Incêndios? P’ro ano logo se vê…

Continuamos submetidos à avalanche mediática, que durará o tempo que a rentabilidade ditar que dure, até que a next big thing tome conta do jornalismo monotemático.

No final, o drama ficará para quem o vive, e os restantes lá se esquecerão do país que arde, todos os anos, até que comece novamente a arder e nos caia a dolorosa ficha: continuamos sem meios adequados para combater as chamas. E assim continuaremos.

Podemos, em alternativa, mudar o nome de todas as corporações de bombeiros deste país para Novo Banco e, seguramente, teremos tantos meios aéreos no próximo ano que os incendiários não ousarão sair da fosse séptica. Já os consigo imaginar a ter pesadelos com o Costa de bazuca hídrica na mão.

A Tecnoforma, as golas antifumo e o OLAF entram num bar

Leio por aí que o caso das golas antifumo estará a ser investigado pela UE. A julgar pelo sucesso da investigação do OLAF ao caso Tecnoforma, tem tudo para correr bem. Agora é que eles vão ver que em Bruxelas não é a bandalheira que vemos aqui.

Otelo, vencerás porque o povo vencerá!

Misael Martins*

Cumpre-se hoje, 25 de julho, um ano da morte de Otelo Saraiva de Carvalho, figura incontornável da história da segunda metade do século XX português pela sua valorosa participação no desenho das operações militares que depuseram o fascismo e inauguraram o biénio revolucionário de 1974/75, período ao longo do qual Otelo desempenhou múltiplas funções e se destacou, no campo revolucionário do MFA, por dirigir o Comando Operacional do Continente (COPCON).
Otelo foi muitas coisas e o seu projeto político não era heterodoxo nem se consubstanciou sempre nas mesmas pretensões. Representa, no entanto, e essencialmente, uma confiança nas massas, uma convicção de que o caminho da revolução devia ser desenhado pelo povo, direta e autonomamente, organizado nas suas próprias estruturas, e não por comités centrais, conselhos militares ou decretos parlamentares. [Read more…]