Terramoto do Haiti: As imagens duras e frias merecem mais que um simples juízo de valor?

No Bitaites, o seu autor, Marco Santos, coloca “A velha discussão entre jornalismo e pornografia” em debate. Por causa de uma fotografia. Em causa, a ética e a moralidade de publicação de uma imagem dura, cruel, que ali é apelidade de pornográfica. É uma velha questão, de facto. Deve a imagem de Olivier Laban-Mattei, que venceu na categoria General News Stories, do World Press Photo, ser mostrada, seja onde for, num jornal, numa revista, num site, numa exposição? A fotografia foi tirada a 15 de Janeiro do ano passado, num dia normal das prolongadas operações de limpeza que se seguiram ao terramoto no Haiti.

Todos nós vimos imagens de momentos únicos de salvamentos no pós catástrofe no Haiti. Daqueles que nos fazem encolher o peito, embargar a voz e humedecer os olhos. Eram momentos felizes. Dos escombros saiam vidas, depois de horas, dias e até uma semana em suspenso. Gostamos dessas imagens. Proporcionam esperança. Sabemos que há milhares de mortos mas é nestas que obtemos mais uma recarga de humanidade.

Por isso, é tão duro olhar para a imagem do homem que efectua limpezas na morgue do repleto hospital central de Port-au-Prince. Ali, parece não haver humanidade.

Um corpo de uma criança voa em direcção a uma pilha onde já há outros cadáveres. Há um despejar literal, como se fosse um pedaço de madeira. Como se fosse nada. O nosso espanto é ainda maior porque se trata de uma criança.

olivier-laban-mattei_wpp

Crédito: Olivier Laban-Mattei, França, Agence France-Presse

[Read more…]

Há por aí um sapato bem porco para atirar a este gajo?

Sou suspeito. Sempre tive um certo asco pelo ex-presidente dos EUA, George W. Bush. Deve ser coisa familiar, porque também nunca fui à bola com o pai, o também ex-presidente George H. Bush.

bush_haiti

Por isso, o vídeo que a insuspeita BBC transmitiu ontem não me surpreendeu, antes reforçou o sentimento que sinto pelo fulano. Bush e Bill Clinton foram convidados por Barack Obama a visitar o Haiti, ver o estado actual do país afectado pelo poderoso terramoto de Janeiro e relatar a realidade apurada ao presidente em exercício. É uma fórmula comum na diplomacia do país.

Na visita ambos apertam as mãos a diversos haitianos. Após o ’bacalhau’ a umas pessoas, Bush esfrega a mão no braço de Clinton. Sim, está a limpar as mãos. Talvez porque o último fulano tivesse as mãos suadas, ou tivesse restos de ranheta, ou talvez as tivesse apenas sujas, ou apenas porque é negro. O gesto de desprezo diz tudo.

Como diz um dos comentários no Youtube, não há por ai um sapato para atirar ao indivíduo?

Yo bliye peyi nou?

O alucinante ritmo cíclico com que somos bombardeados com tragédias, não nos dá tempo para descansar nem os sentimentos nem a mente. É, tal como a vida em geral, algo frenético e alienante.

Não deixamos de ficar tristes, incomodados até. Mas também não deixamos de comer o bife ou peixe que temos no prato, enquanto pela televisão nos servem orgias de imagens trágicas. Aos poucos vamos ficando como que habituados à tragédia, ganhando uma espécie de imunidade.

Acontece que a tragédia, tal como o sexo, vende. E também vende-se, é verdade. Mas no que toca à comunicação social, a tragédia vende: audiências, tiragens, etc. Ombreia com os escândalos, mas ganha na força das imagens.

Já foi Etiópia, Afeganistão, Timor-Leste, Rodésia, Somália, Bangladeche, Entre-os-Rios, Iraque, Haiti,  etc, etc. Fome, mortes, guerra, sangue, pânico, violência, cataclismos, lágrimas e um pouco mais de tudo quanto urde uma desgraça.

Ainda agora, depois do massivo consumo da tragédia do Haiti, o assunto parece que esgotou. Mas não esgotou a tragédia. Ela continua a existir. Apenas deixou de nos ser servida. E também nós, incluindo os da blogoesfera, também deixamos de “nos servir” dela. Porque o tal alucinante ritmo cíclico não permite continuar a olhar para o “mesmo”, ainda que o “mesmo” não esteja para trás, mas sim ao lado.

Hoje, um haitiano poderia perguntar a qualquer um de nós: yo bliye peyi nou? (esqueceu-se do nosso país?).

Diríamos: não esquecemos, mas agora, e por agora, temos a Madeira. Mas, também ela, irá ser substituída em breve.

Essa coisa chamada EUA

Essa coisa chamada EUA está minada de contradições desde a ponta dos cabelos às unhas dos pés. Apenas três, das mais recentes:

Li nas notícias:

“As autoridades suspeitaram de uma tentativa de tráfico de crianças e prenderam, no Haiti, dez cidadãos norte-americanos da Igreja Batista que se faziam acompanhar de 31 crianças, com idades entre os dois meses e 12 anos”.

 O que se espera? Todo o cozinheiro sabe que o bolo é o que for a massa.

 “O exército americano confirmou neste sábado ter suspendido os voos de retirada dos haitianos gravemente feridos durante o terramoto de 12 de Janeiro, enquanto aguarda uma decisão sobre quem se encarregará das despesas com o tratamento deles nos Estados Unidos”.

O que se esperava? Deve ter ficado mil vezes mais cara a ocupação militar do Haiti do que o tratamento dos feridos graves. Saiam do Haiti, deixem que Cuba, a Venezuela e outros países da América Latina tratem os feridos graves, que eles, apesar de pobres, de certeza não apresentarão as contas a ninguém.

“O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês pediu hoje aos Estados Unidos que suspendam a venda de armas a Taiwan e classificou a intenção de Washington como uma “decisão errada”, noticiou hoje a imprensa local”.

O que se esperava? Porque é que os EUA não vendem uns mísseis aos separatistas do País Basco?

Um texto meio ao calhas

(adão Cruz)

Caros amigos:

Há já largos dias que não tenho ligado puto ao Aventar. Não é que esteja zangado nem que me tenha esquecido dos amigos. O facto é que tenho estado de molho. E o molho, neste caso é à base de um estupor de uma tendinite na face interna da coxa direita, que me limita grandemente a minha actividade e me faz dizer umas asneiras daquelas que a gente diz quando está fodido e mal pago. Tenho-me valido dos anti-inflamatórios, que são tão bons a aliviar as dores como a dar cabo de um gajo. Ele são dores de cabeça, ele são tonturas, vertigens, náuseas, vómitos, azia e enfartamento pós-prandial, perda de apetite, eu sei lá! De tal modo que eu arrumei com eles, preferindo as dores aos efeitos secundários, já não falando nos efeitos nefastos que vocês desconhecem e ainda bem, muito mais silenciosos e subtis, que quando eclodem são do carago! [Read more…]

Haiti: Quando o caos se transforma em precariedade

Desordem, fome e dor são ingredientes diários de uma nação estraçalhada

O primeiro país latino-americano a proclamar a sua independência ainda no século XVIII, parece ainda pagar um preço muito caro por isso, ao longo de sua existência. A história do Haiti está repleta de sangue, desavenças, injustiças e totalitarismo.

O país que manteve estreitos laços com a Espanha e a França se viu à própria sorte após proclamar repetidas vezes a sua independência. Berço de vodu e de piratas franceses, a ilha conhecida como Espanhola, da qual o Haiti ocupa um terço – sendo os outros dois ocupados pela República Dominicana – assistiu a sucessivos mandatários subirem e descerem do poder, na maioria das vezes, da pior maneira possível.

Se procurarmos entender um pouco da história do Haiti, vamos concluir que o país parece mesmo estar repleto de energias nefastas, ao viver em constante caos social e econômico. Após a entrada e saída de diversos chefes de estado, incapazes de elevar o Haiti ao status de nação, senão somente às guerras sociais, as Nações Unidas (ONU) resolve intervir, com a intenção de restabelecer a ordem.

A Missão de Paz das Nações Unidas para a estabilização no Haiti foi criada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas em 30 de abril de 2004, através da resolução 1542, que visa restaurar a ordem no Haiti. A “nova ordem” se deu após um período de insurgência e a deposição do presidente Jean-Bertrand Aristide, que substituiu os regimes sangrentos de Baby Doc e Papa Doc, mas foi incapaz de manter o país estável. [Read more…]

Hope for Haiti Now!

Já estava a demorar:

“The Edge and Bono are among a stellar line-up of acts taking part tonight in ‘Hope for Haiti Now: A Global Benefit for Earthquake Relief‘.

The two-hour telethon is going out live across the world and performances will be available to download in the iTunes store tomorrow morning – all funds raised going to ‘Hope for Haiti Now’ charities. Details on when and where to tune in right here.

With Haiti in mind, Edge and Bono have collaborated with Jay-Z, Rihanna and producer Swizz Beatz on a new song, ‘Stranded’. Written, recorded, performed and released… all within a week. More here”.

Leituras

Como eu gostava de ter escrito ISTO

ISTO devia ser de leitura obrigatória em todos os cursos de Jornalismo!

Nem de propósito ESTA notícia.

Não se faz ISTO!

E como aplaudo ESTE post!

Maior eclipse do milénio foi provocado pelos EUA

Faz hoje uma semana, ocorreu o maior eclipse do milénio, o qual, como todos sabem, foi provocado pelos E.U.A., tendo  lançado na obscuridade e frio o Centro e o Leste de África. Poucos dias antes, o mesmo país tinha provocado o sismo no Haiti. Prevê-se agora que um meteoro de grandes proporções, controlado pela aviação americana, aniquile completamente a Venezuela nos próximos dias.

O governo de Chavez, contra o que é habitual, denunciou apenas um destes crimes. Receará, porventura, que o mundo não acredite na veracidade dos outros dois?

Um simples texto sobre o Haiti

Registei este texto, mas não sei porquê, estupidamente esqueci de onde o retirei e quem é o autor. Penso que, de qualquer forma é útil.

Para EEUU la catástrofe de Haití es un polvorín, no por la amenaza que representaría un posible estallido social para su sistema de seguridad, sino por la ubicación estratégica que reviste el país devastado dentro de su dispositivo imperial de control y dominio en América Central y el Caribe. La decisión de Washington de desplegar unidades y tropas especiales y una flota nuclear (invocando “ayuda humanitaria”) implica una virtual ocupación militar de Haití, entre cuyos objetivos hay uno que sobresale nítidamente: Reemplazar a los Cascos Azules de la ONU y constituirse en única autoridad militar con un control directo sobre el gobierno de Haití. En otro juego de piezas EEUU (utilizando Haití) busca afianzar su hegemonía de potencia nuclear en el Caribe y en Centroamérica con la vista fija en un objetivo de máxima: Chávez y su alianza estratégica militar con el eje Rusia-China-Irán.

Acrescento este comentário meu, a um comentário de Carlos Loures: E ainda por cima este “quero, posso e mando”. Mexem mais comigo a falsidade, a mentira, a hipocrisia e o cinismo do que o próprio insulto directo. Não basta o que diz Fabrício Estrada, (Os EUA exploraram o território e a mão-de-obra, e deixaram o país desertificado, sem recursos, as pessoas sobrevivendo de uma forma desumana. Como se explica que um Estado, perante uma catástrofe, não possua a mínima capacidade de resposta e fique cem por cento dependente da ajuda internacional? ). Ainda no seio de tão grande catástrofe, assaltam o aeroporto, expulsam jornalistas, desviam aviões de outros países, já estacionados e carregados de material de ajuda, impedem a aterragem de outras aeronaves que não as suas, desembarcam milhares de soldados, dispondo assim do Haiti como se de uma quinta sua se tratasse. Bárbaro! Obsceno! O prémio Nobel da Paz treinando!

O que eles dizem por aí

Razão parece ter Adão Cruz no Aventar quando questiona a “ajuda” americana no Haiti. 15 000 é o número de soldados que os EUA se preparam para estacionar no território, enquanto jornalistas estrangeiros são afastados do aeroporto: «Os soldados norte-americanos decidiram expulsar os jornalistas do aeroporto de Port-au-Prince onde estão dezenas de jornalistas, sem dar explicações de qualquer tipo» diz o TVI24, citando fontes espanholas. É, tudo o indica, mais mais um passo para perpetuar o império, enquanto a China  se vai posicionando para ser o poder imperial do futuro.

Por cá Mário Soares mostra-se incomodado quando lhe perguntam pelo ex-amigo Manuel Alegre. De ex-amigos está Soares cheio, principalmente quando ameaçam fazer-lhe sombra. Salgado Zenha, onde que que esteja, deve sentir-se reconfortado com a justiça que o tempo lhe vai fazendo. Já Pedro Passos Coelho diz que não sente necessidade de provar que tem ideias. O lançamento de um livro, as entrevistas em que se desdobra, os almoços com blogues, etc. provam isso mesmo. Volta, Pinóquio, estás perdoado.

Ainda por cá, Portugal e o euro podem vir a divorciar-se. Se me enviarem uma lista de divórcio acho que não me apetece contribuir. Enfim, se insistirem muito, junto alguns amigos gestores e subscrevemos uma apólice de seguro para um ou dois carros do estado. É que o seguro, ao que se diz, morreu de velho.

De boa, dizem por aí, escapou Liedson que já trocou hoje umas bolas com o resto da equipa. Bolas? As bolas de Beckham são falsas ou retocadas? Algodão, diz uma apresentadora italiana. Ora bolas!!!

 

Haiti ou a hipocrisia americana

 

Como é relativamente longo, retirei de um texto de Eduardo Galeano apenas estes três parágrafos, os quais me parecem oportunos nestes dias de profunda hipocrisia. A sua transcrição isolada não me parece desvirtuar o sentido do texto.

 Os Estados Unidos invadiram o Haiti em 1915 e governaram o país até
1934. Retiraram-se quando conseguiram os seus dois objectivos: cobrar
as dívidas do City Bank e abolir o artigo constitucional que proibia
vender plantações aos estrangeiros. Então Robert Lansing, secretário
de Estado, justificou a longa e feroz ocupação militar explicando que
a raça negra é incapaz de governar-se a si própria, que tem “uma
tendência inerente à vida selvagem e uma incapacidade física de
civilização”. [Read more…]

O que se diz por aí

Após o jogo com o Mafra, terá havido confronto físico entre Sá Pinto e Liedson no balneário, com murros á mistura. Entretanto o preço parece ter sido a demissão de Sá Pinto e eventual castigo a Liedson. Sá Pinto volta aos velhos tempos, a lembrar a selecção nacional e Artur Jorge. É de leão!
Do Haiti, vão chegando notícias díspares, desde resgates com sucesso, passando por expulsão de jornalistas no aeroporto por banda dos norte-americanos, até ao desespero de muitos haitianos e a evasão por mar rumo aos EUA.
Por cá, fala-se em redução acentuada do preço das chamadas telefónicas . A ver vamos em que é que isso se traduz em euros a cada um de nós.
Os condutores podem trocar a carta nos CTT. Para evitar a imobilização em filas no Instituto da Mobilidade e Transportes Terrestres.
Nesta praça global, parece que já há escutas do processo “Apito Dourado” disponíveis na Internet, tendo sido anunciada a sua disponibilidade no Youtube.
Também é noticiado que a embaixada espanhola em Portugal estaria a ser usada por rede mafiosa, segundo a “Operação Trufas Odesa” – que mais nomes irão inventar para operações de investigação criminal?!
Por fim, continuam os sinais de que em Portugal não há aumento de criminalidade violenta. Isto dos juízes quererem aulas de tiro deve ser apenas uma questão de enriquecimento curricular. Vamos ver daqui a uns tempos se os magistrados serão tão exigentes com os seus pares como são com os agentes policiais ou os cidadãos habilitados quando recorrem a armas de fogo para sua defesa pessoal.

No Haiti o jornalista é notícia…

Eu a pensar que o jornalista se tinha atirado para debaixo de um prédio para salvar alguem, ou na confusão de gente infeliz, ter levado uma surra ou, enfim, um episódio dignificante que justifica-se a notícia de o jornalista ter ido parar ao hospital. Mas não, partiu um pé e deu uma cabeçada num muro a fugir depois de ver o hotel a abanar.

Estes jornalistas são uns pândegos de morrer a rir, consideram-se uma classe à parte, são conhecidos, aparecem na televisão, gente do mundo numa palavra. Correm para o Haiti aos montes e mostram-nos aos montes as mesmas imagens, mortos, edificios destruídos, gente cheia de pó branco, com um ar de fantasma, os únicos que estão frescos como uma alface são os jornalistas, banhinho tomado no hotel, microfone em punho a dizer-nos que houve um terramoto e há uma grande destruição.

Quando da cobertura da Guerra do Golfo os nossos intrépidos jornalistas apareciam de capacete na cabeça, a centenas de Kms da frente de batalha, a darem-nos notícia do que tinham lido nos jornais ingleses do dia anterior. Mas o capacete dava um ar do caraças, o homem estava mesmo lá, onde “está a notícia”!

E se estes senhores em vez de andarem ali a prejudicar quem trabalha, quem mete as “mãos na massa” , se ajudassem e admitissem que dia após dia nada têm para dizer ?

Larguem o microfone, as câmaras de filmar e ajudem,  enviem uma vez por dia uma “notícia” : esta destruição, estas mortes, têm a ver com a miséria a que foram votados os Haitianos pelos mesmos que agora “às pinguinhas” enviam umas quantas garrafas de água e uns pacotes de bolachas!

E, porra, quando se partirem partam alguma coisa que se veja!

Absolutamente!

A lição do Haiti

Capitais macrocéfalas, em cima de falhas tectónicas são de evitar.
Portanto, está na hora de começar a evacuar Lisboa.

Por Gabriel Silva no Blasfémias

O que se diz por aí

Já passou um ano desde que Barack Obama foi eleito. Há quem veja mudança, há quem veja continuidade. Parece-me que dentro dos EUA há uma mudança em curso, desde logo em sede de assistência social e médica. Quanto a políticas externas, vejo mais dinheiro para a guerra – Afeganistão e Iraque incluídos – sem resultados, uma prisão em Guantánamo que se mantém, e por aí fora. Pelo menos tiros continuam a não faltar em terras do Tio Sam. Lá nisso a tradição ainda é o que era.
Também o futuro do Haiti, que vive redobrados momentos de aflição, poderá ser uma oportunidade para ver diferenças de fundo, se as houver, da eleição de Obama.
Faria de Oliveira traçou o perfil dos interessados no BPN. Pelos traços, será mais um banco a ficar em mãos estrangeiras, depois do dinheiro público lhe ter dado um bom arranjo. Mas as melhorias ainda não vão ficar por aqui, pois ainda haverá uns ajustes para tornar o BPN mais apetecível, pois desta venda depende o reembolso da Caixa, estando para já afastado o cenário de integração do BPN.
Nas Grandes Opções do Plano, entre outras medidas, comenta-se a possibilidade dos portugueses de votar em qualquer ponto do país. Eu preferia que as opções e políticas governativas, de agora e do futuro, dessem antes de mais, vontade em ir votar.

Haiti: última hora

A natureza continua furiosa por terras do Haiti, agora foi um sismo de 6.1…

Última Hora: Treinador do benfica no Haiti

Segundo notícia do i, Jesus chegou ao Haiti.

É mais uma falta que o benfas sofre…

A excelência na Blogosfera nacional!

“A pornografia televisiva em redor do Haiti vai no mesmo sentido. Eduardo Pitta fala do assunto — e bem. De um milhão, o número de vítimas passa a meio milhão; de meio milhão está agora em 50 mil, mas há quem avance 200 mil. Mas ajuda-ajuda-ajuda, vê-se pouco”. – uma posta fantástica, como sempre, de FJV no seu A Origem das Espécies.

Provavelmente, o melhor blog nacional “a solo”. Os seus “cantinho do hooligan” são melhores que ler A Bola, o Record e O Jogo por junto!

O Haiti visto pela tv

Como tenho a vontade de ver televisão desligada não tenho visto o Haiti. O Luís Januário viu:

Não há, nas redacções das televisões nem nas Associações médicas, quem recorde que não exibir o sofrimento alheio é o princípio de toda a compaixão.

O que se diz por aí

Depois do mau tempo, más notícias continuam a chegar dos Açores, enquanto prossegue a trágica contabilidade do Haiti, onde urge estancar a onda de violência pelo caos reinante.
No país da liberdade, uma mulher foi despedida por mostrar os seios a duas colegas e amigas do trabalho. Mais uma vítima do falatório e, possivelmente, da inveja.
Cavaco Silva irá na Segunda-feira visitar os agricultores da zona Oeste para lhes dar uma palavra de esperança e de ânimo, o que sempre ajuda a esperar pelas ajudas financeiras.
Entretanto o PS descredibiliza uma candidatura de Manuel Alegre às presidenciais, ao contrário do Bloco de Esquerda . Parece que Manuel Alegre ainda não percebeu que sendo tão convicto republicano, ou avança ou não avança. Ou está à espera de mais uma vaga de fundo partidária, para dar a vitória a Cavaco Silva?
Quem quiser ir assistir ao Mundial de Futebol, o melhor é levar uma tenda de campismo.
Por fim, o Governo já tem mais um argumento para construir um novo aeroporto fora de Lisboa.

Haiti:

Para garantir que a ajuda continua a chegar sem problemas, os EUA assumiram o controlo do aeroporto de Port-au-Prince, onde a cada 20 minutos aterra um avião e para onde partiu esta tarde um C-130 português. Apesar deste fluxo contínuo de ajuda que continua a chegar ao Haiti de muitos países do mundo, toda a ajuda parece ficar aquém das necessidades da população“. (O testemunho de uma portuguesa).

Espero que tudo o que se está a fazer no Haiti possa ajudar as vítimas e a reconstrução deste país mas, notícias como ESTA são reveladoras da natureza de algumas pessoas…

Sans Port, sans Prince

Do Haiti pouco se conhece mundo fora. Correm dichotes acerca daquela primeira-dama fanática por visons e que para vaidosamente se passear pelos corredores do agora destruído palácio presidencial, mantinha o ar condicionado à temperatura mínima, enregelando serviçais e visitantes. Do Haiti recordamos todos a República do clã Duvalier, onde o Papa Doc foi sucedido pelo não menos excêntrico Baby Doc, o estremecido filhote de todas as aleivosias possíveis e imaginárias. Quando do Haiti se falava, ribombava a ruidosa granizada de gargalhadas a propósito de crendices em mortos-vivos, o voodoo de todos os terrores ou na mais positiva das hipóteses, nos longínquos ecos do sr. Toussaint L’ouverture, o glorioso escravo que venceu Napoleão.

Terra dos Tonton Macoute – literalmente, os “bicho-papão” -, este pequeno país que com a Rep. Dominicana partilha a antiga Ilha Hispaniola, já não existe há muito tempo. Desespera no confinamento que a geografia lhe impõe como mortal armadilha. Poucos recursos, exiguidade física, Estado semi-anárquico onde campeia a prepotência exploradora, a iliteracia e a corrupção mais desbragada, que relega para a insignificância, qualquer saga mafiosa digna de filme de terceiro escalão.

[Read more…]

O que eles dizem

A catástrofe do Haiti continua a fazer primeiras páginas em todo o mundo. O Aventar disponibiliza os dados da AMI na barra direita para quem queira solidarizar-se.

José Eduardo dos Santos perpetua-se na Presidência, diz o Público . Já sabíamos, mas serve para alertar os muitíssimo distraídos.

Sócrates diz que o governo não quer aumentar impostos. Só não diz que quer baixar direitos, reformas e negociatas com dinheiros públicos. Também não disse se, quando sair do governo, também espera ser condecorado. Santana ri-se.

Portugal à beira de entrar no top 10 de assistências – na Europa – aos jogos de futebol. Alguém se esqueceu de avisar os adeptos do União de Leiria e do Beira-Mar, por exemplo.

Godinho condenado por furto de carris no Tua. Levanta-se aqui uma dúvida: o homem andava a oferecer robalos de água doce?

Há sempre um parvo que quer ser mais parvo do que os maiores parvos. Este televangelista já conseguiu muitas vezes.

Fabricio Estrada : Haiti, a metade sinistra*

Perante o desastre quase total que assola o Haiti, apenas nos podemos interrogar como pode um país chegar a este nível de destruição, sem a mínima capacidade de resposta no interior do seu território.

A história do Haiti constitui quase uma «vida paralela» relativamente à das Honduras. O Furacão Mitch pôs a nu a fragilidade da nossa estrutura de prevenção, colocando-nos  numa situação de mendicidade internacional, já que se aceitaram as honestas e humanitárias demonstrações de solidariedade.

A mendicidade a que me refiro, levou o Governo de Ricardo Maduro a executar  um lanço semelhante ao que costuma verificar-se nos leilões, com o objectivo de, fosse como fosse, o país entrasse  no clube dos «Países Altamente Endividados» (PPAE, HIPC, usando as siglas imperialistas). Segundo parece, as Honduras cumpriram o programa de pagamentos, sendo-lhes aliviada a dívida, mas, entretanto, as exigências do FMI, no que respeita ao «saneamento fiscal», conferiram à Empresa Privada um poder total sobre os regulamentos estatais, sob o signo infamante da ineficácia governamental. [Read more…]

Delírios e realidades numa sexta-feira

No Ionline afirma-se que os salários reais na função pública aumentaram 150% nos últimos 30 anos. Sou funcionário público há quase tanto tempo como isso e aconselho o sr. Luís Reis Ribeiro a não fumar enquanto escreve: o salário nominal até subiu isso, o real nem nas pense. O eufemismo “dados da Comissão Europeia” serve para enganar quem? Mostre lá os números. João Ferreira Amaral aproveita para sugerir mais despedimentos na função pública para conter as despesas. E subcontratar privados, é não é?

Como o delírio quando nasce é para todos António Mendonça acha que o TGV vai transformar Lisboa numa praia de Madrid. A campanha vai ter início com o lançamento deste vídeo em plena capital castelhana.

No Haiti nem os mortos se contam, com eles se bloqueiam estradas, e como não podia deixar de ser temos portugueses no local: Ana Estrada narra o que viveu. No Aventar vamos tratar deste assunto hoje. Com o cuidado de não confundir solidariedade com aquela tendência mórbida para espiolhar a miséria alheia.

Haiti: Vale da Sombra da Morte


Nesta terça (11), a devastação assolou o Haiti. Deixou lacunas ao partir famílias e corações. Dentre as possíveis centenas de vítimas do terremoto, há quem chora a perda. Prantos são feitos. Lamentações, ditas. A fragilidade humana exposta, está amostra para que se veja o que se foi. Do pó, reduzidos às cinzas.

A morte é uma violência. Ela rompe com um ciclo de expectativa, de sonhos e de realizações. Em fração de segundos, um futuro, pensado para o distante, é interrompido sumariamente. Incompreensível e injusta, ela – a morte – possui ferrão doloroso cheio de veneno e provoca feridas excrucitantes.

Esses momentos de catástrofe demonstram que só a solidariedade vinda de um coração fraterno é o refúgio onde podem ser abrigadas as lágrimas de almas quebradas. Há 6 anos, um tsunami varreu o Oceano Índico. Milhares se foram. O sentimento aterrorizante de impotência é desesperador. E ainda assim, a morte jamais fica saciada.

Lá, na América Central, não morreram haitianos ou cidadãos de quaisquer outras nacionalidades, morreram pessoas. Morreu gente como nós: pais, mães, irmãos, irmãs, filhas, filhos, tios, tias, avós,avôs , trabalhadores, estudantes, empresários, mendigos, ricos, viúvos, solteiros, casados… Morreu, ali, um pouco de cada um de nós. Uma parte da humanidade.

CHICO JUNIOR
Chico Junior é brasileiro, graduado em jornalismo e em teologia, autor do blog Polipensamento

Haiti, hoje

haiti_1401 

Hoje, Haiti. Um homem caminha de forma cuidadosa por entre corpos amontoados à porta da morgue de Port-au-Prince. Imagem de JUAN BARRETO/AFP/Getty Images, no Big Picture.

O que se diz por aí

Para quem quer ajudar as vítimas do sismo no Haiti pode informar-se aqui.
Parece que o aluno que alvejou um colega, num externato em Braga está em casa “por razões psicológicas”. Já o seu colega não está em casa por razões físicas.
Até agora a questão anda à volta do adolescente, mas interessa apurar a origem da arma e possível irresponsabilidades de adultos.
Ainda o filme “Avatar” a ser dado como causador de uma onda de depressão. Parece que já temos mais uma pandemia. Fala-se em “Desejos de Pandora”, o que para muitos maridos e namorados deve ser preocupante pois devem estar já com medo que as respectivas exijam colares, peças e anéis da Pandora. Um bilhete de cinema pode ficar bem caro.
De Espanha, pelos vistos, nem bom vento, nem bom casamento, nem boa água . Há muito que se fala nos incumprimentos espanhóis na reposição dos caudais, mas parece que se trata de um problema de “comunicação”. Estava em crer que Sócrates falava de telemóvel com Zapatero. Até acho que vi isso na televisão…

O que se diz por aí

No Haiti, a ajuda humanitária passou a ser a grande preocupação, com com corpos empilhados nas ruas, urge assegurar a saúde pública. De Portugal vai seguir a AMI, e um pouco por todo o mundo seguem auxílios. Mas é já mais do que tempo de começar a ouvir os especialistas para evitar mais catástrofes no futuro. A ciência humana deve ser de todos e para todos.
Por cá o mau tempo continua a fazer das suas e são já dez distritos em alerta, tudo a norte e centro do país. Pelo menos em em Gaia já fez das suas. A malta aguenta…
Também é notícia que em Palmela um café foi assaltado à mão armada e levaram tabaco e a máquina registadora. Vamos lá ver: à mão armada tinha de ser, pois não iam conseguir os seus intentos doutra maneira pois as pessoas ainda não se habituaram a serem assaltadas. Se nós colaborássemos, tudo seria mais pacífico.
Entretanto o Governo vai começar a negociar com a Oposição a viabilização do Orçamento do Estado. Sabemos que estas coisas resolvem-se por telefone, em “encontros informais” e conversas de corredor, mas protocolo é protocolo.