É tudo demagogia

Por um lado:

Clara Marques Mendes [PSD] vive em Oeiras com a sua família e declara uma morada em Fafe; Heitor Sousa [BE] tem casa em Lisboa e deu morada de Leiria; Elza Pais [PS] vive a sete minutos da Assembleia da República e deu endereço de Mangualde; Duarte Pacheco [PSD] tem casa no Parque das Nações e declara viver em Sobral de Monte Agraço. Estes são alguns dos exemplos. Segundo as contas da RTP, por viverem fora de Lisboa, os deputados recebem, em alguns casos, mais 1500 euros do que teriam direito se o valor do subsídio fosse calculado com base nas casas que efectivamente detêm em Lisboa. [Público]

Por outro lado:

Mas isto é tudo demagogia, claro. Os senhores deputados ganham pouco e se não for assim ninguém os convence ao duro trabalho no Parlamento.

Pára tudo, que o Passos e a Cristas vão pedir uma comissão de inquérito

Sérgio Monteiro tem novo contrato de até 6 meses por 25 mil euros por mês

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho (E), acompanhado pelo secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, durante a visita à Associação Empresarial do Baixo Ave na Trofa, 31 Janeiro 2015. ESTELA SILVA / LUSA

A aldrabice do dia

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Denunciada por João Semedo, trata-se de uma aldrabice muito simples. O Bloco apresentou um projecto de lei para impedir os salários à moda da direita na CGD, que foi chumbado, pelo que não tem nem a faca, nem o queijo não mão. Já David Dinis, com a faca e o queijo do Público na mão, em processo acelerado de observadorização, pode debitar estas coisas – é livre de o fazer – mas o verdadeiro objectivo por trás delas mais não é que uma nova tentativa de criar instabilidade o seio do acordo entre os partidos de esquerda.  [Read more…]

Rapa, tira e não põe

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Corria por aí um boato orçamental segundo o qual os funcionários públicos recuperariam um bocadinho do que lhes tem sido roubado. Ora, segundo quem processa o meu vencimento, tal instrução não chegou ao serviço, e como tal este mês roubam-me o mesmo.

A confirmar-se, deve ser por essa via que o estado obtêm as tais receitas excedentes de que fala Paulo Portas, e que depois irão para os contribuintes que pagam a respectiva sobretaxa.

Eu sei que isto não faz muito sentido, mas com o Paulinho dos contribuintes e o Pedro dos saques nunca se sabe.

Sr. Funcionário Público, ponha aí o seu recibo de vencimento a jeito

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Simuladores de Salários e do IRS para 2013

Confesso que me aguentei umas horas. Queria negar o destino. Percebi, enfim, que o tempo está longe de ser um bom conselheiro. Não resisti.

Mas é bem feito!

Não resisti e agora sinto-me roubado!

Gostava de vos transmitir, em palavras, o que sinto. Não consigo.

Deixo-vos apenas alguns links para que se possam juntar a mim no sofrimento ou quem sabe na rua:

Público (xls);

Expresso (xls);

Jornal de Negócios (xls)

Dinheiro Vivo;

SIC;

E, querendo ter muita gente comigo, em Lisboa, no dia 26, nada melhor do que a tabela dos roubos aplicados aos Professores.

A direita portuguesa é desonesta

Eu sei que corro o risco de me dizerem que não faz muito sentido utilizar um pleonasmo no título, mas há muito que confessei as minhas múltiplas incompetências, de entre as quais, destaco, a escrita. Pensei no descer para baixo ou no subir para cima, mas acabei por juntar direita e desonestidade.

E antes de baterem, permitam que explique.

Em Portugal, segundo dados do Eurostat, a hora de trabalho, em 2011, tinha um custo de 10,30€. Ou seja, 30,1% do custo na Alemanha.

Mas, comparando a nossa produtividade com a do país de Merkel, podemos verificar que a nossa é 72,6% da alemã.

Ou seja, se os nossos salários estivessem em linha com o que recebem os alemães, de acordo com as respectivas produtividades o nosso custo de hora laboral seria de  24,9€, isto é, mais de 100% do que realmente é.

Os portugueses, caros defensores do regime, são mal pagos! Muito mal pagos!

Umas contas bem simples que mostram a verdade e que colocam uma interrogação aos aldrabões que por aí andam – vão continuar a dizer que o problema em Portugal são os elevados custos do trabalho?

E se tentassem investir numa gestão com menos boys e com mais competência não conseguiriam aumentar a produtividade?

E se o dinheiro do país fosse usado para aumentar a produtividade da nossa economia em vez de ser entregue à TROIKA?

E se em vez de tirarem dinheiro às pessoas para safarem os bancos e os juros da TROIKA, porque é que não deixam de pagar os juros e entregam o dinheiro à economia real?

Os maquinistas, esses nababos

Tem vindo a ser desenvolvida uma campanha na comunicação social e através de intervenções de responsáveis políticos, que retrata os maquinistas e os funcionários das empresas de transportes como gente extremamente bem paga, beneficiários de regalias inusitadas e injustas quando comparados com o resto da população. De forma indirecta sugere-se que a situação de falência técnica actual da empresa se deve a estas enormes regalias dadas aos trabalhadores em geral e ao maquinistas em particular. É óbvio que esta é uma não questão que além de mesquinha, é odiosa.

 
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Vencimentos dos Políticos

Neste dia de luta dos trabalhadores portugueses, parece-me apropriado publicitar os vencimentos dos detentores de cargos políticos. Tendo em conta os valores auto atribuídos penso que teríamos muito por onde aplicar medidas de austeridade.

No tretas.org pode ler um artigo detalhado e a respectiva legislação que lhe dá suporte sobre os vencimentos auferidos pela nossa classe política, desde o Presidente da República, até ao Presidente da Junta.

A imagem foi feita utilizando os icons monocromáticos do projecto KDE/Trinity disponíveis sob licença GPL v.2.

Mais uma esquerdista que andou a ler “estudos” da CGTP

Com efeito, o argumento de que a redução de salários na administração pública é um mal menor quando comparado com a possibilidade de despedimento, ou a de que os vencimentos da função pública são, em média, superiores aos do sector privado – o que não é verdade -, ou sugerindo que se poderiam dispensar dezenas de milhares de funcionários públicos ou baixar-lhes os vencimentos sem consequências para as populações é arrasador para a imagem e para percepção do valor do contributo dos funcionários públicos. (…)

Receio, por isso, que o dano causado na opinião pública pelos argumentos apresentados seja superior ao causado pela própria medida.

Manuel Ferreira Leite, Expresso, 12-11-11

Aguarda-se a reacção indignada de Tomás Belchior, que certamente encontrará uma relação laboral entre a antiga dirigente do PSD e a CGTP, ou pior. Desconfio que a senhora estudou em Moscovo na década de 60.

Actualizando: Não veio um Belchior, insurgiu-se um Arroja, invocando o Teorema Central do Limite. No limite já faltou mais para convocarem Nossa Senhora de Fátima que terá do alto de uma azinheira assegurado aos pastorinhos ser o salário dos funcionários públicos 17% superior aos do privado.

A verdade é uma coisa que não lhes assiste

O novo director do I, António Ribeiro Ferreira, esse grande admirador da arguida Maria de Lurdes Rodrigues, já meteu uma das suas marcas pessoais no jornal: o ódio ao funcionário público.

Serventes seleccionadas para o efeito, Katia Catulo e Liliana Valente têm feito um bom esforço. Primeiro aldrabaram os vencimentos, pegando numa amostra não aleatória e comparando com o salário médio nacional do privado,* sem terem em conta funções e habilitações, por exemplo. Se fossem honestas, googlavam o assunto, e descobriam como Eugénio Rosa já demonstrou o óbvio:

Não podemos separar os salários das qualificações. E o nível de escolaridade da administração pública é muito superior. O salário médio tem de ser superior porque a percentagem de trabalhadores com o ensino superior é cinco vezes superior ao do privado.

isto referindo-se a um “estudo” do Banco de Portugal em tempos de socretismo plantado por Constâncio nos jornais, mas onde até se reconhecia “que se a análise fosse feita por categorias se verificaria uma penalização salarial dos trabalhadores da administração pública.”

Hoje foram ao absentismo, usando a mesma “amostra”. Imaginação não falta na cabecinha das duas serviçais: os trabalhadores da função pública faltam 18 dias por ano, o que começa por incluir as licenças de maternidade e paternidade, suponho que no privado já ninguém faz filhos, e como o delírio não tem limites contabiliza-se alguém que teve 365 faltas injustificadas num ano, espero que tenha sido num bissexto.  Contabilizam igualmente baixas por doença prolongada, de quem aguarda uma reforma por doença (é normal morrer-se antes, mas espero que a ausência ao serviço em virtude de se ter falecido não tenha sido usada para chegar aos tais 18 dias). Pormenor curioso: desta vez omite-se a comparação com o sector privado. Porque será?

No fundo, tendo em conta o panorama do I, com ameaças de despedimentos e reduções salariais, temos de ter alguma compreensão pela esforço das senhoras. Só espero que não sejam obrigadas a passar às escutas para não perderem o emprego.

*Curioso: as serviçais usam um número, 884, que é superior ao do INE para público e privado, 813 euros. Ou seja: a média dos salários no privado seria assim superior à média de todos os salários. Deve haver aqui qualquer coisa que me escapa.

E os Políticos Falaram Devagarinho, Puseram o Chapéu e Foram-se

TUDO PORQUE O SENHOR BISPO FALOU E DISSE
.
O senhor Bispo propôs, e a classe política católica falou devagarinho.
Que até é um chamada de atenção bem urdida, que o senhor Bispo falou muito bem, que todos deveríamos estar conscientes de que os que têm mais deveriam partilhar com os que têm menos, que é uma questão de consciência, que acham bem o princípio, mas, todos à uma também disseram quase em surdina, que as resoluções de carácter económico são tomadas em família, que o dar vinte por cento dos rendimentos é uma forma de falar, que criar um fundo social com vinte por cento dos vencimentos dos políticos católicos é uma esmola, que uma esmola é um paliativo que não serve a ninguém e nada resolve uma vez que os pobres continuarão pobres,  que cada um é que sabe se pode dar tal verba, e que tudo isto deveria ser falado com calma e estendido a todos, não só aos políticos. Mais não disseram por vergonha, talvez.
Palavras sábias dos que ganhando muito bem, entendem que o que recebem nem para eles chega.
Palavras daqueles a quem nós todos pagamos, e bem, mas que só sabem arrotar postas de pescada desde que não toquem nos seus vencimentos, nas suas mordomias e nos seus interesses.
Palavras e mais palavras ditas ou cantadas por cima de uma música pimba, na esperança de convencer o Zé Tolinho, e ainda na expectativa de tudo ser esquecido depressa.
.
Mas porque é que eu ainda me incomodo com estes tipos?

As pensões e os Fundos de Pensões dos bancos!

Uma das histórias que se contavam é que os Conservadores dos Cartórios Notariais, andavam toda a vida a declarar um ordenado razoável ou mesmo pequeno, mas quando chegavam aos dois últimos anos de trabalho, passavam a declarar enormes somas à Segurança Social. Desta forma recebiam uma pensão milionária. E como se fazia isto? Num processo organizado por todos os Notários de uma certa área, os processos  que envolviam grandes somas de dinheiro, eram canalizados para os cartórios dos Conservadores que estavam em pré- reforma, digamos assim. (aqui o “truque” era aproveitar os “melhores cinco anos dos últimos dez”)

Mais recentemente, os administradores das grandes e sugadoras empresas públicas, faziam-se nomear administradores de empresas associadas, determinavam em Conselho de Administração que bastaria ter um ano de função para terem direito a uma pensão completa e, assim, acumulam à da empresa mãe.

Desta forma há gentinha que tem mais que uma pensão a acumular com vencimentos, porque estão na idade de estar na reforma numa empresa e, estão activos noutra empresa, tendo como “patrão” o mesmo Estado! Isto só no estado porque ninguem paga, ou melhor, paga, mas quem paga não “bufa”!

A questão principal é que seja o Estado a pagar as pensões e os vencimentos ao mesmo individuo. Se recebe uma pensão, então não deve estar no activo; se está no activo só pode receber o vencimento, não pode receber pensões.

Outra medida muito preocupante é que o estado, para encobrir parte do déficite, vai receber os Fundos de Pensões dos bancos, que nem de perto nem de longe cobrem as responsabilidades que têm para com os trabalhadores. O Estado recebe agora os milhões, o que reduz o déficite, e daqui a uns anos começa a pagar as responsabilidades. É uma operação de maquilhagem para o Estado e altamente rentável para os bancos!

Lá estamos nós a entrar, como sempre, e depois não chega para o trabalhador que, daqui a uns anos , vai trabalhar até morrer! É um ataque sem precedentes à sustentabilidade da Segurança Social !

Quanto ganham os deputados: O caso Inês de Medeiros

Diz-se constantemente que os deputados portugueses ganham mal e que no sector privado ganhariam muito mais.
Não é verdade. Os deputados ganham muito mais do que parece à primeira vista. Porque se o seu vencimento-base é de 3815,17 euros, ou seja, metade do vencimento do Presidente da República, o que levam para casa no final do mês pode chegar a ser o triplo, sendo que a maior parte desse valor não está sujeito a IRS.
A juntar a este valor, mais 10% para despesas de representação, ou seja, 370,32 euros. Ou seja, um total de 4185,49 euros fixos.
Têm ainda direito, os que não vivem na Área Metropolitana de Lisboa, a 69,19 euros por cada dia de presença nas Reuniões Plenárias ou nas Comissões. Para os Deputados que residam em Lisboa ou na Grande Lisboa, aquele valor é de 23,05 euros.
Recebem ainda o valor de uma viagem semanal de ida e volta, na classe mais elevada, sempre que eleitos por um círculo de eleição que não Lisboa. Para além da viagem propriamente dita, têm direito a ser ressarcidos do valor da deslocação entre o Aeroporto em que desembarcam e a sua residência.
Os Deputados que fazem deslocações em trabalho político no seu círculo eleitoral, mas que vivem fora dele, recebem um valor semanal correspondente ao dobro da média de quilómetros verificada entre a capital do distrito e as respectivas sedes de concelho. No caso dos Deputados das Regiões Autónomas, recebe o valor semanal resultante do quociente da divisão do valor médio das tarifas aéreas inter-ilhas por 40 cêntimos.
Pela deslocação em trabalho político no território nacional, um deputado tem direito a 412,44 euros por mês.
Sempre que se deslocam ao estrangeiro em missão oficial, os deputados recebem 167,07 euros por dia.
Têm ainda direito a utilizar gratuitamente computadores portáteis, PDAs, acesso à internet móvel (GPRS/3G), serviços postais e sistemas de telecomunicações.
Têm seguro de vida.
Então, quanto ganham os deputados?
Depende dos casos. Para dar um exemplo, permitam-me que escolha, completamente ao calhas, o deputado do PS eleito em terceiro lugar pelo círculo de Lisboa. Não sei quem é, mas vou já ver. (pausa)
Já vi, é Inês de Medeiros. Vamos então às contas.

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Cavaco apaga Mexia!

Face ao discurso de Cavaco Silva, em que aflorou a questão das desigualdades no país, Mexia vem dizer que o que ganha (3.5 milhões de euros) é um assunto interno da empresa. São os accionistas que têm o poder de lhe fixar a remuneração.

É mentira Dr. Mexia, no caso dos monopólios e das empresas públicas não é esse o entendimento, mas no seu caso é ainda pior, porque quem lhe paga os vencimentos milionários são os seus clientes que pagam a electricidade duas vezes mais cara que os clientes europeus.

Percebe, Dr. Mexia, se os preços resultassem de um mercado competitivo onde o mérito fizesse a diferença, os accionistas não ganhavam nem metade do que ganham e, por isso, não lhe fixavam o vencimento milionário que aufere.

Olhe que nós pagamos mas não somos estúpidos!

Eu ía já embora Dr. Mexia…

O governo, face à reacção da sociedade civil, ante os escandalosos vencimentos dos seus gestores nas empresas em que participa, vai determinar a sua redução. Já deu ordens para nas Assembleias Gerais (estamos em Abril…) os seus representantes forcem a redução dos prémios e mais mordomias.

Pelas contas que alguns já fizeram, António Mexia verá, o que leva para casa todos os meses, reduzido em 1/3 o que mesmo assim dá acerca de 2.0 milhões de euros.

Eu se fosse o Dr. Mexia ía-me embora, aceitava um dos vários lugares que já lhe ofereceram lá fora a ganhar muito mais e onde não há o pecado da inveja.

A ser verdade, se isto não for “compensado” por uma qualquer forma longe das vistas dos invejosos, era já…

Médicos querem salários por objectivos

Há um grupo de médicos do SNS que está a preparar um documento para propor à Ministra da Saúde, serem pagos segundo os objectivos acordados com o ministério. Face à hemorragia de médicos do SNS para os privados, só há uma maneira de segurar os técnicos mais competentes. Pagar-lhes segundo o mérito e a produtividade!

São os próprios médicos que se sentem incomodados com o facto de toda a gente ser paga segundo a antiguidade, como se todos fossem iguais, quando todos reconhecem que não são. Os mais impacientes já sairam para os privados, mas quem gosta do SNS considera que há lugar ao mérito e à produtividade. É a única forma de manter o SNS.

Objectivos que levem em conta a quantidade mas também a qualidade e as exigências técnicas requeridas! A não ser assim, a privada vai ganhar terreno, vai ser mais competitiva, vai ter os melhores, ter melhores resultados, crescer…

Eu sou pelo Serviço Nacional de Saúde, saúdo com alegria esta iniciativa!

Sugestões a Passos Coelho -2

É fácil congelar salários mas é muito injusto, porque são os que ganham menos e os que vivem pior que pagam a factura, só têm o pecado original de serem muitos e tirando um bocado a cada um junta-se muito. Mas chega, é sempre assim e no essencial, os erros, as duplicações, os desperdícios ficam lá todos.

Seria melhor ser um homem de Estado a sério e  avançar com medidas corajosas que, essas sim, além de justas, ficam para sempre. Exemplos? [Read more…]

O exemplo da Irlanda

A Irlanda anda por aí a dar exemplos que nos deviam fazer pensar. Primeiro foi o “milagre” do desenvolvimento que afinal não a defendeu de uma crise profunda, será que muita da riqueza tambem era de casino? Isto reforça a ideia que todos temos que a informação que nos é dada, no que importa, é formatada.

Mas a Irlanda tambem é exemplo porque perante os problemas, os enfrenta com coragem e verdade – corta os vencimentos dos funcionários públicos em 10%, enquanto aqui, alegremente, andamos a aumentá-los; corta tambem em 15% os vencimentos dos ministros e 20% no vencimento do primeiro-ministro.

Está aberto o caminho para que por aí abaixo, a sociedade irlandesa se acomode a ganhar menos, o exemplo vem de cima e sendo assim, gestores, professores, juízes dificilmente se colocarão na posição reinvindicativa que pulula cá pelo sítio.

Não posso deixar de lembrar que o nosso digno Governador do Banco de Portugal ganha mais que o seu congénere americano, o que não o inibe de uma e outra vez clamar para os vencimentos dos funcionários públicos serem congelados. E não teve visão bem competência para antever o que andava por aí…

Se ninguem respeita ninguem, se não há ética, se o exemplo não vem de cima, espera-se que os que ganham menos e vivem pior acreditem em quem os governa?

Pagamos impostos mas não somos tontos…