Os exames e as desigualdades sociais

Numa notícia com o título “Exames agravam desigualdades entre alunos e alimentam mercado das explicações”, divulga-se uma tese de doutoramento em Educação, dando, também, a palavra à autora. O título do estudo é Exames nacionais, apoios pedagógicos e explicações: a complexa construção dos resultados escolares em Portugal. Só é permitido o acesso a um resumo.

Embora a ideia de que os exames são causa das desigualdades entre os alunos não esteja presente no resumo, a autora afirma-o: «Andreia Gouveia afirma que é “inegável” que os exames são uma causa para o “agravamento das desigualdades sociais no acesso ao reconhecimento escolar”.»

O Paulo Guinote pergunta, e bem: “A Ver Se Percebo… Se Acabarem os Exames Acabam as Desigualdades e os Pobrezinhos Passam Todos a Entrar em Medicina e Arquitectura e na Carreira Diplomática e Etc?”

Pois. A verdade é que os exames não são causa de desigualdade social, são, isso sim, um reflexo. De uma maneira geral, aliás, as desigualdades sociais são uma das causas das desigualdades nos resultados educativos, mesmo que muita gente teime em confundir os rankings com a Ovibeja. [Read more…]

Por esse fato

«I’m a determinist: “que sera, sera”». You can’t do that.
— John Searle [26:23]

I want to deny flat out a premise that you started with, that you mentioned yourself just a minute ago, you said: “The future is inevitable, if determinism is true”. First of all, I want to say, that phrase, “the future is inevitable”, well just doesn’t mean anything. The future’s going to happen, whatever it is.
Daniel Dennett

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Onde? No sítio do costume.

Como estamos no último dia de Janeiro de 2018, convém recordar a garantia dada pelo ILTEC em meados de Março de 2013:

o AOLP90 já foi quase plenamente aplicado, como o Estado determinou, sem problemas de maior

Continuação de uma óptima semana.

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Graças a Deus, são caucasianos

US-CRIME-CHILDREN-COURT-TURPIN

Louise e David Turpin formam um sádico casal de monstruosas aberrações, que submeteu os seus 13 filhos a uma existência de terror e tortura. Privados de liberdade e sujeitos a uma alimentação miserável, tendo apenas direito a uma refeição por dia, só podiam tomar banho uma vez por ano e eram constantemente punidos com castigos de semanas ou meses que incluíam serem acorrentados ou amarrados à cama sem poder usar uma casa de banho. Em tribunal, Louise sorriu. [Read more…]

Deixem a Legionella privada em paz!

CUF

Imagem via Diário de Notícias

Treze pacientes da CUF infectados pela Legionella depois, os partidos de direita ainda não pediram a cabeça de nenhum dos membros da poderosa família Mello, nem atribuíram a culpa ao governo, aos comunistas, aos bloquistas ou à CIG. Algo de muito estranho se passa para os lados do Caldas, da São Caetano e dos bunkers dos seus spin masters.

Entretanto, e enquanto na CUF se tentam controlar os danos e apurar responsabilidades, perante o silêncio ensurdecedor dos governantes no exílio, somos confrontados com mais um falhanço do anterior governo, que segundo António Leitão Amaro havia proibido (LOL) a Legionella. Não só não proibiu (LOL) como a sua entourage não parece muito preocupada com a versão privada do problema. Pudera! Entre a santíssima iniciativa privada e a sua liberdade de fazer o que lhe apetecer, doa a quem doer, não se mete a colher.

Sobre a classificação de posts e comentários

Houve uma operação inesperada que alterou algumas configurações do Aventar. Estamos progressivamente a repor as funcionalidades, mas algumas não ficarão no estado anterior a este incidente. Uma delas é as votações dos posts e comentários (polegares para cima e para baixo), que se perderam, estando agora a zeros. Lamentamos o inconveniente, mas são ossos ofício.

Actualização: Foi possível repor os votos dos polegarezinhos.

Postcards from Greece #62 (Corfu)

«What are you doing here? It’s winter!»

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espantou-se o dono do bar onde, eram já mais de onze da noite entrei em busca de um café. Tinha já ido a 2 ou 3 sítios, sem sucesso, ou seja, sem que tivesse encontrado o precioso líquido. O senhor era bastante falador, mas compreende-se, sendo eu a única cliente, que ele tivesse querido saber de onde eu era e o que estava ali a fazer, pois… se era inverno! Eu respondi-lhe que estava a conhecer um bocadinho de Corfu e que preferia assim, no inverno, porque no verão deve ser impossível. Confirmou que no verão os turistas são mais que muitos mas ainda assim… ‘é inverno, não há nada para fazer aqui’. Disse-lhe que gostava de tirar fotografias e de pouca gente e por isso para mim esta foi a altura ideal para visitar Corfu. Depois falou-me de tudo e mais alguma coisa. Queixou-se dos impostos, logo a seguir, e consequentemente, do governo (apesar de ter dito ‘I voted for him the 3 times!’ quando lhe perguntei o que achava do Tsipras), da juventude e até dos turistas! Fiquei um bom bocado a ouvi-lo diante da minha grande chávena de café (pedi um ‘americano’, dado o adiantado da hora), praticamente sem poder dizer nada, porque ele estava apostado em falar. É inverno. É provável que eu tenha sido a única pessoa que entrou no bar hoje.
 

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