
Le peuple des pauvres (JF Favre 2008)
Não creio estar a exagerar se disser que os últimos quatro anos foram os piores de todos desde que sou portuguesa. Piores para o povo, que vi fenecer, entristecer, partir, ser privado dos seus direitos humanos e constitucionais, destruído nos seus mais legítimos anseios, numa devastação que não julgava possível à acção política em democracia no decurso de uma só legislatura.
Incontáveis vezes escrevi sobre nós, meu povo, atingido por essa política com inaudita agressividade e revoltante indiferença por parte dos governantes. Escrevi sobre suicídios, sobre a desolação que passou a ser o cenário de todas as ruas de Portugal, sobre a indignação que bem vi a crescer-te no peito, sobre os mais pobres dos pobres, sobre o desinvestimento público na Educação, sobre a desigualdade na Europa, sobre as divisões da esquerda, também. Escrevi uma peça de teatro chamada Partir. Escrevi muito sobre a Europa. Traduzi o livro de Thomas Piketty sobre a desigualdade O capital no século XXI. E, tal como comecei a dizer em 2013, António Costa is the man. Acompanhado por outros homens e mulheres que finalmente compreenderam a que ponto era urgente começar a reverter a destruição. [Read more…]
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