O Dalai Lama, o príncipe Andrew e o Donald Trump entram num bar

na ilha do Epstein.

Monica Lewinsky

Uma sombra azul que voltou para atormentar a família Clinton, entre o arranjo floral e a lareira.

Kunamis convenientes, kunamis inconvenientes

Usando e abusando da sugestão dos Gato Fedorento, tenho para mim, a convicção da existência de bem guardada fita métrica, destinada ao criterioso manuseamento por nada circunspectos avalistas de moral alheia. Quem não se lembra do banzé ao “estilo cancioneiro”, quando do caso da atarracada, grasnenta e claramente abacorada menina Lewinsky, nos seus húmidos encontros de “estagiária” – as putices têm sempre vários significados – de 1º grau com o péssimo gosto do Sr. presidente Clinton? Ouvimos de tudo, desde o estupor pela “intromissão na vida privada” do santarrão da Casa Branca, até aos obtusos repúdios quanto ao “aproveitamento dos media”, sempre prontos a alimentar a “coisificação” das mulheres. Coisificação, não era assim que eles diziam? Era. Mas a tal Ruby qualquer-coisa, é de facto muito superior ao tracanaz Mónica. De longe! Ainda por cima, tem-se mostrado mais digna que a tal “estagiária” washingtoniense, pois não se aproveitou da situação e nem sequer pensou em trazer a mãezinha à tv, para mostrar vestidos enodoados pelos entusiasmos fisiológicos do grande líder. Para cúmulo, até se atreveu a defender o galante ancião de serviço.
Dada a figura abarrilada da Lewinsky, claramente parecida com uma das personagens presentes em Las Niñas de Velázquez, como terá Clinton conseguido a proeza?

Quanto ao macarronesco Berlusconi, a coisa está feia. É vê-los, os alouçanados de Itália, enchendo avenidas aos gritos pela “moral e bons costumes”. As entrevistas são de ir às lágrimas e devem fazer as delícias de qualquer mulá de Abadan e dos seus correspondentes pró-Sr. Lefébvre. “Moral, dignidade, justiça, decência”, são as palavras mais comuns que se bradam via megafones, aliás bem enquadrados por cartazes com Vergogna!, Justiza!, etc, etc. Paradoxalmente, por aqui, os prosélitos das boas causas embarcaram de imediato no chinfrim e ei-los a cascar no velho “balsemista” local, consumidor de tintas capilares e de botoxes vários.

Sabemos como é. Tudo bem, desde que não se fale na “Casa Pi(l)a” e outros assuntos do estilo.

Há por aí um sapato bem porco para atirar a este gajo?

Sou suspeito. Sempre tive um certo asco pelo ex-presidente dos EUA, George W. Bush. Deve ser coisa familiar, porque também nunca fui à bola com o pai, o também ex-presidente George H. Bush.

bush_haiti

Por isso, o vídeo que a insuspeita BBC transmitiu ontem não me surpreendeu, antes reforçou o sentimento que sinto pelo fulano. Bush e Bill Clinton foram convidados por Barack Obama a visitar o Haiti, ver o estado actual do país afectado pelo poderoso terramoto de Janeiro e relatar a realidade apurada ao presidente em exercício. É uma fórmula comum na diplomacia do país.

Na visita ambos apertam as mãos a diversos haitianos. Após o ’bacalhau’ a umas pessoas, Bush esfrega a mão no braço de Clinton. Sim, está a limpar as mãos. Talvez porque o último fulano tivesse as mãos suadas, ou tivesse restos de ranheta, ou talvez as tivesse apenas sujas, ou apenas porque é negro. O gesto de desprezo diz tudo.

Como diz um dos comentários no Youtube, não há por ai um sapato para atirar ao indivíduo?

Estou escandalizado…

Bill Clinton teve uma amante durante a “corrida” de Hillary Clinton nas primárias para as presidenciais dos EUA.