Com um título criativo, o jornal i sumariza a situação da ala passista perante a nova liderança do PSD. Se, por um lado, dois vice-presidentes que apoiaram Santana Lopes colocaram o lugar à disposição, Hugo Soares, também apoiante de Santana Lopes, contactado pela Antena 1 hoje de manhã, recusou prestar declarações sobre o assunto. Ao mesmo tempo, Paula Teixeira da Cruz veio afirmar que este tem todas as condições para continuar por ter sido eleito líder parlamentar por larga maioria dos deputados do PSD. Deve haver muito suor frio ao longo destes dias.
Pedro Santana Lopes não acredita em Pedro Santana Lopes
Fotografia via ECO
Depois do que passei, em 2004, 2005, depois do que aconteceu, com mais culpa minha ou não, acho que se concorresse a primeiro-ministro não tinha possibilidades de ganhar as eleições. Não tenho dúvida nenhuma sobre isso, nem que o vento mudasse 10 vezes
Alerta laranja
O debate entre os candidatos à liderança do PSD foi tão rasca que deixou uma boa parte do país político em estado de alerta laranja.
Laranjas sem sumo
Não vi o debate, mas tenciono fazê-lo durante o fim-de-semana. Em todo o caso, e apesar do momento delicado no que à credibilidade da imprensa portuguesa diz respeito, não tenho grandes dúvidas de que o excerto do DN que abre estas linhas corresponde inteiramente à verdade. Como não tenho dúvidas que o preferido da imprensa ao serviço da direita é Pedro Santana Lopes, o escolhido da casta passista, que está disposta a deixar cair o querido líder, mas longe de estar preparada para abandonar o poder. António Costa agradece, Assunção Cristas também, mas fazia falta um tipo credível a liderar a oposição, ou qualquer dia ainda acordamos com os populistas do CDS aos comandos de uma frota de Ubers. E a humanidade não precisa de mais trumps.
É oficial: Rui Rio quer perder as directas do PSD
Fotografia: António Pedro Santos/Lusa@DN
Como se não chegasse ter o aparelho passista congregado em torno de Santana Lopes contra si, Rui Rio teve esta tarde um assomo de ética e decência e criticou o secretismo em que decorreu a negociata partidária sobre as alterações ao financiamento partidário, assumindo-se frontalmente contra a isenção de IVA para todas as actividades dos partidos políticos, aprovada por uma improvável coligação de partidos à qual apenas CDS-PP e PAN escaparam. Acontece que a corte do partido que quer liderar está em sintonia com todo este processo, pelo que a heresia do candidato não passará sem que a devida punição por parte dos passistas convertidos em santanistas se faça sentir. É pena, apesar de tudo continuo a achar que o país ficaria melhor servido com Rio do que com Santana na liderança da oposição.
Rui Rio: para que não restem dúvidas sobre o que aí vem
Fotografia: Luís Barra@Expresso
Nas jornadas parlamentares, na segunda-feira, Rui Rio e Santana Lopes falaram aos deputados à porta fechada. No final da intervenção do antigo autarca do Porto, alguns deputados relataram que Rio disse que teria “feito igual ou pior” no lugar de Maria Luís Albuquerque para manter as contas públicas em ordem.
Questionado pela Lusa, o candidato à liderança do PSD esclareceu o contexto da afirmação, que partiu de uma pergunta do deputado Paulo Rios – que apoia Rui Rio -, que o questionou se iria haver uma rutura e como é que um grupo parlamentar alinhado numa determinada política – desenhada por Passos Coelho – poderia defender outra completamente contrária.
“Na resposta, expliquei que não há mudança de rumo, estamos no mesmo partido”, disse, salientando que desde sempre, até enquanto deputado na Assembleia da República, defendeu o rigor das contas públicas.
Tendo Maria Luís Albuquerque à sua frente na sala das jornadas, Rui Rio dirigiu-se depois à deputada e vice-presidente, dizendo que, apesar de terem tido muitas divergências no passado, “nunca contestou o rumo seguido”.
“Comigo se estivesse nesse lugar o rumo seria inalterável. Não sei se disse ‘pior’, eventualmente mais inflexível no rigor”, afirmou, acrescentando que sempre foi o que defendeu toda a sua vida.
[via Expresso]
Internas PSD: uma ode à não-renovação
Fotografia: Lucília Monteiro@Expresso
Se há coisa que não podemos imputar a Passos Coelho, apesar da valente treta que é afirmar que o passismo era à prova de barões, é que tenha ido a jogo com os dinossauros do costume. Não falo dos autárquicos, que esses são eternos e facilmente renováveis no concelho vizinho, mas das equipas governamentais. O passismo trouxe gente nova, mais à direita, nas tintas para a social-democracia e com uma queda para liberalismos extremistas. O resultado, esse, foi o que se viu.
Porém, com o passismo nos cuidados paliativos, o que se segue assemelha-se a um combate geriátrico entre velhas raposas. No canto esquerdo do ringue, com 61 anos, dois mandatos à frente da CM da Figueira da Foz, meio mandato na autarquia de Lisboa, 10 meses na presidência do Sporting, 8 como primeiro-ministro, várias tentativas falhadas de chegar à liderança do PSD e uma presença no Bilderberg, juntamente com o Sócrates a quem gentilmente cedeu o lugar, temos Pedro Santana Lopes, icone maior da secção política da imprensa cor-de-rosa portuguesa. [Read more…]
Pedro Santana Lopes e a arte de ser aplaudido por uma plateia de indivíduos que acaba de fazer de parvos
Fotografias: Luis Barra@Expresso
Santana Lopes oficializou-se este fim-de-semana como o candidato da continuidade do regime vigente no PSD. Com uma plateia repleta de passistas, leais discípulos de Marco António Costa, barões autárquicos e uma senhora histérica que poderá ter acidentalmente consumido o LSD do neto antes de sair de casa, Pedro Santana Lopes fez o que se esperava de um recém-convertido ao nacional-ressabiadismo: atacou Rui Rio, atacou António Costa, atacou o acordo de incidência parlamentar entre os partidos de esquerda e fez a necessária vénia ao radicalismo além-Troika, referindo-se ao período mais negro do seu partido como “salvação nacional”.
Passando o expectável à frente, que Santana Lopes já foi derrotado internamente vezes demais para se poder dar ao luxo de dispensar apoios, mesmo os mais fanáticos, a apresentação do candidato em Santarém trouxe consigo um detalhe revelador, que nos diz muito sobre o alinhamento com as práticas do regime passista, sobre até onde Santana está disposto a ir e sobre a facilidade com que se manipulam militantes por aquelas bandas. Isto para não falar nos sapos que a horda passista, na fila da frente, está disposta a engolir. [Read more…]
Estarão os passistas a orquestrar uma cabala contra Pedro Santana Lopes?
Fotografia: Pedro Correia/Global Imagens@JN
Primeiro foi Miguel Relvas, que em entrevista à SIC Notícias declarou o seu apoio à candidatura do provedor cessante da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, cargo a que chegou por indicação do governo Passos/Portas. De seguida foi a vez de André Ventura, a coqueluche dos dias do fim do passismo, que apesar de se ter mostrado disponível para a corrida, dias antes, vem agora apoiar Pedro Santana Lopes na disputa contra Rui Rio. Quem virá a seguir? Miguel Macedo? Maria Luís Albuquerque? Paula Teixeira da Cruz? Marco António Costa? Hugo Soares? [Read more…]
As primárias no PS do Tó-Zé:
Li no Público que as primárias (autárquicas) no PS estão uma valente confusão.
Se a memória me não falha, quem apoiou e aprovou a ideia de primárias para a escolha dos candidatos autárquicos foi António José Seguro. Uma medida arriscada e, até certo ponto, inovadora. Os militantes de um partido não podem servir apenas para pagar quotas, colocar “likes” no facebook e encher restaurantes “carne assada”. As directas para eleger o líder e, agora, os candidatos nas autárquicas de 2013 são opções que permitem dar um pouco mais de sentido ao facto de se ser militante. Mesmo que tal medida possa ser problemática por via dos chamados sindicatos de voto. Ou seja, a decisão tomada por António José Seguro tinha sido corajosa. Tinha, reparem bem, tinha.
O problema é que o António José Seguro, por ter medo da própria sombra, transformou-se no “Tó-Zé” com uma rapidez impressionante. O homem e a sua equipa vive em permanente medo: medo dos apoiantes de Sócrates, medo dos apoiantes de Costa, medo de tudo o que mexe. Transformou-se num político medroso. E assim se percebe que as ditas directas para a escolha de candidatos rapidamente se tornaram numa novela mexicana.
Em Matosinhos reina a confusão. Em Monção, um dos militantes que queria ser candidato nas directas não foi autorizado. Em Santo Tirso, está tudo em polvorosa. Segundo o Público (página 8, de 12/12/12, Margarida Gomes), a actual Vice-presidente da Câmara Municipal é candidata nas directas com o apoio da concelhia e a oposição da Distrital. O ex-Presidente da Câmara é candidato apoiado pela Distrital mas, como não conseguiu preencher os mínimos para ir a directas, a Distrital resolveu a coisa administrativamente e, via secretaria, vai disputar as eleições directas com Ana Maria Ferreira – por acaso, Ana Maria Ferreira é apoiada pelo actual Presidente da Câmara que, por sua vez, não apoiou José Luís Carneiro que, por sua vez, apoia o Tó-Zé e ambos foram apoiados por Joaquim Couto que, ao contrário do que aconteceu em Monção, lá conseguiu na secretaria ser candidato. Confusos? Também eu. Já agora, a talhe de foice, o mesmo Joaquim Couto que é o Coordenador Autárquico Distrital e que está metido numa grande confusão em Barcelos (outra câmara PS), por via de uns ajustes directos da CMBarcelos à sua empresa (“Empresas ligadas ao PS lucram perto de 300 mil euros“, pode-se ler no Barcelos Popular). [Read more…]
Gostei da Vitória, gostei!
Só fica espantado com a dimensão da vitória de Passos Coelho quem não conhece a vida para lá das suas verdades feitas, absolutas e preconcebidas. Há uma semana entreguei-lhe um estudo que lhe garantia a vitória com uma vitória que vivia no intervalo entre os 58 e os 62%. Ficou nos 61. E nunca duvidei que o resultado não poderia ser outro. Percebia-se essa necessidade de mudança depois da última frustrada e frustrante edição do menu ‘mais do mesmo’. E quem vivesse com maior distanciação estes conflitos politico-partidários era com surpresa que testemunhava a falta de reacção do PSD às rupturas que, melhor ou pior resolvidas, estavam a acontecer nos outros partidos. Com excepção do PCP, mas que explica a crescente, ou pelo menos a grande popularidade do Bloco de Esquerda. O primeiro partido a viver esta ruptura geracional foi o CDS e bem se sabe como foi aguda, dolorosa mesmo, chegando a colocar-se a hipótese do partido desaparecer quando chegou aos quatro deputados e os históricos abandonaram a dianteira da linha política. Goste-se ou não do estilo, Paulo Portas conseguiu a ressurreição do novo CDS/PP, graças à sua intuição e graças aos disparates dos PSD. Aproveitou. Fez bem.
No PS a ruptura e a adaptação aos novos tempos teve o seu primeiro momento com Guterres, projectando Sampaio para a presidência da República e não parou. A maioria absoluta de Sócrates tem esta origem, mais do que por disparates de Santana Lopes. O PS conseguiu apreender mais rapidamente a mutação geracional, as dinâmicas sociais, as expectativas dos milhões de novos eleitores que já não se reviam nos discursos, nas posturas, nos formalismos racionalistas da política tradicional. E a animosidade interna contra Passos Coelho, que se manifestava com diversas motivações, no fundo não passava disto: a resistência da velha política à compreensão do novo mundo que desabrocha todos os dias. Que não suporta discussões técnicas sobre a natureza dos vínculos ao poder, que se está nas tintas para a retórica mais ou menos bem construída, que não quer saber da televisão, que é indiferente ao currículo de ‘estadista’, à pose, á racionalidade perfeita da teoria política.
Sei do que falo. Não só pela experiência como professor como por ser pai de dois rapazes com 35 e 36 anos. Os dois engenheiros e que trabalham fora de Portugal. Porque admiram Passos Coelho? Nem sabem, pois mal o conhecem e mal conhecem o seu pensamento. Como não conhecem de outros políticos. Apenas por isto: é o rosto. O sorriso. O afecto. Passos Coelho toca-nos pela humanidade. É o regresso ao mundo dos sentimentos que a ‘nouvelle politique’ ou a ’realpolitik’ desprezaram. É o regresso à emoção, à articulação da racionalidade com a afectividade. Nunca como hoje se cultuou o prazer de um bom vinho, de um bom petisco, de uma boa conversa, como se as velhas tertúlias queirosianas regressassem com outra dimensão espiritual. Não é apenas o país que precisa desta articulação entre a política racional e a entrega afectiva. Mas também o país. E é este instinto primordial contra a ameaça, pela sobrevivência cultural e, até, civilizacional que inflecte vontades e gera novas expectativas existenciais. Passos Coelho está neste grupo. O PSD pode tornar a ter esperança e a ser garante da esperança do país.
PSD – Directas #8: Estamos esclarecidos
Se as fontes da jornalista Paula Sá do DN são boas:
Paulo Rangel conta com outro nome de peso no grupo parlamentar, o de Pacheco Pereira, que se empenhou no sucesso da sua candidatura. O deputado social- -democrata foi um dos que apelou à desistência de Aguiar-Branco a favor do eurodeputado. E tem a experiência necessária no lugar, pois foi líder parlamentar no fim do cavaquismo.
Entretanto, fazendo fé nas mesmas:
Manuela Ferreira Leite, essa, já anunciou que se manterá de pedra e cal no Parlamento seja qual for o líder do partido. Mas como foi a primeira a tentar convencer Paulo Rangel a correr para a liderança,é normal que seja mais cooperante nas tarefas parlamentares caso seja o rosto deste candidato o próximo a fazer parte da galeria de líderes na São Caetano à Lapa
Humm, será que AJJ gostou?
Adenda: E esta também é espantosa, em cinco semanas tudo muda. Pois…
PSD – Directas # 7: É só fumaça…
O Nuno Gouveia está a tentar fazer uma coisa que na minha terra se chama: virar o bico ao prego. Grande malandro!
O que a sondagem do DE nos informa é coisa diversa: Os portugueses, de forma bem clara, entendem que Pedro Passos Coelho é o melhor candidato do PSD para ser Primeiro-ministro. Mais, até o eleitorado socialista reconhece isso de forma clara, um pouco mais clara que o eleitorado do PSD, o que se percebe. Ninguém melhor que os votantes PS nas últimas para perceberem que é tempo de mudar. Eles sabem bem o quanto já estão arrependidos e nem colocam dúvidas: próximooo! Já o eleitorado PSD, mesmo preferindo claramente Passos Coelho, ainda lhe custa a acreditar que o eleitorado socialista tenha aprendido a lição. Mas aprendeu.
Ora, o Nuno Gouveia percebeu perfeitamente. Está apenas a tentar transformar a realidade num derradeiro esforço em prol do seu candidato. Só lhe fica bem. O pior é quando a malta lê, com olhos de ler, a notícia/sondagem. Pois é. Afinal…
Adenda: Segundo a sondagem, a maioria dos portugueses preferem Passos Coelho como candidato do PSD a Primeiro-ministro
A Vingança Serve-se Fria
Talvez por não viver tão internamente, e por isso tão intensamente, a campanha do PSD à liderança, ao contrário da voz corrente, sempre tive a impressão de que conforme os dias passavam estava a acontecer um desvio do psicodrama. Se numa fase inicial a ideia que dominava era a de que, nem que Jesus voltasse outra vez à Terra, as hostes mais fermentadas e anquilosadas, diria mesmo esclerosadas, do PSD clamavam por um candidato contra Pedro Passos Coelho. Qualquer um! Viesse de onde viesse, de vagas de fundos ou de vagas de superfície, era preciso impedir uma aragem fresca, uma brisa que fosse, que perturbasse o sono rancoroso das lapas laranjas mais cheias de musgo.
À falta de melhor, movidos pela impaciência, inventou-se Paulo Rangel. E o pobre do rapaz que já tinha jurado mil meses que jamais sairia de eurodeputado, que jamais seria candidato, ou até, numa expressão engraçada ‘candidato a candidato’, de repente, era o principal candidato!
Confesso que me surpreendeu. Aguiar Branco estava a emergir, a revelar-se um líder de bancada de grande tacto, assertivo, com uma postura que não resvalava para a gritaria, nem para o insulto, nem para a picardia, a ser o rosto humano da actual direcção do Partido. Percebe-se que é um homem bem formado, tranquilo, que retira prazer do serviço público.
Se os velhos caudilhos queriam uma renovação na continuidade, Passos Coelho teria sofrido muito mais para se colocar no lugar onde agora se encontra, claramente distanciado dos restantes concorrentes. Aguiar Branco tem essa virtude. Sabe estabelecer pontes, compromissos, é confiável.
Directas PSD #6: MUDAR
As coisas são o que são. Este debate na RTP entre os candidatos à liderança do PSD serviu para esclarecer muita coisa.
Foi público e notório que Aguiar Branco e Paulo Rangel estão em ruptura, uma palavra grada a Rangel. Uma ruptura que deriva de uma traição e quando as coisas chegam a este ponto, nada mais há para dizer e nada se consegue esconder. Hoje ficou claro que Rangel traiu Aguiar Branco e que este, por sua vez, só não retira todas as conclusões, ou seja, desmascara toda uma direcção nacional cúmplice por óbvios motivos de educação e polimento. Goste-se ou não, Aguiar Branco é feito de outra massa.
O debate serviu, igualmente, para se perceber que Rangel, pela mão de Morais Sarmento e pessimamente aconselhado (mais valia ter mantido os assessores iniciais pois os posteriores mataram-lhe a eleição) nesta historieta das assinaturas deu um tremendo e definitivo tiro no pé. Conseguiu colocar Aguiar Branco no papel de vítima e fez-nos recordar todos os Antónios Preto que se colaram à sua candidatura num cimento exageradamente arenoso. Posso estar enganado mas hoje Paulo Rangel ofereceu uma parte substancial do seu eleitorado a Aguiar Branco.
Esta discussão na RTP deixou claro, se dúvidas houvesse, que Pedro Passos Coelho é o candidato da mudança. Uma transformação profunda e não apenas geracional no PSD e a afirmação de uma verdadeira alternativa ao actual Partido Socialista. Neste momento cinzento (não quero escrever negro para não ser acusado de exagero) da nossa sociedade, com Portugal mergulhado numa crise sem precedentes na minha geração, era fundamental ter no PSD uma verdadeira alternativa e é isso mesmo que Pedro Passos Coelho nos transmite: esperança.
A esperança numa mudança.
Faltam 415 dias para o Fim do Mundo
E o nosso Primeiro continua em campanha eleitoral (será que ele é candidato nas directas de sexta do PSD?). Por falar em directas, depois de Alberto João, nada como contar com o apoio de Ribau Esteves para ajudar à festa. Entretanto, Aguiar Branco manda um recado forte: não desiste!
O Twitter festejou ontem quatro anos a atormentar-nos com 140 caracteres e mais nada. Já Messi está cada vez melhor…que Ronaldo e quase tão bom como Maradona! As grandes dores são mudas…
Alguém me consegue explicar este surto de quedas de avionetas? E pé ante pé, lá vai Obama levando a água ao moinho.
Borboleta Esvoaçante
Espero que Passos Coelho ganhe as eleições. Não sou militante do PSD. Mas amo o meu país. E gosto da palavra Pátria. Sabe-me bem até ao tutano dos ossos. E da palavra escrita em Português. Somos o povo do desenrasca. Desorganizado. Capaz da genialidade do improviso. Incapaz de se organizar. Séculos de barafunda. Inventámos o mundo e esbanjámos sempre aquilo que o mundo nos entregou. Mas somos a Pátria do afecto, do abraço, da festa. E resmungões. Mais refilões do que revolucionários. Incapazes de consolidar elites criadoras. Fogem daqui a sete pés. Somos exportadores de inteligência. Se a inteligência pagasse IVA, o ministro das finanças não precisava de PEC.E adoramos o decadentismo.
Não sou militante do PSD, dizia. Mas nas sua listas, liderei o projecto Santarém. Na primeira eleição passámos dos oito mil votos, de média histórica, para doze mil votos. Coisa que só uma vez o Prof. Cavaco Silva conseguira numa das suas maiorias absolutas. Ganhámos. O mais impávido e sobranceiro bastião socialista ribatejano caiu feito em cacos.Agora, nas últimas autárquicas, chegámos aos 22 mil votos. Não volto a recandidatar-me a Santarém. O trabalho que estamos a fazer e o crédito a favor do PSD é de tal forma que só a palermice pode fazer com que não dure muitos anos.
O PSD, as Sondagens e as Directas
Hoje no Facebook, nalguns blogs e no twitter imperou o nervoso miudinho por causa da sondagem do Sol (51% para Passos Coelho entre os militantes).
Não havia necessidade. As sondagens valem o que valem, o importante e o que conta é a vontade expressa através do voto, no próximo dia 26, pelos militantes. É preciso ter calma e ter cuidado com os ataques: a empresa em causa é a mesma que fez o tracking diário da campanha de Manuela Ferreira Leite, ou seja, colar à candidatura de Pedro Passos Coelho é precipitado, meus caros…
É preciso ter calma, o Povo (laranja) é sereno…e soberano. Quer dizer, boa parte dele: o Grande Educador da Classe Laranja anda nervoso!
PSD – Sondagem Directas do Sol
Amanhã, no Sol, a primeira sondagem entre os militantes do PSD e com os seguintes resultados:
Pedro Passos Coelho com cerca de 51% das intenções de voto, contra 31% de Paulo Rangel e 8% de José Pedro Aguiar-Branco.
A nossa que está a decorrer na barra lateral: PPC com 44%, Rangel com 23% e JPAB com 7%.
Duas seguidas…
Faltam 419 dias para o Fim do Mundo
O Congresso do PSD terminou à Lei da….Rolha. Um magnífico presente ao PS e a Sócrates. Nem encomendado…
Entretanto desapareceu mais um processo ligado ao PM, nada que nos espante. O crescimento do suicídio em Portugal é um sinal, um grave sinal do estado de espírito dos portugueses. Mas as vitórias do benfas podem sempre ser motivo de alegria para os 6 milhões (quantos???)…
Agora a sério: é chocante ler esta notícia da morte de uma jovem de 20 anos que, na brincadeira, atirou a sua moto 4 contra um pinheiro. Eu sou um adepto e praticante de todo terreno, gosto igualmente de andar de moto 4 e tenho pena de não ter uma. Estou farto de avisar amigos e conhecidos dos perigos deste tipo de veículo, um perigo que deriva do facto de se pensar que as quatro rodas a tornam menos perigosa que uma mota normal. Não é verdade, bem pelo contrário, até pelo excesso de confiança. Mais uma vida que se perde, uma jovem de 20 anos…
Faltam 420 dias para o Fim do Mundo:
O Comunismo Social-democrata arrancou hoje com toda a força: agora, durante 60 dias impera a lei da rolha. Ou muito me engano ou os bloggers vão ter de repetir a manif pela Liberdade. E que excelente motivo. Uma medida que vai obrigar Cavaco a incomodar o TC, penso eu de que…
O congresso acabou e as opiniões são como as cerejas. E Sócrates parece ter sido visto a sorrir enquanto tomava café com Portas. E já nem se pode dar uma queca no carro, será que foi o Mickey? Deve ter sido motivado pelas alterações estatutárias no congresso. Isto é coisa da Manuela e do Pacheco…
Viva o PCP-SD!
Coerências #3:
Não posso deixar de citar Vasco Campilho:
02.09.2009 :
13.03.2010 :
Paulo Rangel diz não haver nenhuma razão para “nas próximas eleições não pedir mais uma vez para o PSD uma maioria absoluta como uma grande meta para o partido”. “Isto, para mim não é um sonho, é uma realidade que está ao nosso alcance”, afirmou.
publicado por Vasco Campilho no 31 da Armada
Uma Opção Para Portugal
O Congresso do PSD em Mafra foi esclarecedor. O candidato José Pedro Aguiar Branco demonstrou, uma vez mais, que partiu tarde. Por uma questão de palavra, JPAB acabou por prejudicar a sua candidatura e ver os falsos amigos fugirem para o outro lado da barricada. Caso contrário, como se viu nos debates e no Congresso, seria um forte candidato.
Por sua vez, Paulo Rangel, manteve o seu estilo populista, fazendo lembrar Paulo Portas, com um discurso cheio de sound bites (pedir maioria absoluta, falar em sonho, classe média, as entranhas dos portugueses, refundar Portugal, etc.). Nisso assemelha-se a Portas e ainda não descolou do passado. O seu pecado maior é a colagem a esta direcção e nisso Fernando Costa disse tudo. Daí a sua segunda intervenção ter sido uns bons furos abaixo da primeira.
Já Pedro Passos Coelho mostrou que é o que está melhor preparado para ser Primeiro-ministro e percebe-se a razão de ser o preferido dos portugueses. O seu primeiro discurso foi arriscado. Foi corajoso. Desmontou os mitos. O mito do seu passado e da constante crítica subliminar de ser jovem. Tenho a impressão que aos sessenta ainda o vão criticar por ser muito jovem. Enfim. A forma como abordou Jardim foi de uma bravura exemplar. Mesmo arriscando-se a perder imensos votos, mesmo pondo em causa a sua eleição como Presidente. Eu gosto de homens com audácia e PPC teve-a onde muitos, quase todos, se acobardam. O seu segundo discurso foi bastante incisivo, colocando a verdadeira questão: que PSD pode vencer as legislativas, qual o que está melhor preparado? O importante é ter um projecto para governar Portugal e essa é a verdadeira questão. E esse projecto terá de ser profundamente diferente do de Sócrates mas, igualmente, distinto do da actual direcção do PSD.
A verdade, como se viu no seu último discurso, é que Passos Coelho fala para o país mesmo que o partido pretenda que lhe massagem o ego. Uma opção corajosa e realista. Uma opção por Portugal.
Fernando Costa…
…acaba de fazer um discurso arrasador. O verdadeiro PPD-PSD surgiu agora às 00:40!
É preciso ganhar Portugal e esse é o problema de Rangel.
Colocar o dedo na ferida:
Podemos não concordar, quiça não gostar, mas devemos sublinhar a coragem. A coragem para enfrentar as dificuldades, coragem para enfrentar os mitos. Coragem para enfrentar Jardim.
A obra de Alberto João Jardim na Madeira é indiscutível e merecedora do nosso aplauso mas isso não nos pode cegar, não nos pode impedir de criticar um estilo político. Mal de nós se olhamos e nos comportamos de forma diferente por um qualquer receio de uma qualquer putativa vaca sagrada. A obra de Alberto João Jardim, do PSD-Madeira e dos madeirenses não esconde uma forma de estar, uma vertigem de constante ajuste de contas com quem não concorda com AJJ, seja o Sr. Silva, o Sr. Pinto de Sousa ou agora o Sr. Passos. Já chega de fazer de conta que não vemos a boçalidade, a falta de educação e o modo rasca como trata todos os que ousam criticá-lo.
Ora, Pedro Passos Coelho, bem ou mal, ousou. Ousou colocar o dedo na ferida, criticar a forma inadmissível como AJJ procurou utilizar a desgraça dos outros, a tragédia dos madeirenses, como arma de arremesso político interno mentindo, afirmando que PPC foi o único político que não se solidarizou com os madeirenses sabendo, como hoje se percebeu, que estava a mentir.
No final, AJJ foi-se sentar ao lado de Rangel. O olhar de menino traquina de Rangel disse tudo. Nada mais a acrescentar além disto: diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és.
Em Mafra, blog não entra:
Via 31 da Sarrafada
Nem no fim se portam com dignidade…O que vale é que já estão a dar as últimas!
As Directas PSD #3:
A eleição de um Presidente para o Partido Social-democrata reveste-se de superior importância por, entre outras, duas razões fundamentais: ser um dos maiores partidos portugueses e o escolhido arriscar-se a ser Primeiro-ministro.
Nas directas vamos conhecer a vontade dos militantes. Falta saber se essa escolha corresponde aquilo que os portugueses desejam para a presidência do PSD. A única forma que temos de procurar perceber qual o preferido dos portugueses é através de estudos de opinião que, bem sei, valem o que valem.
Segundo o estudo encomendado pela SIC/Expresso/Rádio Renascença que vai ser difundido amanhã, os portugueses preferem, de forma clara, Pedro Passos Coelho para Primeiro-ministro e, de igual forma, para Presidente do PSD. O Aventar, antecipando-se, já publicou parte dos resultados da sondagem – ver AQUI.
Ora, este estudo, pela sua independência face aos interesses dos candidatos e garantias dos seus promotores é mais uma importante ferramenta de análise para todos os militantes do partido e mais um bom motivo de reflexão. Mais do que um Presidente para o PSD, os militantes vão escolher um eventual futuro Primeiro-ministro.
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