Today is your day

AtlasShrugged “Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada”.

Ayn Rand

 

Comments

  1. Nightwish says:

    A citação é interessante… infelizmente vem de alguém que prefere o cada um por si, ou seja, um ideal onde nem sequer há sociedade.
    Entre os dois…

    • Ferdinand says:

      Mas há sempre uma sociedade, o que varia é a forma de como ela está configurada. Uma sociedade do “cada um por si” nunca existiu, até quando o Homem primitivo andava pela a savana eles catavam os piolhos uns dos outros, o que significa que uma forma muito rudimentar já existia. Mas foi com a agricultura que a sociedade começou a tornar-se mais complexa e semelhante ao que temos hoje.

      O Estado é a mesma coisa, há sempre um estado, pode ser ou +-repressivo, +- legítimo.
      A eterna luta da humanidade não tem sido pela a destruição do Estado, tem sido pela a transformação do estado em algo que garanta a maior liberdade possível a todos os indivíduos que fazem parte da sociedade.

      Os Milton Friedmans e Ayn Rands não passam de embustes que foram financiados pela aristocracia financeira de forma a criar ilusões de liberdade na população, eles não defendem o fim do estado eles o que eles verdadeiramente defendem é que estado deve existir para servir a classe tecnocrata! Mas a propaganda é sempre embrulhada com “liberdade”, que nunca se converte em liberdade para a maioria!

      Nós somos INDIVÍDUOS que fazemos parte de uma SOCIEDADE, e quando não deixamos os SOCIOPATAS tomarem conta da situação a qualidade de vida aumenta e mandamos o homem à Lua, quando começamos a acreditar no que os sociopatas dizem merda acontece, tipo “austeridade”…

  2. Não nascemos com o propósito de servir a sociedade. Nascemos livres. Nos primórdios adoptámos a sociedade como forma de proteção e benefício para o indivíduo. Ao longo dos tempos tal objectivo foi sendo desvirtuado. E se não acautelamos direitos individuais…
    A máfia através da extorsão e métodos violentos tira às vítimas metade dos rendimentos. São criminosos, imorais… Quando um Estado através de legislação decreta impostos elevadíssimos para continuar a engordar, retirando às pessoas metade dos rendimentos, passa a ser considerado benefício da sociedade?

    • Ferdinand says:

      “Não nascemos com o propósito de servir a sociedade. Nascemos livres.”

      Pois, certamente o ideal é a liberdade a todos os seres humanos mas não se esqueça de um detalhe, quando vai ao supermercado e enche o carrinho houve quem teve que suar para que o pudesse encher, imagino que essas pessoas gostassem de ser mais livres e não perdessem o tempo limitado da suas vidas a servir o António Almeida. E não se esqueça de cada vez compra um electrónico “made in china”, esse produto passou pelas mãos de trabalhadores chineses que não ganham o suficiente para comprar aquilo que produzem!
      Não, António Almeida, não estou a tentar lhe incutir um sentimento de culpa porque compra “made in China”, não quero ser assim tão hipócrita, apenas acho que seria positivo se considera-se que “não existe sociedade, apenas indivíduos” é algo que um sociopata, narcisista, que ama a sua própria liberdade mas despreza a liberdade do seu semelhante diria.

      “Quando um Estado através de legislação decreta impostos elevadíssimos para continuar a engordar, retirando às pessoas metade dos rendimentos, passa a ser considerado benefício da sociedade?”

      Um governo repressivo seja ele denominação de “direita” ou “esquerda” não deve ser tolerado, o mesmo se aplica a um governo que inventa “austeridades” para manter o sector parasitário da banca, como é o que acontece actualmente.

      O António Almeida acha o Estado uma grande maçada, eu também, mas eu também acho a banca e os restantes monopólios privados uma maçada e potencialmente repressivos tal como o Estado, mas destas maçadas o António Almeida pouco ou nada diz.

      Sem dúvida, a uma sociedade utópica da “igualdade e liberdade para todos” é apetecível, mas acontece que essa sociedade é como sempre foi uma utopia. Aqueles, que por norma, defendem o “não existe sociedade, apenas indivíduos” são aqueles que tanto têm e tudo farão para terem ainda mais À CUSTA DA LIBERDADE DOS OUTROS!
      E se o Estado lhe provoca tanta indignação (muito dela justificada), existe quase um continente Africano inteiro à sua espera, lá o estado moderno praticamente não existe, e poderá usufruir das maravilhas anarco-capitalistas que tão bem são conhecidas…

      • O António Almeida acha o Estado uma grande maçada, eu também, mas eu também acho a banca e os restantes monopólios privados uma maçada e potencialmente repressivos tal como o Estado, mas destas maçadas o António Almeida pouco ou nada diz.

        Os Bancos deveriam ser deixados falir como qualquer outra empresa, jamais deveriam ser protegidos com dinheiro do contribuinte.

    • Fernanda says:

      “Quando um Estado através de legislação decreta impostos elevadíssimos para continuar a engordar, retirando às pessoas metade dos rendimentos, passa a ser considerado benefício da sociedade?”

      Não, mas o que se assiste nestes tempos é a algo diferente, pelo que esta afirmação, descontextualizada, é profundamente demagógica, populista e reaccionária.

    • Não nascemos livres. Nascemos com a aspiração de ser cada vez mais livres. Ao tornarmo-nos adultos – estado que os admiradores de Ayn Rand nunca atingem – verificamos que a liberdade absoluta não existe e temos por isso que nos contentar com a liberdade possível. A má notícia, para um adulto, é que não é possível ser absolutamente livre; a boa notícia é que é sempre possível ser mais livre.

      A liberdade possível tem que resultar de um esforço, de um plano e de um sistema. Só é maximizável em sociedade. O modelo de sociedade que melhor a maximiza é o Estado Moderno, baseado no Contrato Social, tal como tem vindo a ser teorizado e construído a partir do Século XVII.

      Se um Estado Moderno é democrático, tanto melhor. Se não é, é mesmo assim preferível às formas de dominação feudal que veio substituir.

    • O que são “impostos elevadíssimos”? Existe um nível normal de impostos que possa servir de termo de comparação? Os impostos só servem mesmo para “engordar o Estado”? E o que é que esta metáfora quer dizer, afinal? O que é, exactamente, um Estado gordo? Será um Estado ineficiente? Ineficiente em comparação com quê? Com um qualquer ideal absoluto, daqueles que só existem na imaginação doente dos fanáticos?

  3. Sarah Adamopoulos says:

    Este A. de A. faz-me lembrar alguém, quem será?

  4. manuel.m says:

    Se…
    “Just as man can’t exist without his body, so no rights can exist without the right to translate one’s rights into reality, to think, to work and keep the results, which means: the right of property.”
    Então…
    “If any civilization is to survive, it is the morality of altruism that men have to reject.”
    Logo…
    Este livro é um bom manual em como ser um completo sacana..

    • Quem quiser ver por dentro a mente dum psicopata tem três possibilidades: ver o “Silêncio dos Inocentes”, ler os livros da série “Mr. Ripley” de Patricia Highsmith, e ler Ayn Rand. O maior sacrifício é ler esta última, porque como escritora está mesmo abaixo de cão.

      • Discordo, o Ripley é um psicopata simpático, enfim, até é discutível que seja um psicopata. Os outros nem por isso, e esta passa todos os limites.

  5. anonimo says:

    a parte que todos os adeptos de Ayn Rand deixam de fora é a de que ela, no final da vida sofrendo de cancro no pulmão cujos tratamentos não tinha dinheiro para pagar, concorreu, ganhou e recebeu dinheiro da Segurança Social (no caso, Medicaid) para ajudar a pagar os ditos tratamentos.
    compreende-se este “esquecimento” da parte dos seus defensores pois para alguém totalmente oposta á ideia de estado, colectivo, ajuda mútua, é uma situação de uma hipocrisia absoluta.
    deixo-vos com esta citação:

    “There are two novels that can change a bookish fourteen-year old’s life: The Lord of the Rings and Atlas Shrugged. One is a childish fantasy that often engenders a lifelong obsession with its unbelievable heroes, leading to an emotionally stunted, socially crippled adulthood, unable to deal with the real world. The other, of course, involves orcs.” – John Rogers

    • Ricardo Ferreira Pinto says:

      Os adeptos de Ayn Rand também costumam deixar de fora o facto de ela ter sido uma profunda admiradora de William Edward Hickan, o serial killer americano que matou e esquartejou uma criança de 12 anos.

      • Ao menos Ayn Rand era coerente. Era ateia, como um neoliberal não pode deixar de ser. E admirava uma pessoa capaz de raptar, violar, torturar e matar uma criança porque a sua teoria da soberania individual não deixa espaço para nenhuma outra ética.

        No fim da vida a coerência falhou-lhe. O episódiozinho sórdido do recurso à “Medicaid” revela-a humana, demasiado humana. Uma espécie de Raskolnikov, que também se tinha conseguido persuadir, precariamente, que ao homem forte tudo é permitido.

  6. Fernanda says:

    Ainda chegaremos ao patamar superior da sociedade – a abolição do Estado!

    Em força, pela abolição do Estado! A revolução segue a todo o vapor ou morre!

    Viva a Liberdade!

    Abaixo o Estado!

    Viva Eu!

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  1. […] um apanhado pelo clima venha aqui vender tal peixe não me espanta: é a sua natureza, o Mein Kampf vem já a […]

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