Fazer o óbvio, em política, nem sempre tem sido a distância mais curta entre as práticas dos governantes e a vida de cada um de nós.
E, para a direita, tal opção geométrica resultou numa equação simples – juntar duas linhas bem distintas: o PSD e o PP – e criar uma nova realidade matemática em que duas linhas se transformaram numa só. No entanto, tal fusão, deixou de fora a social democracia e por isso, há tanto PSD com os pés de fora.
À esquerda, em 41 anos, tivemos duas linhas paralelas que, apesar dos pontos de contacto, teimaram em fazer um caminho paralelo, sem nunca se encontrarem.
Para surpresa da direita conservadora, descobriu-se, há uns dias, que é possível juntar duas ou mais linhas, sem que, obrigatoriamente, se tornem imediatamente coincidentes.
E esta é a chave da questão – manter três linhas em movimento, com contactos nos pontos em que o povo fique a ganhar. Ora, tal objectivo está mais do que alcançado, até porque foi essa a opção eleitoral dos portugueses.
PS, BE e PCP já se entenderam e agora só falta o mais complicado: fazer o óbvio.
Nota: para os Proenças e Assis, a quem a direita dá palco fica uma questão geométrica: a quadratura do círculo. Liguem ao Pacheco Pereira, que ele explica.
Comentários Recentes