Houve uma altura em que pensei que este governo fosse maquiavélico ao ponto de nos querer lixar, fazendo-o com uma estratégia de aparente incompetência. Hoje tenho a certeza que nos quer lixar mas que, simultaneamente, é incompetente. Vejamos apenas três exemplos.
1. Contas públicas: o enorme aumento de impostos apenas se traduziu no agravamento das contas públicas. O governo lixou-nos com uma carga fiscal pornográfica, enquanto que, no esplendor da sua incompetência, nos deixa pior.
2. Justiça: a “maior reforma de sempre na Justiça”, como chamou a alegada ministra da justiça ao presente caos por ela criado, traduz-se na completa ausência de planeamento para a dita reforma, tendo transformado o anterior estado de quase negação de justiça, que é disso que se trata quando processos demoram anos a se resolverem, a um estado de completa negação de justiça. Incompetência, que a ministra vai procurando disfarçar com a situação do CITIUS não funcionar, quando, na realidade, é toda a reforma que está mal feita.
3. Educação: outro caso ilustrativo da enorme incompetência deste governo. Crato anunciou com pompa e circunstância que o ano lectivo tinha começado exemplarmente e eis que, ainda hoje, milhares de alunos não têm professor.
Não são precisos pedidos de desculpa sem a devida consequência. E esta é simplesmente largar o cargo para o qual não se tem capacidade. Três anos deste bando e temos o país de pantanas.
Adenda: Quando este texto foi escrito ainda a notícia seguinte não tinha saído. Agora brinca-se com a vida das pessoas? Há uma cadeira que, essa sim, merece uma dança: a cadeira de Nuno Crato!
Novas listas já chegaram e provocam “dança de professores” entre escolas
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É mesmo o CITIUS que está mal feito. Ou melhor, não foi feito para o que usam nem é possível que venha a estar porque não é assim que a engenharia funciona.
A loira burra dizer “É apenas uma falha informática” é de uma completa incompetência.
O meu argumento é que não é só o CITIUS. Faz algum sentido que um processo de pensões decorra num tribunal mas que uma execução por não pagamento dessa pensão já seja noutro tribunal? E o que dizer da ausência de planeamento no processo de mudança para o novo mapa? Não tiveram 3 anos para planearam a maior reforma de sempre?