Para que se saiba: Gás e nuclear são verdes – e o sol é quadrado

Há dias em que, mais do que noutros, apetece dizer com raiva ou resignação aquela frase batida: “os povos têm os governantes que merecem”[1], num esforço para um distanciamento da fatalidade de decisões tomadas por representantes eleitos democraticamente que agridem, de todo, a preservação do planeta e da vida.

Aconteceu ontem. O Parlamento Europeu (PE), numa votação sobre o Acto Delegado Complementar de Taxonomia da União Europeia – ou seja, o sistema de critérios técnicos de avaliação para determinar em que condições uma actividade económica específica pode ser qualificada como contribuindo substancialmente para a mitigação das alterações climáticas – , decidiu classificar de „Verdes“ os investimentos na energia nuclear e no gás fóssil. Não é preciso ser nenhum especialista para entender o absurdo desta decisão. O que seria preciso, mas é impossível, seria conseguir entender como pode uma maioria no Parlamento ser tão vendida e tão comprada para tomar tal decisão. [Read more…]

Boris Johnson meets Zack Galifianakis

Trata-se de um dos piores governantes da história do UK.

Um populista que mentiu descaradamente para conseguir o Brexit.

Um javardo que se emborrachava enquanto o mundo lidava com a pandemia e a rainha com a morte do marido.

Um palerma que está aí para provar que é possível ter a higher education de Eton, e saber citar longos trechos da Ilíada, sendo, em simultâneo, um profundo imbecil.

Mas uma coisa ninguém lhe tira: se o Zack Galifianakis deixar de representar, ninguém estará melhor posicionado que o Boris para ser o Alan do Hangover IV.

Putin tem muito que aprender com Israel

A investigação da ONU, ao atentando que resultou no homicídio da jornalista Shireen Abu Akleh, concluiu que foi o exército israelita quem disparou na direcção de Shireen, Ali Samoudi e dois outros jornalistas no local.

Esta é igualmente a conclusão a que chegaram a Associated Press, o New York Times e a CNN, entre outros. Tratou-se, portanto, de uma execução. De um fuzilamento. De mais um episódio de brutalidade inqualificável, com a chancela do IDF, que passou entre os pingos da chuva.

Putin devia pôr os olhinhos em Israel. É possível oprimir um povo durante décadas, ocupar e anexar o seu território, fuzilar activistas e jornalistas, matar indiscriminadamente e, ainda assim, contar com a submissão dos valores ocidentais à sua agenda. Em bom rigor, se Putin fosse mais obediente, talvez não estivesse na enrascada em que se enfiou. E, com jeitinho, ainda era capaz de ter a Ucrânia debaixo da pata, sem que o Ocidente desse por isso.

Trocas e Baldrocas

Luís Montenegro chegou a ser uma espécie de número dois de Passos Coelho. Agora, está empenhado em ser o Passos Coelho número dois.