Quantas vezes o nosso riso é uma substituição para a agressão pura e simples. Quantas vezes a ironia ou o humor sublimam a violência que nos vai na alma. Já o fiz aqui muitas vezes e sobre este mesmo tema. Não hoje.
Hoje quero outro modo. Visita que sou do canal AR, tenho visto momentos que arrastam para a lama o que devia ser dignificado a todo o custo, a casa da Democracia. Não me refiro à maior ou menor dureza dos debates. Penso, até, que há por ali almas demasiado sensíveis à crítica, como se fossem mais insuportáveis as palavras ditas que os actos que as motivam. Mas Nuno Crato, com a seu número bufo dos tempos verbais, produziu um dos momentos mais canalhas e estúpidos que jamais vi naquele lugar. Não, não me estou a esquecer das absurdas cenas da União Nacional que nos narravam os impagáveis “Factos e Documentos” da Seara Nova. Não me lembro de alguma intervenção que tanto desconsiderasse os destinatários, que em tão pouca conta tivesse a inteligência e o sentido de decência dos seus ouvintes. Um marco na história do nojo político.
Comentários Recentes