BPN custa-nos 2,4 mil milhões de euros

Muito obrigado sr. Sócrates. Enquanto se pavoneia em Paris, cá estaremos nós a pagar com o  subsídio de Natal, impostos q.b. e com os anunciados orçamentos rectificativos o delírio a que chamou salvar a banca.

Em Israel também se acampa

Que os israelitas não são todos iguais, ou seja, sionistas, já sabíamos. Que eram capazes de vir para as ruas e acampar em defesa dos seus direitos sociais, é novidade. Aliás uma novidade que escapa à comunicação social portuguesa. Sabia que em Telaviv ainda ontem eram 100 000 nas ruas? E que escolheram a Avenida Rothschild para o fazerem?

Há coisas fantásticas não há?

A avaliação dos alunos vista pelo professor Villaverde

Mas teve uma boa nota, o António José Seguro?

Não me lembro mas eu nunca lhe daria uma má nota porque é uma pessoa simpatiquíssima, cordial, perfeitamente capaz de perceber de que é que eu estava a falar, e estava-se a preparar, a ganhar conhecimentos…

Na entrevista que Manuel Villaverde Cabral deu ao I os disparates ocorrem linha sim, linha não, numa manifestação exemplar de que por vezes a idade não perdoa. Mas gosto em particular desta visão do ensino, da avaliação, dos alunos. Um primor.

Para a história da liturgia salazarista

A 28 de Abril de 1998 um tal  Núcleo de Estudos Oliveira Salazar iniciava a recuperação da memória do ditador promovendo em Lisboa e Coimbra “missas” em sua homenagem. No caso de Coimbra a lata foi ao ponto de utilizar a Sé Velha, em tempos Praça Vermelha, no coração da Alta. Não lhes correu bem. Terão conseguido a publicidade que pretendiam, mas a manifestação política à conta da Igreja foi um fracasso. Aqui ficam duas reportagens televisivas exibidas na altura.

Além de o vídeo servir para algum pessoal descobrir que já foi mais novo, tem a utilidade de lembrar que o processo de branqueamento de Salazar foi longo, culminando no onde estamos hoje, em que a sua emulação tem sido progressivamente governamentalizada (e não me refiro só ao actual governo).

Chile em Barcelinhos

Do Chile veio gente dançar ontem sobre as águas do Cávado no 31º Festival do Rio. O Raúl Iturra bem podia ter cá vindo no comboio

segurança social

doente

A natureza humana é um conjunto de características descritas pela filosofia, incluindo formas de agir e pensar, que todos os seres humanos têm em comum. Vários são os ramos da ciência que estudam a natureza humana, incluindo sociologia, sociobiologia, psicologia, entre outros. Filósofos e teólogos também fazem pesquisas sobre o assunto. [Read more…]

Um título assassino

Só Salazar cortou como o Governo quer cortar

A dimensão da redução na despesa prometida pelo ministro das Finanças só é comparável ao ano de 1950

O Governo comprometeu-se a cortar 10% da despesa primária do Estado em 2012. É o maior corte de sempre nessa rubrica, pelo menos desde que o Banco de Portugal disponibiliza dados. Só António Oliveira Salazar se aproxima dessa redução, com um corte de 5,81% da despesa primária, em 1950.
A despesa primária consiste na despesa total, depois de subtraídos os encargos com juros. Entre 1947 e 1995, só em 1950 é que se registou uma queda. Ainda assim, a redução de 5,81% fica muito aquém daquilo que o ministro das Finanças prometeu fazer para o ano.

no DN

Da esquerda à direita, todos condenam a redução do défice feita pelo aumento de impostos. Subentende-se que a alternativa seja o corte na despesa.

Qual é portanto a utilidade deste título, para além de estabelecer uma ponte entre este governo e a ditadura?

O amigo oliveira continua em grande forma. Isso e a guerra que ainda agora começou por causa da futura privatização da RTP, em que a escandaleira nas secretas é um episódio e a missiva de Balsemão aos seus empregados para se moverem contra a privatização do canal público é outro.

Uma questão de distribuição

Quando falha a distribuição da riqueza, mais cedo ou mais tarde acabamos por ter distribuição de sacrifícios.

Vivemos hoje os chamados “tempos difíceis”, porque nos tempos da aparente abundância nunca esta foi por via da distribuição da riqueza. Pelo contrário: concentrou-se o esbanjamento e distribuiu-se endividamento.

Veja-se como os salários baixos foram durante décadas um chavão para o nosso progresso. Num país dito da Europa, alicerçávamos a nossa competitividade nos salários baixos. Depois, para colmatar a falta de dinheiro para se comprar aquilo que era dado como imprescindível para se ser feliz, fosse na televisão fosse na casa do vizinho, abriram-se os cordões da bolsa do financiamento e tudo pôde comprar aquelas coisas para as quais poucos tinham rendimento. Agora que as ilusões de felicidade do crédito fácil estouraram na cara de toda a gente, há que refazer contas à vida e lá vamos no fado dos sacrifícios.

Mister é saber como são distribuídos os sacrifícios, pois que sendo mal distribuídos acontece como na má distribuição da riqueza: muitos empobrecem e alguns engordam. [Read more…]

Cada país tem o seu massacre

As balas são acessíveis, custam cerca de euro e meio por litro em qualquer gasolineira. As rajadas são traiçoeiras, feitas de ultrapassagens à segurança dos outros.

Dia após dia, cruzo-me com eles no asfalto de batalha. Têm pressa, mal podem esperar pelas importantíssimas insignificâncias que os esperam. Ontem encontrei um no IC19. Veio da esquerda, cruzou em diagonal três faixas, forçou a existência de um espaço à minha frente, para finalmente, já em cima do risco contínuo, enveredar por uma saída. Fiquei fascinado com tamanha proeza, plena de audácia e de destreza. No vídeo-jogo, em que aquele condutor vive, depois gastas as três vidas basta recomeçar. Mas na vida real que lhe parece ser estranha, game over traz sangue e lágrimas.

Cada país tem o seu massacre, seja pela mão de pessoa colectiva ou individual.

Monstros bons, monstros maus.

Tenho assistido, entre a complacência e o espanto, a uma discussão, de resto estéril e estúpida, sobre a natureza do mal, representado pelo assassino da Noruega.
Mal soube que o terrorista era loiro, de olhos azuis, de extrema-direita e provavelmente um religioso fanático, a Esquerda ateia veio, nervosíssima, apontar a raiz do mal. Está ali. É aquilo.
Se fosse um árabe de turbante (que esta gente adora clichés) viria a direita invocar o problema: o fanatismo islâmico, rude, bárbaro e ignorante.
Os idiotas contam piadas ou não contam nada, que é mais razoável de todas as posições, afinal.
Meus senhores, a Noruega não é exemplo, Andres Breivik não é exemplo para ninguém. O mundo, por muito que custe aos teóricos de Esquerda, não se divide entre bons e maus, entre preto e branco, entre sim e não, entre oprimidos e opressores. Já não é assim (e alguma vez foi?).
Não podemos arranjar exemplos para um mundo de monstros bons e de monstros maus. Nem vale a pena culpar o fanatismo religioso ou Deus. Por essa ordem de ideias e para quem deus não existe a culpa não é divina, é humana. E nesse aspecto, virados do avesso somos todos iguaizinhos: uma comunhão de biologia e impulsos que fazem de nós todos possíveis Breiviks.
Menos os estúpidos que fazem as nações mais felizes. E de brandos costumes.

Aventar e Cervantes

aventar e dom quixote

Há dias e dias. Mudam os nomes, como muda também o nosso humor conforme a vida se vai desenrolando. Hoje, a nossa vida, dava para escrever outro Dom Quijote (Dom Quixote, em língua lusa). Cervantes não se limita a narrar, emite juízos de valor, condena a sociedade do seu tempo, vira as classes sociais do avesso, tenta ser justo e

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Blond Blood

 

Extorsão

A maior diferença que encontro entre a EMEL e Camorra, reside na protecção que a primeira goza na legislação produzida pelo seu dono, em interesse próprio… De resto, ambas praticam a extorsão como actividade.

A melhor defesa é o ataque? fazendo batota, talvez seja

Helena Matos acordou da letargia que o carniceiro de Oslo lhe provocou. Lá deve ter pensado: atira-se com as Brigadas Vermelhas (mas esquece-se por exemplo o atentado da estação de Bolonha, onde a extrema-direita assassinou 85 pessoas e feriu 200), e finge-se que o assassinato de Aldo Moro não é uma história por esclarecer. Invoca-se a ETA, contabilizando as 829 vítimas, mas fingindo que entre elas não está por exemplo Carrero Blanco, e que aqueles que o executaram foram assassinados, já para não falar dos GAL.

Tudo isto para insinuar que toda a esquerda simpatiza, ou simpatizou, com Ulrike Meinhof e afins, já agora vitima de “suicídio” policial. É a velha estratégia de a melhor defesa é  ataque, proveniente de quem está ideologicamente de pedra e cal com Andrew Berwick, praticando a mesma neo-cruzada, num blogue onde este mapa foi publicado.

Via Rui Curado Silva, que responde com uma mapa-mundo muito pertinente.

O manifesto de Anders Behring Breivik e seus comentadores

Estava aqui uma coisa drapetomaniaca, no artigo sobre o manifesto vídeo do Andrew Berwick, comentários odiosos vindos do mesmo IP brasileiro, IP com que o próprio se batia em si mesmo, usando vários pseudónimos, e que agora assim se revela:

Cara moderação, que bom que excluiu alguns de meus comentários. Seria justo inclusive que excluísse todos. Drapetomaniaco nada mais é que uma personagem. Curioso como mesmo em um fórum onde fluem idéias libertárias, um pouco de pimenta faz aflorar o pior do nazismo. Foram postadas aqui comentários entre xenofobia e racismo, nazismo e preconceitos tolos. Fiz o mesmo em outros fóruns e o resultado foi ainda pior.
O menor dos tremores, faz cair o véu de concepções e pseudo-fraternidade da união européia.
Logo veremos o fascismo do nosso tempo.

É daquelas vezes em que um comentador vale mais que o artigo, artigo onde aliás escrevi facto 2 vezes, e faltou pouco para não ter sido fato. Obrigado.

Acontece Hoje em Viana do Castelo

Programa das Festas aqui

Forza, Italia

Yeah!, baby

uma ânfora, o túmulo do amigo

Mozart te deum

Homenagem ao meu amigo Francisco Santos

O descanso do trabalhador

Fiquei sem fala. Era esperado, mas estávamos habituados a ver a Francisco Santos sentado no seu cadeirão, baixo o seu imenso, grande e elegante chapéu-de-sol, todo colorido para alegrar a sua vida, comprado especialmente para ele, a falar ou tentar falar com todas as pessoas que passavam pela rua, quando o tempo era bom. O que dizia, apenas a sua mulher, a quem denomino Mãma Guilhermina, traduzia. As vezes, nem ela entendia. [Read more…]

First things, first*

image

Ah!, sim, vamos a uma drástica, drasticíssima até, redução das entidades públicas. Depois de, claro, alguns pressupostos estarem resolvidos.  Antes cedo, do que seja tarde.

 

* inglês technicolor, como diria uma certa pessoa que eu cá sei, entusiasta de linhas paralelas 😉

Eurobonds – Ja, natürlich / Não por favor!

Estamos a fazer o nosso caminho. O guião das entidades financiadoras está a ser percorrido à nossa maneira.

Mais medidas de aumento da receita foram anunciadas, mais medidas de cortes de despesa serão anunciadas nos próximos dias, uma maior flexibilização do mercado laboral já foi aprovado, as privatizações estão em marcha e foi aprovado um aumento de 15% dos transportes públicos nas Cidades de Lisboa e Porto. Apesar disso, e por causa da contaminação da crise à Espanha e sobretudo à Itália, pedem-se medidas adicionais desta vez ao nível político europeu.

Assim chegamos ao coro de vozes dos que clamam pelas salvadoras Eurobonds que, qual D. Sebastião, nos salvariam de mais medidas de austeridade e nos aliviariam do peso insuportável dos juros da dívida. Não partilho desta opinião. A austeridade é indispensável e inescapável. Não é com uma maior centralização na União Europeia que os problemas dos portugueses vão ser resolvidos. Parece-me até que foi um seguidismo amorfo das directrizes europeias que explica parte dos nossos problemas actuais. [Read more…]

Alfredo Barroso e Teresa Caeiro: o bloco central da peixeirada

Uma homenagem a peixeiras, varinas, e outras honradas trabalhadoras de língua solta. A presença de Mário Crespo neste debate, por sua vez, é um tributo às floristas, em particular às que se dedicam a arranjos florais.

Veja também a segunda parte: [Read more…]

Prédios devolutos em Lisboa

Um excelente trabalho no tretas.org sobre prédios devolutos em Lisboa. Entre particulares e, imagine-se, propriedade municipal, pontos de uma cidade fantasma.

A ler em prédios devolutos em Lisboa.

Mudam-se os tempos…

Pois é, pois é, isto com as evoluções tecnológicas dá para apreciar como os tempos vão mudando. Ainda se vivia na ilusória bonança e lá se exibiam as engenhocas – cujo nome chique é “gadgets” – que fascinam grande parte dos consumidores. A mim fascina-me antes a evolução das nomenclaturas, ao sabor dos tempos: já foram “aipodes”, passaram a “aipedes” e, quem sabe, se os próximos não serão “aitroika” ou “aifoge”.

A ver vamos…

Irá o Estado finalmente emagrecer?

-Até agora o governo apenas anunciou medidas de agravamento fiscal, colocando o já asfixiado contribuinte ainda mais à mercê do proxeneta Estado. Esperemos pois que amanhã sejam apresentadas medidas que possam contribuir para começar a desmantelar o peso brutal, que condiciona a vida de todos os portugueses. Além de ser possível obter ganhos de eficiência e reduzir a despesa em muitos serviços, começando pelas mordomias, nos boys, institutos, fundações e afins, há muito por onde cortar…

Em busca do socialismo perdido

-Uma vez socialista, sempre socialista! Felizmente acabaram as bizarras golden share, se o Estado pretende manter presença na economia, princípio com o qual não concordo, então que detenha capital na empresa, mas não que todas as acções tenham igual valor, mas umas valham mais que outras.

Aumento de 25% nas Portagens do IC19

Estou contra o anunciado aumento de 25% no preço das portagens do IC 19.

Banco é Caixa

e Caixa é pote.

O ovo da serpente

Nem 3 dias passaram, e já se escreve isto:

Só lamento ter acontecido na Noruega e não em Portugal, mas há-de chegar o dia…

numa caixa de comentários (este não apaguei para amostra). Depois digam que foi um acto isolado de um tresloucado. E continuem a pregar o mesmo discurso “anti-multiculturalista”. Na década de 30, muitos também não acreditavam. Os ovos da serpente são transparentes, antes de eclodirem já sabemos quem lá está.

Retrato de Um Fils-de-Pute

deus existe e deu-nos o livre arbítrio como lei. que bom.

Aventar: faça-o você mesmo

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Como sempre foi tradição nesta casa, o Aventar está aberto à colaboração dos seus leitores. Deixe o seu texto original, ou a intenção de o escrever, clicando aqui.

Obviamente não publicaremos o que não respeite as Regras da Casa. Fora isso, neste blogue plural todas as opiniões são bem vindas.

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