Passos Coelho: “Quando as coisas correrem mal, nós cá estamos para devolver a confiança e a esperança aos portugueses.”
Devolução sobretaxa de IRS: O que disse Passos Coelho na campanha eleitoral
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Num almoço comício da coligação PSD/CDS-PP em Guimarães, Pedro Passos Coelho, (…) dirigiu-se aos contribuintes que “fizeram realmente um esforço muito grande”, e referiu-se à sobretaxa de IRS. “Assumimos este compromisso: se a receita fiscal no IVA e no IRS ficar acima do que nós projectamos, então tudo o que vier a mais será devolvido aos contribuintes. E sabemos hoje que estamos em condições em 2016 de cumprir essa norma do Orçamento e que eles irão receber uma parte importante dessa sobretaxa“, afirmou. [JN, 27/09/2015]
Preto no branco, foi uma promessa eleitoral. Portanto, ó sr. Paulo Núncio e sr.ª Cecília Meireles, olhem que ainda vos caem os dentes com a mentira descarada quando afirmam o contrário.
Um governo, uma maioria, 3 embustes
No programa Eixo do Mal (SIC Notícias) do passado Sábado, Pedro Marques Lopes sintetizou aqueles que considera serem os 3 grandes embustes do governo Passos/Portas. Poderiam ser muitos mais argumentará o caro leitor. E argumenta muito bem. Mas esta selecção ilustra na quase perfeição aquilo que foi a governação PSD/CDS-PP. Senão vejamos:
Embuste nº 1: A devolução da Sobretaxa
Na verdade, são dois embustes num só:
- Não há nem nunca houve sequer intenção de devolver o que quer que fosse. Devolução aconteceria se nos fossem efectivamente devolvidos os valores cobrados pela máquina fiscal deste o início da vigência deste imposto extraordinário. A utilização da palavra “devolução” mais não foi do que um dos inúmeros truques semânticos orquestrados pela máquina de comunicação do PSD/CDS-PP para enganar os portugueses e obter o seu voto.
- O conto para crianças da devolução da sobretaxa é, desde o início, um esquema eleitoralista concebido para aldrabar os portugueses, um clássico desta pandilha que remonta a 2011, quando Pedro Passos Coelho garantiu aos portugueses não aumentar impostos ou não vender património do Estado “como quem vende os anéis para ir buscar dinheiro”, e que se repetiu em 2015 quando, já na recta final da campanha, fontes do governo asseguravam uma devolução de 35% da sobretaxa do IRS. Passadas poucas semanas do acto eleitoral, todas as previsões apontam para uma devolução na casa dos 0%. Surpresa? Nada disso, quem não engoliu a propaganda eleitoral do governo já sabia onde isto ia parar. Ou achará o caro leitor que alguém como Luís Marques Mendes roía a corda da forma como o fez no Domingo passado?
Deixa-me espetar-te uma faca nas costas enquanto me faço de sonso
Marques Mendes personifica, ele mesmo, a pouca vergonha que agora aponta à manipulação eleitoral levada a cabo com a eventual devolução de 35% da sobretaxa de IRS em 2016. Nas entrelinhas do que diz, é claro o passar de culpas para o secretário de estado do CDS, Paulo Núncio, quando traz à baila o caso da lista de contribuintes VIP. Como se não estivessem todos alinhados na mesma estratégia.
(…) o social-democrata lembrou que esta é já a “segunda trapalhada nos Assuntos Fiscais”, após a polémica em torno da lista VIP (…) [DN]
Devolução da sobretaxa do IRS: mais uma mentira deste governo desmascarada
Com as eleições à porta, o governo que não ia aumentar os impostos antes das Legislativas de 2011 mas que acabou por impor um aumento brutal da carga fiscal vem acenando aos portugueses com a possibilidade de reduzir a sobretaxa do IRS, no âmbito do esforço colossal que a coligação vem desenvolvendo para garantir a sua reeleição, sustentado na manipulação de indicadores económicos, promessas vãs e ataques permanentes a um recluso do estabelecimento prisional de Évora.
Acontece que, como qualquer mentira, o conto para crianças da devolução da sobretaxa do IRS foi desmontado, neste caso pelo Bloco de Esquerda, explicado neste vídeo pela Mariana Mortágua. O video tem apenas um minuto e meio e a objectividade com que a questão é explicada não deixa margem para dúvidas: as contas do governo, que sustentam a promessa de devolução da sobretaxa, assentam em impostos que não foram ainda recolhidos e no empolamento dos números da receita fiscal para criar uma folga que não existe, através de uma regra criada pelo próprio governo para reter os reembolsos de IVA e IRS das empresas e dos contribuintes até depois das eleições. Porém, se passar despercebido, este embuste só cairá por terra já depois das eleições, quando nada houver a fazer. Fica o alerta para aqueles que ainda acreditam em histórias para embalar jotas.
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