Assisti ao cortejo sinistro que passou esta manhã pelos corredores de Belém e pergunto-me, já que estão a surgir debaixo das pedras “associações” que parecem criadas para este efeito, se ainda há por aí uns restos da Legião Portuguesa que possam acudir, também, ao presidente. Ou até, talvez, uma associação de amigos da PIDE na reforma. O palácio de Belém parece, por estas horas, uma feira de horrores, uma espécie de comboio fantasma, alimentado, talvez, pelo discurso psicótico de Passos Coelho que as televisões repetem sem cessar.
À tarde serão recebidas as Centrais Sindicais. No seu lugar tomaria alguma medicação preventiva. O espaço está infectado.
As organizações representativas dos trampolineiros nascem como cogumelos. A Associação de Empresas Familiares quer fazer passar a ideia que são representantes das pequenas empresas o que não é verdade; é apenas um estratagema para ajudar com ou sem votos os interesses do grande capital explorador.
A minha casa também pertence à ‘Associação de Empresas Familiares’?! Que bem! Já me sinto quase um ‘tio’ de Cascais! Olha, mas não sabia!
«Lá vamos cantando e rindo/Levados, levados, sim…»
Associação de amigos da PIDE? Para quê?! O Palácio de Belém já está servido…