhador e mais uma vez a casa não vai ser limpa – Inês de Medeiros, tenho a certeza, nunca perderia as cerimónias do 1.º de Maio!
Assim, como forma de remediar a situação, a deputada podia aproveitar a greve dos funcionários do Parlamento e dar um saltinho a Paris amanhã. Não é muito tempo, é verdade, mas deve dar ao menos para esfregar a cozinha e aspirar a sala.

Ataque ao Aventar

Após o primeiro ataque ao Aventar a partir da Índia, tivemos um segundo ataque, agora a partir de Portugal pelo que teve  consequências bem menores, mas nem por isso, menos significativas.

Na quinta- feira o meu computador estava desligado e fiquei dia e meio sem poder aceder ao Aventar. Procedi de imediato a uma investigação tipo CSI e comecei, como mandam as regras científicas investigatórias, pelas pessoas com acesso físico ao meu escritório.

Após estudos ADN, descobri que o ataque tinha partido da D. Emília, a senhora que vem fazer a limpeza cá a casa. Ofereci-lhe um cafezinho, e calmamente perguntei-lhe se tinha sido abordada por alguem e se lhe tinham falado no Aventar. Então como explicava ela que o computador estavesse desligado, quando naquela manhã só ela e eu tínhamos entrado no escritório?

Após várias tentativas de explicação, ela confessou que quando chegou ao escritório estava cansada e que apressou o trabalho do aspirador, tendo tocado várias vezes no equipamento. Acalmei-a, explicando que num caso destes a discrição era muito importante e que não dissesse nada a ninguem, se fosse preciso mentisse, pois a responsabilidade é muita.

Respondeu-me que é Testemunha de Jeová e que por isso não pode mentir. Perante este facto, combinamos que só pode aspirar acerca de um metro do equipamento e que o resto deixa comigo. Fartou-se de chorar porque diz ela que eu nunca limpo nada e que  perdi a confiança nela.

E pronto, agora ando a recuperar psicologicamente a D. Emília !