
Eis a lista da vergonha: Auchan, BASF, Bayer, British American Tobacco, Bosch, Burger King, Henkel, Imperial Tobacco, KFC, LG, Nestle, McDonald’s, Metro AG, Miele, Pepsico, Philip Morris, Pirelli, Starbucks, Stellantis, Swatch, Tesco.
Talvez não estejam aqui todas, e mais haveria a dizer sobre as empresas do ramo da energia, mas, sobre essas, escreverei mais tarde. Sobre estas, assumo o meu absoluto radicalismo: boicote total a quem contribui para que Putin continue a oprimir a Ucrânia.
Junto aqui dois comentários que já fiz anteriormente, porque vêm mesmo a propósito.
Acabo de ouvir Poiares Maduro revelar, na crónica que faz na TSF, que as transferências da UE para a Rússia aumentaram desde o início da guerra.
Devem estar a aproveitar os saldos do gás.
E como é que pagarão? Pois, calculo que em notas, pelo correio ou assim.
Quando a despesa é maior há colunas de mulas a partir da Bielorrússia. Ou aproveitam os camelos da “Nova Rota da Seda”.
Aquela coisa de deligar o SWIFT era mesmo uma bomba atómica! Oxalá é que o gás não se torne radioativo. Era chato!
E ontem vi o Secretário de Estado Antony Blinken, entrevistado na CNN a partir de Chisinau, a chutar para canto quando perguntado por negociatas com a Federação Russa e sanções que não avançam internamente.
Entretanto, veja-se o que diz a CNN:
“Biden administration does not ‘have a strategic interest’ in sanctioning Russian oil, White House says”.
Está aqui:
https://edition.cnn.com/2022/03/02/politics/russia-oil-exports-sanctions-ukraine-cnntv/index.html
E a prestação do Blinken está aqui:
https://edition.cnn.com/2022/03/06/politics/russia-ukraine-antony-blinken-cnntv/index.html
Pelos vistos, estão todos muito preocupados com o “nosso modo de vida”. Não querem que nos falte nadinha.
Acho muito bem que o João Mendes boicote quem quiser.
Mas também acho essencial que cada pessoa e cada empresa continue a ter a liberdade de fazer negócios onde e com quem quiser, incluindo a Rússia.
Pois, a Coca Cola company continuou a produzir Fanta para o Reich. São assim os ventos da historia.
Tenho dúvidas que sanções à população, e não à máquina de guerra ou ao regime, resultem nalguma coisa, ou até sejam humanistas. Mas também que não alimente o revanchismo que é parte do casus belli, com níveis de razão discutíveis. O instinto é o mesmo que tem criado discriminação a russos que já tinham saído, muitos em discordância.
Ainda por cima quando é para voltar às mesmas relações comerciais daqui a pouco tempo, por muito lindas palavras, porque nenhum lado está preparado. Afinal, quando, exactamente, é que isso resultou numa revolução, e alguém faz ideia do day after?