Retrocesso: uma certeza, entre várias certezas

O PS vence por larga margem. A esquerda, no global, também vence, mas a esquerda da esquerda perde de forma retumbante.

BE e CDU terão, agora, de fazer uma reflexão interna. Sabemos que a força da esquerda não se mede por números, como já se viu no passado, mas por propostas; sabemos, no entanto, que terá de ser feita, de forma ponderada, serena e comprometida com o eleitorado, um balanço dos últimos seis anos, nomeadamente da estratégia seguida desde o fim da geringonça em 2019.

O neo-liberalismo cresce a olhos vistos, mostra a perna ao eleitorado, mas este não vê que ele é perneta. Terão agora, pelo menos, dois anos para reflectir se era uma maioria do PS (ou perto disso) que realmente queriam e se o crescimento do neo-liberalismo nas últimas três décadas tem sido benéfico para o país.

Vamos à luta, camaradas. O povo castigou-nos, à boleia da manipulação do PS e da pressão das sondagens, mas continuaremos, sempre, sempre, sempre a lutar por vós. O reforço dos serviços públicos, o aumento dos salários e das pensões, justiça fiscal, criminalização das offshores, e por aí em diante. Não renunciaremos aos nossos mandatos. Viemos à luta, estamos na luta, estaremos na luta.

Avante.

Fotografia: MAYO

Comments

  1. Carlos Almeida says:

    Tudo certo, contudo nunca vi aqui de sua parte e de outros, os alertas para a ideologia com 200 anos, na minha opinião mais perigosa do que os da quadrilha do ventura.
    São sempre eles com as sua falinhas mansas que estão ,por detrás dos golpes da extrema direita em todo o mundo.

    Os liberais a médio e longo prazo são mais preocupantes do que os arruaceiros do Chega

    • João L Maio says:

      Isso é mentira. Releia o que várias vezes aqui escrevi, porque já cheguei a dizer, neste espaço, que deveríamos temer mais os neo-liberais, porque esses podem mesmo crescer para lá do epifenómeno.

    • Paulo Marques says:

      Não só é mentira, como é mentira que tenha 200 anos, o próprio Smith fez críticas que continuam actuais, e já lá vão quase 400.

  2. Filipe Bastos says:

    Pois é, Maio, grande tareia.

    Claro que há mais marés que marinheiros, isto dá voltas, etc. Mas parece claro que a malta não quer esquerda. Quando muito quer falsa esquerda, semi-direita. Chulos, trafulhas, lacaios de mamões. Dão o rabo por uns subsídios e esmolas europeias.

    Muitos até querem meter mais vaselina, como prega a IL e o Chega, sonhando com sermos a nova Irlanda, em alegre aceleração para o fundo. PS, Chega, IL. Eis o que disse a ‘democracia’.

    A sua atitude é positiva. Eu sou mais negativo. Não vejo esperança. A carneirada não aprende. Nem quer aprender.

  3. JgMenos says:

    Em SEIS anos não deram notícia de uma única acção inovadora de controlo e aumento de produtividade dos vastíssimos recursos à disposição do Estado.
    E a pandilha PS sempre a alargar as suas garras…
    Só clamavam por sugar o contribuinte e acrescer benesses a inactivos e acomodados.

    Agora vão lutar muito…com mais do mesmo, quando a pandilha nem deles precisa!

  4. Ilusionistas says:

    Não aprenderam nada com 2011… mas o povo aprendeu e deu a resposta!

    • POIS! says:

      Pois pois!

      E foi pena que o Engenhoco Pinto de Sousa não tenha entrado na campanha. Foi uma grande injustiça o que a malta Cor-de-rosa lhe fez.

      Principalmente os que foram seus tão grandes companheiros, como o Silva Malhão do Norte

      Iriam ver que o povo aprendia ainda mais.

      Assim, a coisa ficou um bocado coxa!

      O cabaré da dita vem já a seguir!

  5. Júlio Santos says:

    Lamentável mesmo foram os resultados obtidos pelo PCP e pelo BE mas mereceram-na por terem provocado a queda do governo.
    Lamentável é quem aqui tem criticado quem vota sempre nos mesmos, ou seja, no PS e no PSD e por certo, esses próprios votaram no PS, dando-lhe a maioria absoluta. Para quem acredita na esquerda tinham outras alternativas á esquerda para o fazer e,pelos vistos, não o fizeram e o resultado foi uma maioria absoluta.Vamos ver no que isto vai dar. De agora em diante o que acontecer, não se queixem.

    • Paulo Marques says:

      Quer dizer, quando não têm o rebuçado, ai que os outros são maus por não nos deixarem fazer o que queremos. Quando ficam com o rebuçado, ai que os outros são maus por nos darem o poder absoluto.
      Amigo, a menos que esteja a aldrabar sobre o grande projecto Costista, celebre, que irá, certamente, correr bem.

  6. Paulo Marques says:

    Era inevitável, apesar de sondagens toscas feitas com o mínimo de rigor vendável, que quer a solução fácil, quer o centrismo assustado, fossem apetecíveis ao eleitorado. O único que não percebeu foi o Chiquinho, e aquela coisa do ambiente burguês.
    A moderação do discurso para parecer razoável só ganhou apoio enquanto agradou a parte do sistema, e nunca foi por isso que passou a ser “responsável”. Se não é para levantar as massas, e também não sei como, mas não é com Catarinas e Jerónimos, vai mesmo piorar enquanto o consenso lá fora não mudar, e não será tão cedo que esse melhora.
    É a vida.

  7. JgMenos says:

    Até tive um pesadelo que me tirou da cama à 4.30 da manhã!
    A maior seita de trafulhas com maioria absoluta!!!!

    Será que o resto da manada vai finalmente montar vigilância activa à seita?
    Espero que o Chega cumpra o que prometeu, por isso votei nele.
    A ver quem mais entende, por uma vez, que não há boas políticas pelas mãos de gente desonesta!

  8. balio says:

    BE e CDU terão, agora, de fazer uma reflexão interna.

    Se Catarina Martins tivesse alguma dignidade, já se teria demitido.

  9. Jojo says:

    Cambada de idiotas úteis !

  10. Joana Quelhas says:

    “BE e CDU terão, agora, de fazer uma reflexão interna. Sabemos que a força da esquerda não se mede por números, como já se viu no passado, mas por propostas”

    Sim têm de fazer uma reflexão profundissima. Têm de devagarinho ir abandonando o Marxismo que já saiu de moda e agarrarem-se ainda com mais força à “Teoria Crítica”. Isto enquanto é tempo pois até a TC já teve melhores dias. Caso contrário continuaram a perder “tacho”, não só no parlamento como na mama das ONG`s.

    Joana Quelhas

    • Paulo Marques says:

      Ah, é uma questão de moda, não é de princípios e ideologia! Mas para isso tinha que competir com outros 8, era capaz de não dar.

  11. Johana Quehlhas says:

    “BE e CDU terão, agora, de fazer uma reflexão interna. Sabemos que a força da esquerda não se mede por números, como já se viu no passado, mas por propostas; “
    Sim, têm de fazer uma reflexão profundíssima.
    Tem que muito devagarinho ir abandonando o Marxismo que já não está na moda. Neste momento o proletariado já ascendeu ás condições de vida da burguesia e o Lumpenproletariat é o único disponível.
    Tem que se agarrar com toda a força à “Teoria Crítica” para ver de evitam perder o “Tacho” no parlamento e também a mama das ONG`s.
    A ver vamos quanto tempo demora até à próxima derrocada…

    Joana Quelhas


  12. O Menos fala de gente desonesta referindo-se ao PS, querendo fazer passar a ideia abstrusa de que os cheganos são de uma honestidade do caneco. Até para absurdos destes há limites, bolas. Os hoestinhos devem ter emigrado todos para o desventuras. Fazer o quê? São artistas tugas a adoram serradura prós olhos.

    • JgMenos says:

      Só o poder define quem é honesto.
      Do PS já há provas abundantes.