Facebook-bullying

Depois de milhões de anos de evolução, pergunto-me como é que o ser humano foi capaz de viver sem facebook durante todos esses anos?

Pergunto-me até – como é que eu consigo viver sem estar registado nesse site?

Mais interessante até, foi duas décadas depois da adolescência, e de a ter vivido sem grandes sobressaltos e sem me ter sentido demasiado pressionado para ter determinados comportamentos para ser aceite no grupo, ter vivido situações de um quase facebook-bullying por parte dos amigos que me rodeiam.

Como interessante é chegar ao cúmulo de estar num jantar de amigos e vê-los passarem o tempo todo, exclusivamente a falarem do que por lá fazem, o que o “x” disse, o que “y” respondeu etc, etc, etc.

Claro, tive que fazer “delete” a esses jantares. Se as pessoas se esquecem da nossa amizade porque não estamos registados na rede social da moda, creio que deve ser porque não somos assim tão importantes. E por norma, para quem somos realmente importantes, esses não se esquecem de nós.

Outra curiosidade é sair à noite e ouvir “adiciona-me no face”. Boa!! Na volta trocar números de telefone já é coisa do século passado!!

Daqui a nada surge outra coisa “melhor coisa do mundo” no computador sem que ninguém consegue viver e já ninguém se lembra do site de encontros com as pessoas que nunca mais nos quisemos lembrar, sejam amigos da escola, ex colegas de trabalho, família, mas que agora queremos mostrar toda a nossa vida. Contaram-me que também é muito bom para reencontrar ex-namoradas!!

Um dia destes registo-me. Mas não conto a ninguém!!

Texto de Konigvs

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