José Xavier Ezequiel
Alegadamente, hoje fez-se alguma justiça em Portugal. De uma penada foram oficialmente arrecadados alguns ‘cães grandes’, como diz o povo. A saber, por ordem de grandeza da pena de prisão efectiva, em 1ª instância:
— um ex-padrinho-do-ferro-velho-de-Aveiro-tipo-Camorra-Napolitana (por comparação como o queijo-Limiano-tipo-Flamengo);
— um ex-secretário de estado do bondoso engº Guterres (duas vezes), ex-ministro (outras duas), ex-banqueiro público-privado e, até ver, Grão-Cruz-da-Ordem-do-Infante, classe 2005;
— um ex-secretário de estado sempre sorridente;
— um filho anafado do ex-secretário de estado sempre sorridente;
— etc.
Permitam-me, apesar desta fabulosa novidade democrática, densificar o conceito — ALEGADAMENTE.
Até ver, só vejo xuxas. Sim, todos nós já sabíamos que os pedófilos e/ou corruptos são, por definição, do PS. Não é que a tralha guterrista e a tralha socrática não tenham, alegadamente, culpas no cartório. Contudo, seria a sua condenação pública mais credível se, entretanto, o caso BPN também produzisse penas de prisão. E nem sequer havia necessidade de serem efectivas. Bastava que suspensas até ao limbo do próximo governo xuxa, como tudo parece levar a crer que voltará a acontecer muito em breve.
Não é por nada, mas a laranjada BPN é cronologicamente menos hodierna que a arosada Face Oculta.
Dão-se alvíssaras. Morigeradamente, é claro (como diria o Mário-Henrique Leiria).
Na sua lista cor de rosa faltam os tons de laranja da Tecnoforma do “D. Sebastião” de Massamá e os tons azulados dos submarinos do “Gates” cá do burgo. Desta forma o arranjo floral fica completo.
Cor de rosa e laranja dão-se bem – por isso há uma cor que nem se sabe se é laranja se rosa – denominada RODA DE NÀPOLS – bom casamento – ensinou-me professora de pintura – é boa ?’