Da fidelidade à política

«O PS, enquanto partido, só pode sobreviver no futuro, fazendo o que está a fazer, apesar dos ataques de Assis e acólitos seguristas.» [Maria João Cantinho]

ASSIStência

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[Estátua de Sal]

Ciudadanos e Podemos ” à porta ” do governo espanhol

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A sondagem do ” El Pais “, publicada hoje, relativa às eleições gerais espanholas marcadas para 20 de Dezembro é muito interessante comparada com os resultados das últimas eleições legislativas em Espanha.

Esta sondagem dá uma perda de mais de 80 deputados para o PP do actual presidente do governo, Mariano Rajoy. O PSOE, de Pedro Sánchez, também aparece em perda, mas mais moderada, com menos 10 a 15 deputados.

Mas a grande surpresa são os dois novos partidos, os Ciudadanos, de Albert Rivera, que poderá chegar quase aos 90 deputados e o Podemos, de Pablo Iglesias, que poderá ter mais de 45 deputados. A mesma sondagem diz-nos que o conjunto dos outros partidos de esquerda poderão alcançar 40 deputados.

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«Não é admitida a organização autónoma de tendências

(…) no seio do Partido Socialista.»
Artigo 2º (Principios de organização) dos Estatutos do PS
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O capitalismo é o pior dos sistemas, à excepção de todos os outros…

Nem vou aprofundar a discussão sobre apoios governamentais ao sistema financeiro, desde 2008 que publicamente discordo de tal medida, por mim qualquer Banco ou Seguradora se economicamente inviável deve falir como a mercearia da esquina. Aos que defendem a nacionalização do sistema financeiro, respondo que antes guardar o dinheiro no colchão a ser atendido por meia dúzia de antipáticos e mal encarados que acham que me prestam um favor, quando sou eu e todos os clientes que lhes pagam o salário. Vade retro, ainda me lembro do tempo em que os Bancos encerravam à hora do almoço e chegavam a fazer greve causando prejuízos incalculáveis aos clientes, impossibilitados de dispor do seu próprio dinheiro. A morte de um familiar próximo obrigou alguém ainda mais próximo a pedir dinheiro emprestado ao vizinho para conseguir assistir ao funeral a 200 kms de distância, tudo em nome dos direitos e conquistas de Abril. Óbvio que esse inenarrável episódio aconteceu antes do advento do Multibanco e privatização da Banca. [Read more…]

Da democracia representativa

António Alves da Silva

Ontem [sexta-feira], após a posse do XX Governo Constitucional, com alguma surpresa fui apanhado pelas declarações de um dos nossos políticos. Por acaso, homem habituado à ribalta e não pouco experiente nestas lides. Declarações tão surpreendentes como reveladoras de que, 41 anos após a instauração da democracia neste país, por sinal apenas um menos do que a idade do dito , há gente responsável que ainda não percebeu o real alcance daquilo que é a representação democrática, do povo. Dizia ele com um ar afectado e circunspecto, daqueles ares a que se dão estes “novos” políticos, que agora se esperava que os deputados soubessem “respeitar a vontade do povo”! Como se a vontade do povo fosse traduzível, como um todo, por um único e simples escalonamento percentual matemático. Como se todo um povo dissesse referendariamente sim, ou não, através do seu voto eleitoral passado, a cada um dos projectos, a cada um dos dilemas que lhe são subsequentemente colocados. Como se pudéssemos interpretar, reinterpretar e tre-interpretar a nosso bel-prazer e para lhes dar resposta e a cada passo, o “ranking” partidário saído das urnas. Como se esses números nos dessem o dom de saber, por tempo indefinido e a cada passo, qual é a “vontade do povo”!

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