Peca por tardio, mas o que vale é a intenção.
Expor ao vento. Arejar. Segurar pelas ventas. Farejar, pressentir, suspeitar. Chegar.
Uma das pessoas que me é mais próxima, concluiu os estudos superiores em 2016. Fez-se a festa rija. Esticou-se um bocadinho no orçamento mensal e até se abriu uma garrafa de espumante da região do Dão. Afinal de contas, foram 3 meses de sofrimento: para mim, stressado no trabalho numa empresa subsidiária de uma grande multinacional e para ela, às voltas com uma cadeira que tinha em atraso há dois anos: Introdução à Contabilidade. Nos meus intervalos de tempo, lá fui, com paciência de Jó mostrando o que era um crédito, um débito, um par de rubricas, acrescenta dali e tira daqui, uma demonstração de resultados, um EBIT, um EBITDA. Passou. Concluiu. 14! Well done.
Sem delongas, demorou meia hora a fazer-se à estrada do mercado de trabalho. Sem cair no surrealismo bacoco de procurar exclusivamente emprego na área lá se fez à estrada. Mais de 30 curriculum enviados por dia. Uma experiência mal sucedida. O desespero total, quando, a uma sexta-feira me chega a casa a dizer que no dia seguinte, ia trabalhar numa daquelas pragas associativas que andam por aí a pedir para a AMI e para a Unicef.
Eu sou o homem que voa.
Antes apenas andava e às vezes corria mas agora sei voar. Aprendi ontem à noite com o bater das badaladas. Esteve sempre ali à minha frente e eu passei este tempo todo, quase 50 anos, agarrado ao chão, e é tão fácil.
Antes eu era apenas o homem que queria voar. Mas só não voava porque dizia isso da boca para fora. – “O que eu queria mesmo era voar” – dizia eu, como se o meu desejo fosse apenas uma coisa feita para impressionar os outros e não uma vontade realmente própria. Se assim não fosse, há já muito tempo que andaria pelos ares. A fazer razias aos arranha-céus, a ver os campos de arroz crescer, a ver as carecas escondidas dos homens altos.
O segredo está nas asas, ou melhor, em não querer ter asas. Isso é para o voo dos pássaros e dos aviões. Os homens não voam assim.
Mas é tão fácil. Tão perto. Tão simples. Que não se consegue perceber porque é que ainda não andamos todos pelo ar.
Fábula em forma de foto sobre um desejo de ano novo feliz
Findo 2015, bateu a bota com a perdigota? Pedia portanto Cavaco que os partidos preparassem com 9 meses de avanço o período pós-eleitoral, o mesmo que 9 meses depois iria gerar um impasse de mais de 50 dias.
Durante este ano fui alvo nas redes sociais e também no Aventar dos mais violentos ataques com o objectivo de tentarem, colocar em causa, a minha honestidade, verticalidade e dignidade pessoal e profissional, coincidentemente ou talvez não, após uma denúncia que apresentei relativamente ao vice-presidente e porta-voz do PSD, Marco António Costa.
Dizem-me que, primeiro, vasculharam toda a minha vida, da minha família e das minhas empresas.
Como não apanharam nada viraram-se para as redes sociais, a que se juntou mais tarde o Aventar. De forma cobarde, a coberto do anonimato da Internet, através de perfis falsos, área onde pensam ser especialistas, tentaram colocar em causa a minha honestidade e idoneidade pessoal e profissional com escabrosas mentiras, ameaças e insultos vergonhosos, usando os mais variados argumentos.
Mas também aqui falharam dada a onda que se criou no país ao lado da minha causa pela moralização da vida política e pública. Foram ” engolidos ” pelo país e pelos portugueses a quem estou eternamente grato pelo seu apoio. Apesar de tudo isto ainda pululam por aí vários cobardes.
Um dos argumentos apresentados por esses cobardes, por sinal o mais ” light “, era que tinha feito a denúncia por uma questão de protagonismo pessoal.
Hoje, no último dia do ano de 2015, tenho que confessar que cedi a essa tentação tendo dado uma entrevista a umas das mais importantes revistas mundiais intitulada ” Homem Especial “.
Mas como sou sempre de assumir o que faço deixo aos leitores do Aventar, em primeira mão a capa da revista do mês de Janeiro, que a partir de amanhã estará à venda nas bancas em todo o mundo.
Termino com o meu desejo que em 2016 o nosso país passe a ter mais políticos que dignifiquem vida pública e politica.
Votos, para todos os autores e leitores do Aventar, de um excelente 2016 com saúde e sucessos.
Escreve Nicolau Santos, no Expresso Diário de 28 de Dezembro:
Perguntam os meus colegas: «Sabe quem é Emídio Catum? É um desses empresários da construção, que estava na lista de créditos do BES com empresas que entretanto faliram. Curiosamente, Catum estava também na lista dos maiores devedores ao BPN, com empresas de construção e imobiliário que também faliram». E como atuava Catum? «O padrão é o mesmo: empresas pedem crédito, não o pagam, vão à falência, têm administradores judiciais, não pagam nem têm mais ativos para pagar, o prejuízo fica no banco, o banco é intervencionado, o prejuízo passa para o Estado». Simples, não é, caro leitor?
A pergunta que se segue é: e o tal de Catum está preso? Não, claro que não. E assim, de Catum em Catum, ficámos nós que pagamos impostos com uma enorme dívida para pagar que um dia destes vai levar o Governo a aumentar de novo os impostos ou a cortar salários ou a baixar prestações sociais. Mas se fosse só o Catum… Infelizmente, não. Até as empresas de Luís Filipe Vieira deixaram uma dívida de 17 milhões do BPN à Parvalorem, do Estado, e tinham ainda por pagar 600 milhões de crédito do BES. O ex-líder da bancada parlamentar do PSD, Duarte Lima, deixou perdas tanto no Novo Banco como no BPN. Arlindo Carvalho, ex-ministro cavaquista, também está acusado por ilícitos relacionados com crédito concedido pelo BPN para compra de terrenos. E um dos homens fortes do cavaquismo, Dias Loureiro é arguido desde 2009 por compras de empresas em Porto Rico e Marrocos, suspeita de crimes fiscais e burlas. Mas seis anos depois, o Ministério Público ainda não acusou Dias Loureiro, nem o processo foi arquivado.
A todos os autores, comentadores e leitores do Aventar. Deixo aqui para quem não conhece C. Duncan, uma música do álbum “Architect”, a meu ver dos melhores de 2015.
Samoa Americana (GMT-11), ao lado de Samoa, o primeiro lugar a entrar em 2016 (GMT+14).
A propósito do artigo “Porque não um bail-in?“, gostaria de deixar mais algumas perguntas e reflexões suplementares, nomeadamente, sobre o impacto que tudo isto pode vir a ter – com elevada probabilidade – no contribuinte, na imagem e confiança em Portugal, e no nosso futuro a médio e longo prazo. Eu gosto de fazer perguntas e procurar respostas. Isso é saudável, recomendo mesmo que todos o façam, pois isso pode ajudar a evitar calafrios futuros e faturas surpresa gigantescas para pagar pelo contribuinte.
A verdade é que alguns meses depois da resolução do BES – feita a 3 de Agosto de 2014 -, o Banco de Portugal vem agora assumir que não foi eficaz na capitalização do Novo Banco, isto é, fez mal as contas. Na decisão de ontem e em complemento da resolução do BES, o Banco de Portugal alterou a decisão original (diz agora que faz um complemento) e reclassificou a dívida sénior passando-a do Novo Banco para o BES (Banco Mau). Com isso resolve problemas atuais de balanço, reduzindo o passivo em 1985 milhões de euros, antecipando de forma parcial a nova Diretiva Europeia de bail-in e contrariando as decisões de 3 de Agosto de 2014. Ora, parece evidente que no caso do Banif – onde se faz um intervenção com dinheiro dos contribuintes e de investidores – e agora do Novo Banco – recorrendo somente a investidores -, o Banco de Portugal não quis que ficassem sobre a alçada da nova diretiva Europeia de bail-in (entra em vigor no dia 1 de Janeiro de 2016). Porquê?
Notícia destes dias, a propósito de aditamento ao artigo 170º do Código Penal. Por proposta da dupla PSD/CDS-PP, os chamados piropos passaram a ser criminalizados, ou seja, “ pena de prisão até 1 ano ou com pena de multa até 120 dias, se pena mais grave lhe não couber por força de outra disposição legal”.
Uma deputada do PSD, disse, a propósito, que “as mulheres e as meninas estão muito mais defendidas”. “Praticamente todas as coisas que são ditas na rua para importunar as mulheres, tudo aquilo que é ordinarice, fica assim criminalizado. “
Lembrei-me logo das desgarradas minhotas! Qualquer dia temos que as propôr a Património Mundial Imaterial da UNESCO!
Corria o ano da graça de 2013. Em Setembro, o Jornal de Negócios noticiava a entrada do BES no índice mundial de sustentabilidade do Dow Jones, integrando assim um restrito grupo de 23 instituições bancárias de topo. A classificação obtida pelo banco liderado por Ricardo Salgado, 85 pontos, suplantava a média (58 pontos) e fixava-se pouco abaixo da classificação líder mundial, com 93 pontos. Cinco meses depois, em Fevereiro de 2014, o BES apresentava prejuízos na ordem dos 518 milhões de euros. Em Julho do mesmo ano, o prejuízo encontrava-se já na casa dos 3570 milhões de euros*. Em Agosto passado, segundo o Expresso, os prejuízos do banco ascendiam já a 9 mil milhões de euros e a factura continua a aumentar. Mas isso não será novidade para o caro leitor. Até porque a factura está a sair do seu bolso. Por muito que lhe tentem vender o embuste da intervenção lucrativa ou o tentem fazer de otário. Resta saber quem são os piratas que elaboram estes índices. Valem tanto como a palavra do ex-primeiro-ministro. [Read more…]
Não é novidade, mas não é demais avivar a memória, via um oportuno trabalho de confrontação.
Eis o homem, que se auto-retratou como pertencendo à boa moeda, a activamente ludibriar os portugueses e, depois, a negar, tal Judas. Atente-se no ar crispado de quem não aceita ser confrontado. Diz que a jornalista está a mentir (não estava), quando é ele próprio que cai em mentira.
Aqui está o político das duas maiorias absolutas e das duas presidências . Sem dúvida que os portugueses lhe deram sucessivamente o poder, erro que felizmente nunca cometi – haja memória.
Cavaco, o político que sempre fez questão de se posicionar como não-político, num antítese de si mesmo, ficará na história, essa que ele procurou que lhe fosse dócil, como a referência da mesquinhez, o Presidente do seu umbigo.
Quando, depois de tantos impostos que pagamos, se morre por falta de assistência médica num hospital central de Lisboa, quando milhares de filhos de emigrantes são expulsos de aulas de língua pátria por falta de pagamento de uma propina inconstitucional, quando se calca a dignidade dos pobres dando-lhes 80 cêntimos mensais de aumento de pensão social, não é o simples anúncio de que os tempos são novos que os mudam. É preciso mais, fazer diferente, selar conúbios.
1. Tivessem Pedro Passos Coelho, Paulo Portas e Maria Luís uma réstia de dignidade política e já teriam vindo a público responder às gravíssimas acusações que lhes foram feitas por António Costa e Mário Centeno, a propósito do Banif. Com esta entrada, não se conclua que aprovo a solução encontrada. Com efeito, nenhum português esclarecido aceita a passividade do Banco de Portugal perante o arrastar da solução do Banif, que outra explicação não tem que não a servidão política à saída limpa e aos interesses eleitorais da coligação PSD/CDS. Como nenhum português esclarecido aceita uma solução que deixa sem resposta tantas perguntas, que abalroam as consciências dos que acreditaram que os tempos seriam novos. Quem já ganhou e vai ganhar com o que os contribuintes já perderam e vão perder? Quem concedeu créditos e quem os não pagou? Quem promoveu a fuga de informação que originou a corrida aos depósitos? Que interesses resultaram protegidos quando Costa e Centeno impediram que a resolução do Banif ocorresse em 2016, rejeitando, assim, a solidariedade europeia e impedindo que o BCE liderasse o processo no âmbito da união bancária e apurasse, em auditoria externa, as responsabilidades do bloco central da teia financeira? Como entender que o mesmo Governo que se escandalizou com a venda da falida TAP por 10 milhões de euros, venha agora obrigar-nos a pagar quase três mil milhões para que um banco estrangeiro fique com o Banif, limpinho de todos os prejuízos, numa solução que Passos Coelho achou inteligente e só o PSD viabilizou no parlamento? [Read more…]
Há perfis falsos e perfis falsos. Clones como eu gosto de lhes chamar. Uns são efémeros, como a saudosa Maria Luz, outros andam por aí, como se nada fosse, caso da actriz e conferencista Sasha Grey (Laura Campos por terras lusas). Mas o universo de clones laranjas já não é o que era. Longe vão os tempos das trincheiras.
Trago-vos hoje essa versão optimizada de perfil falso, a face visível do salto evolucional destas coisas. Um perfil falso que, mais do que debitar propaganda do defunto PàF, administra o maior grupo de apoio ao PSD que existe no Facebook. Dá pelo nome de Diana Sousa, usa fotos de modelos russas e da conhecida modelo “sénior” Cindy Joseph, defende a corrida aos levantamentos bancários em massa como forma de protesto contra o actual governo, articulada com uma página de Facebook com origens óbvias que dá pelo nome de “Salva o teu dinheiro da 4ª bancarrota socialista” e trabalha em articulação com outros clones e destacados soldadinhos de chumbo da polícia de choque do PS nas redes sociais. [Read more…]
Admito: quando se tratou de discutir, há já algum tempo, o que se chamou, na altura, a “criminalização do piropo”, tive reservas em relação ao modo como a questão, pela voz de pessoas com responsabilidade na iniciativa, estava a ser colocada. Reconhecendo, embora, que todo o ruído que a comunicação social fez na altura prejudicava a abordagem séria do tema. Fez e está a fazer agora. Designadamente incluindo – para dar um toque sensacionalista à situação – uma moldura sancionatória que releva de outros artigos do Código Penal que não do que está em causa. Tal tem motivado abordagens, aqui e ali, que atiram a um alvo que, em minha opinião, não existe. Na verdade, a nova redacção da lei não inclui os bizarros termos que por aqui se têm lido e glosado. O que se diz no artigo 170º do Código Penal é, simples e sensatamente, isto: [Read more…]
O Banif arrastou-se durante 3 anos sem ação. A carta de aviso da abertura formal de investigação por parte da DG-Comp (Comissão Europeia) esteve 5 meses para ser publicada. De um momento para o outro, no dia 18 de Dezembro, o Diário da União publica uma carta com data de Julho de 2015 e precipita a resolução do Banif com um avassalador custo para o contribuinte: perto de 3 mil milhões de euros. Pode ver o detalhe aqui e aqui.
O BES/BANCO BOM/BANCO MAU teve o colapso em Agosto de 2014. Nessa altura, o Banco de Portugal considerou que imputar prejuízos aos investidores detentores de dívida sénior era prejudicial ao país, pois afetaria a sua credibilidade e afastaria investidores de Portugal. Agora, cerca de 18 meses depois, muda radicalmente de ideias e, numa medida desesperada a 2 dias do final do ano, decide atirar para o Banco MAU obrigações com um valor de balanço de 1985 milhões de euros (emitidas pelo banco antes da resolução de Agosto do ano passado). Dessa forma recapitaliza o Banco Bom e condena os investidores internacionais à perda total. [Read more…]
Assisti, há pouco, na Observador TV, mais conhecida por RTP 3, à discursata de suposta despedida do Portas. Uma mistura de banalidades, fel e sabedoria de bolinhos da sorte chineses. Há quem fique impressionado com estas larachas de pastelaria. Por mim, senti-me esclarecido quando ele disse que o “CDS servia o País há bem mais de 40 anos”. É verdade. No tempo em que os Marcelos eram Caetano e os Antónios eram Salazar. Vai, pois, Paulo. E não revogues. E por favor: não te dediques ao comentário televisivo. Vive dos rendimentos – sabes bem quais – ou faz anúncios do Calcitrin ou do Cálcio+; tens tanta credibilidade como os actuais anunciantes.
Paulo Portas está há 16 anos à frente do CDS. Nesse período esteve várias vezes no Governo e em cargos de responsabilidade. Para aceder a tudo isto prometeu vezes sem conta a Reforma do Estado. E afirmou-a como prioritária. Pois, mas ao fim de 16 anos, o máximo que conseguiu foi um texto em letras gigantes e um PowerPoint com meia-dúzia de slides.
Paulo Portas é exímio na arte da lenga-lenga e na capacidade de fazer headlines, mas isso não me impressiona nada. O país está como está, e perdeu oportunidades atrás de oportunidades, muito por culpa de maus políticos como Paulo Portas que nunca souberam colocar o país à frente da sua circunstância pessoal.
Muitos elogiam-lhe a capacidade estratégica e de análise política. E fervilham em artigos, onde defendem que o anúncio da sua saída da presidência do CDS só pode querer dizer uma coisa: o “estratega” Portas acredita que o Governo de António Costa está para durar. Esquecem-se de dizer que a simples existência do Governo de António Costa, a capacidade que este revelou para juntar à sua volta a esquerda do parlamento, é uma violentíssima derrota eleitoral e política de Paulo Portas. De todos, talvez ele seja o que mais perdeu, pelo que, esta sua atitude (ainda se verá se irrevogável ou não) talvez seja somente o reconhecimento de que está num beco sem saída. O que para um mestre de estratégia e análise não é grande elogio.
O Novo Banco ainda não está muito bem capitalizado, ao que parece necessita de mais um aconchego. O Banco de Portugal, qual pai extremoso, nada nega. Os obrigacionistas sénior serão donos involuntários de parte do banco. Confirmação amanhã.
Se o PÚBLICO não é financeiramente viável, caso o investidor decida fechar a torneira, o destino não poderá ser diferente de qualquer outra empresa. Mais elefantes brancos não, afinal quem beneficiaria com um jornal vivendo à custa do contribuinte? Ser financiado pelo O.E. teria esse significado. E se o Estado financiasse o PÚBLICO, porque não todos os outros? Com base em que critérios? Era o que mais faltava um jornal não ter que se preocupar em angariar leitores ou vender publicidade, porque como pelos vistos pretende a jornalista, encontraria à disposição e prontos para pagar os cada vez mais esbulhados, suspeitos do costume…
NOS, MEO, Altice, Porto, Benfica, Sporting, cedência de direitos televisivos, publicidades nas camisolas, namings, 475,5, 500 milhões…
Gosto muito de futebol. Gosto muito de desporto. Passo horas em frente à tela a ver tudo o que posso e há 8 anos que escrevo diariamente num diário muito pessoal aquilo que vou lendo, vendo, sentindo sobre desporto. Vejo muito futebol (seguramente uns 10 jogos por semana), muito ciclismo, basquetebol, desportos de inverno, rugby e andebol. Tenho seguramente mais de 50 mil páginas nesses diários, lavra que, quiçá, dentro de algumas décadas poderei compilar em vários livros, ajudando as gerações vindouras a melhor compreenderem o fenómeno desportivo deste início de século.
Percebo e percebo muito bem que os níveis de consumo dos clubes desportivos atingiu um limiar de ruptura desde há 15 anos para cá. [Read more…]
Os ideólogos do velho regime estão a tentar, uma vez mais, vender-nos o fim do acordo à esquerda, procurando criar artificialmente a instabilidade que o sistema financeiro não lhes fez ainda o favor de criar. Os blogues afectos ao “Tea Party” nacional, onde se inclui o blogue travestido de jornal que congrega parte significativa da fina flor que inspirou o ministério de propaganda pafista, querem que acreditemos que a votação do orçamento rectificativo representa o início do fim do acordo entre PS, BE, PCP e PEV. Como se o PSD não estivesse forçado a no mínimo abster-se da solução apresentada para a borrada que fez no governo, e com a qual o seu líder afirmou concordar. Como se os partidos à esquerda do PS fossem telecomandados como os deputados do PSD e do CDS-PP o foram durante a vigência do anterior governo. Como se esses mesmos partidos de esquerda, cientes do sentido de voto do PSD, não soubessem de antemão que poderiam juntar o melhor de dois mundos e agradar ao seu eleitorado ao passo que nada de grave se passava com o seu parceiro governamental. [Read more…]
A partir de hoje, as pessoas deixam de poder expressar nas ruas os seus sentimentos em relação ao político português mais honesto desde os tempos do Botas de Santa Comba.
“Bocetuda, te chupava toda…” nunca mais!
Foi enquanto lia uma compilação da correspondência entre dois autores que comecei a pensar: “Ah, bons tempos!”, o que nunca augura nada de bom, é certo. Mas reparem: a carta chegava, quase sempre a horas previsíveis, e podia ser aberta de imediato ou guardada para momento mais oportuno. Guardá-la podia ser, aliás, mais saboroso do […]
Fotografia: Sérgio Valente
O 1.º de Maio de 1974 na Avenida dos Aliados, na cidade do Porto.
Debate político entre Aventadores. A Esquerda, a Direita, e não só.
A actualidade em análise com as opiniões dos participantes no Aventar sobre a actualidade.
Debate sobre política, sociedade, actualidade, entre outros.
As músicas escolhidas pelos participantes do Aventar com espaço para entrevistas e apresentação de novas bandas, tendências e sonoridades.
Aqui reinam as palavras. Em prosa ou poesia. A obra e os autores.
o centrão, lá como cá, é um viveiro de corruptos.
Uma sueca que grita muito voltou a vencer a Eurovisão. O Benfica vai ser campeão. Andam à procura de uma inglesa desaparecida há dezasseis anos. O Cavaco anda a balbuciar coisas de velho.
De repente, estamos em 2010.
Certificando-o judeu sefardita. Portugal tem produção em série, mas até nos EUA se safam em grande.
Mal Santana Lopes desse o flanco («a que eu tinha aventado…»), aproveitava-se e atacava-se: «Por falar em aventado, então, “agora facto é igual a fato (de roupa)”»?
Já tivemos populares a bater em gajos do PS. Já tivemos gajos do PS a ameaçar bater em populares. Parece-me óbvio que, mais tarde ou mais cedo, iríamos ver gajos do PS a bater em gajos do PS.
Parece que o ditado sempre fez sentido: quem se mete com o PS, (dá ou) leva!
«Ora bem, então, “agora facto é igual a fato (de roupa)”»?
Além do previsível sujeito nulo (“eu estou orgulhosa”), o verbo nulo (“eu estou orgulhosa”): “Orgulhosa de ser oradora portuguesa convidada”.
positiva e a *”inação do acionista” é extremamente negativa.
Com tanta crítica do PS ao PS, qualquer dia descobrimos que, afinal, o PS não teve culpa nenhuma nisto da TAP.
Hoje no JN, João Gonçalves, num artigo sobre a TAP (entre outros assuntos) cita Vasco Pulido Valente (em 2001).
“O PS no Estado é isto: uma trupe aventureira e esfomeada, que a seu belo prazer dispõe do património colectivo. No fundo, não se acha representante do povo, mas pura e simplesmente dona do País”.
E assim estamos.
foi o que fez Ricardo Paes Mamede. No Público.
Rotura? Rotura incide sobre o físico (ligamentos, canos). Ruptura, sim, diz respeito à interrupção da continuidade de uma situação. Ruptura, portanto. *Rutura não existe.
O analfabetismo tem 292 809 pessoas, enquanto no Porto há menos de 232 000 (dados de 2021).
O assunto é tão grave que até partilho um artigo do Expresso.
Amanhã, em Liège, no Reflektor, Thurston Moore Group (com Steve Shelley). Depois de amanhã, em Courtrai (Kortrijk, no original), Lee Ranaldo, com os fabulosos The Wild Classical Ensemble. Só nos falta a Kim Gordon.
Pais pedem aulas extra para compensar efeitos das greves de professores
o Novo Banco começou a dar lucro. 561 milhões em 2022. E tu, acreditas em bruxas?
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