Pedro Santana Lopes não acredita em Pedro Santana Lopes

Fotografia via ECO

Depois do que passei, em 2004, 2005, depois do que aconteceu, com mais culpa minha ou não, acho que se concorresse a primeiro-ministro não tinha possibilidades de ganhar as eleições. Não tenho dúvida nenhuma sobre isso, nem que o vento mudasse 10 vezes

Pedro Santana Lopes, CMTV, 2013

Comments

  1. Ohnidlan Iur says:

    À medida que o tempo passa e a legislatura vai caminhando para o seu termo ficamos com a nítida sensação de que o Poder Económico tão próximo do PSD, se conforma com a ideia de partilhar com o PS os lugares de topo nas empresas cotadas em bolsa, a maioria delas com um carater monopolista, diga-se, capazes de imporem ao Estado as suas próprias regras, que não as de um Estado de Direito. Foi assim com a BRISA, a EDP e a GALP. Outras se seguirão sem que o atual governo consiga impor-lhes uma agenda corretiva como o faz ao comum dos cidadãos que não cumpram, pequenas e médias empresas incluídas. com o estabelecido pela autoridade tributária, por exemplo.
    Tudo isto porque os DDT (donos disto tudo) já perceberam que o PSD, com estes candidatos à sua liderança, em especial Pedro Santana Lopes, tem remotas hipóteses de uma vitória nas eleições legislativas de 2019, vá o PSD sozinho, ou coligado com o CDS. E desenganem-se aqueles que pensam que se o PS ganhar com uma maioria relativa, o PSD de Pedro, o Santana Lopes, herdeiro de Pedro, o Passos Coelho, não lhe dará a mão. Só se o CDS tiver um score eleitoral que dispense o PSD de se colocar de cóqueras. Doutra forma, e ao contrário daquilo que afirmam, correrão feitos sonsos para os Socialistas, tal qual “cavalheiros impolutos e virgens púdicas”, “imbuídos de boa fé”, com a bandeira na lapela, instruídos de forma conveniente pelas diversas confederações patronais, na expectativa de que o PS não volte à Geringonça. O que significa tão só, que o PS não caia de novo nos braços da Esquerda à esquerda do PS. Geringonça nunca mais. Será este o mote dessa direita dos negócios ancorada no PSD e no CDS.
    A boyada enraivecida por ter de engolir mais um sapo, nem abstenção violenta terá direito a fazer, tomará “alka seltzer”, e fingirão que águas passadas não movem moinhos.
    O que eu aprecio na direita é o seu tacticismo. Agem como as raposas. O que me dói na esquerda é o seu sectarismo. Se as coisas se inverterem garanto-vos que eles tão cedo não põem o cú tão cedo, no poleiro.


  2. Lá diz o povo: pela boca morre o peixe…