Parecer gratuito a Sócrates e a Mexia

Excelências,

O problema que as remunerações do Dr. Mexia estão a levantar ao Engº Sócrates é grave. Desde logo porque a inveja cá no nosso país faz sempre caminho, depois porque o Dr. Mexia, ao defender o que é seu, embora legitimamente, colocou em dificuldades o Primeiro Ministro de Portugal ao não aceitar a redução do vencimento, traduzindo a questão a um problema interno da empresa.

Ora a EDP é uma empresa que tem um accionista de referência que é o Estado, pois é este que lhe permite estar sozinha no mercado da electicidade e praticar um preço duas vezes superior ao que é praticado no resto da Europa. Sem isso, o Dr. Mexia jamais  (não é piada…) conseguiria ter os resultados (lucros) que apresenta, ano após ano. Mas tambem seria injusto negar ao Dr. Mexia a possibilidade de ganhar um vencimento ao nível do que está habituado (sempre em empresas públicas…estão a ver, o teclado a fugir para a verdade)

Nunca na minha vida de consultor,  estive perante um problema que não tem saída, como parece ser o caso,  mas após muito porfiar encontrei a solução.

O sr Engº Sócrates muda o sr. Dr. Mexia para uma das empresas que dão enormes prejuízos ao Estado ( aquelas que estão debaixo do tapete…) pode ser a CP, e continua a pagar-lhe o mesmo, ou mesmo mais, do que ganha na EDP se o Dr Mexia atingir um de dois objectivos ( não estou aqui para enterrar ninguem…)

1 – diminui em 50% o prejuízo anual

2 – os comboios passam a andar no horário previamente combinado com os clientes, no acto da compra do bilhete.

Aí têm como numa só jogada (digna de um mestre de xadrez) resolvemos todas as questões. O sr. Primeiro Ministro não torna a ser enxovalhado pelo Dr. Mexia que continua a ganhar o mesmo, o país começa a resolver um problema (o da CP) que de tão grave, ninguem fala dele, calam-se os invejosos e, este vosso criado, com a riqueza de curriculum que esta solução demonstra, é colocado na próxima lista para a  administração da EDP!

Afinal, ganhamos todos, até a EDP, pois eu compreendo bem que não preciso de ganhar tanto como o Dr Mexia, ao ponto de me chamarem “obsceno”. Ficamos pelos três milhões/ano!

Atentamente, e ansiosamente à espera de ver V. Exªas respirarem de alívio, sou

Luis Moreira

Economista, Gestor e Consultor*

PS:* só para que V.Exªas fiquem descansados quanto à possibilidade de o meu curriculum (ou a falta dele…) possa ser soezmente atacado como foi o do Dr. Rui Pedro Soares .

Médicos querem salários por objectivos

Há um grupo de médicos do SNS que está a preparar um documento para propor à Ministra da Saúde, serem pagos segundo os objectivos acordados com o ministério. Face à hemorragia de médicos do SNS para os privados, só há uma maneira de segurar os técnicos mais competentes. Pagar-lhes segundo o mérito e a produtividade!

São os próprios médicos que se sentem incomodados com o facto de toda a gente ser paga segundo a antiguidade, como se todos fossem iguais, quando todos reconhecem que não são. Os mais impacientes já sairam para os privados, mas quem gosta do SNS considera que há lugar ao mérito e à produtividade. É a única forma de manter o SNS.

Objectivos que levem em conta a quantidade mas também a qualidade e as exigências técnicas requeridas! A não ser assim, a privada vai ganhar terreno, vai ser mais competitiva, vai ter os melhores, ter melhores resultados, crescer…

Eu sou pelo Serviço Nacional de Saúde, saúdo com alegria esta iniciativa!

Professores – afinal o que é a avaliação ?

Muito se discute sobre a avaliação, no caso dos professores, técnica de gestão que é há muito aplicada nas mais variadas actividades. Pelo que se lê, parece que a avaliação é alguma coisa que cai aos trambulhões de lá de cima, de geração expôntanea e que tem, como objectivo, lixar as pessoas a quem se aplica. Nada de mais errado!

A avaliação é, antes de mais, uma técnica de gestão que tem como finalidade fazer que todos conheçam os objectivos a que se propõe a organização, quais são os caminhos escolhidos, as metas, as prioridades, enfim, fazer que todos remem na mesma direcção.

Todas as organizações têm objectivos, podem é ser formais, conhecidos de todos, discutidos e aceites por todos, mensuráveis e valorizáveis, ou pelo contrário, informais, sabe-se vagamente o que devemos fazer, resulta de conversas avulsas, depende da maior ou menor capacidade e interesse dos seus agentes, mas não se conhece nem a direcção nem o ritmo, nem as prioridades. [Read more…]