Duarte Marques assina hoje um texto no Expresso sobre o fim dos exames no 4º ano de escolaridade, decidido pela actual maioria parlamentar através do normal exercício das suas funções, acusando-a de radicalismo e “revanchismo caviar”. Sobre o tema, relativamente ao qual não me sinto devidamente informado, não me alongarei. Não posso, contudo, deixar de referir o exemplo finlandês, considerado um dos melhores sistemas de educação do mundo, onde exames só mesmo no final do secundário e, no entanto, os resultados falam por si.
Gostaria, contudo, de deixar algumas questões sobre a aparente preocupação do deputado com o impacto que a revogação destes exames terá na formação das novas gerações e que, segundo Duarte Marques, demonstra que os jovens estão a ser usados como “cobaias do radicalismo de esquerda, do novo revanchismo caviar”. Onde estava ele quando Nuno Crato semeava a discórdia entre os diferentes agentes do sector e gerava atrasos sucessivos no arranque dos anos lectivos, fruto de experimentalismos variados, admitidos pelo próprio? Onde estava a indignação deste deputado moralista quando a Educação suportou mais de metade (54%) dos cortes na Administração Central inscritos no OE15, superiores a 700 milhões de euros, ao passo que se aumentava o investimento em áreas como a Defesa ou se transferiam verbas adicionais para o ensino privado, onde tantos amigos e parentes do partido de Duarte Marques fazem tão bom dinheiro? Será que o deputado pensou nos impactos que estas e outras decisões tiveram nas “cobaias” do radicalismo e do experimentalismo da direita, protagonizado pela coligação por si apoiada nos 4 últimos anos? Onde estava Duarte Marques quando PSD e companhia transformaram a Educação no parente pobre do Estado?
Era isto.
O que afasta a maior parte dos cidadãos das urnas, é precisamente este tipo de comportamento dos políticos. Atacam as políticas uns dos outros sem seriedade, apenas para defender a sua dama. Felizmente, não são todos que agem assim, mas como habitualmente, arriscam-se a que a parte seja tomada pelo todo, e quem perde é a democracia!
Esta gentalha da extrema direita sabe do que fala quando aplica termos como “revanchismo” e “radicalismo”.
Portanto olham-se ao espelho e “obram” pela boca.
Olhem… Tenhamos paciência.
Ó João Mendes seja tolerante, haja boa vontade! Será que não se poderia abrir uma exceção legal para deixar Duarte Marques fazer o exame?
A fazer fé nisto, provavelmente reprovaria…
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Eu entendo este tal de Duarte Marques. Escreve no interesse pessoal. É do PSD tem que defender o partido, pois só assim acautela os seus interesses. Estes políticos são parciais, não são isentos, mas hipócritas. Tão simples quanto isto ….