O sketch humorístico de Pedro Marques Lopes

No Eixo do Mal, Pedro Marques Lopes afirmou que o futebol é uma indústria onde há rigor.

A corrupção, os negócios manhosos e ruinosos, os clubes maioritariamente em falência técnica e a promiscuidade com a política e a justiça serão, em princípio, fruto da nossa imaginação.

Rigor é, de facto, a palavra certa.

Se foi sketch humorístico – fiquei com essa sensação – teve a sua piada.

Elon Musk, Twitter e liberdade de expressão: a desconstrução de uma fraude

Remake

Nos anos 80, uma garrafa vazia de Coca-Cola forneceu o argumento para “os Deuses devem estar loucos”, enorme êxito de bilheteira, em exibição durante várias semanas.

Em 2022, uma lata de atum “Bom Petisco”, parece estar a fornecer outro argumento, apenas falta perceber se para um filme tuga ou episódio de qualquer CSI.

Notas sobre a agressão de Will Smith a Chris Rock

Sobre o caso da agressão de Will Smith a Chris Rock, porque é exactamente disso que se trata, de uma agressão, tenho sete coisas para vos dizer, sem nenhuma ordem especial. Aqui vão elas:

1) A liberdade de expressão é um pilar das democracias. Uma agressão é um crime. E ainda bem que é assim;

2) Quando ouço ou leio alguma coisa que não me agrada (e falo por experiência), por muito ofensivo que considere essas palavras, mesmo que me sejam dirigidas, não tenho legitimidade para bater no seu autor. Tenho, isso sim, a possibilidade de agir judicialmente contra essa pessoa. Somos seres civilizados, da polis, não macacos a lutar por bananas na selva;

3) Posso, ainda assim, armar-me em macaco e bater numa pessoa que diz ou escreve sobre mim coisas que me insultam. Cabe ao Estado e ao poder judicial pôr-me na linha. No caso em questão, presumo que as autoridades norte-americanas tenham todas as provas necessárias para fazer justiça. Espero que a façam. Um exemplo destes, vindo de uma figura pública que é um role model para milhões, não deve ser tolerado;

4) Will Smith podia estar a ter um dia mau, a passar por uma fase complicada, agravada até pela doença da esposa, e ter-se deixado levar pelas emoções mais primárias. Afinal, ele é um ser humano como qualquer um de nós e, como nós, comete erros. Não contem comigo para o catalogar como monstro por um acto isolado. Mais ainda quando é sabido que o próprio Will Smith viveu na pele o drama da violência doméstica, ainda criança. Tal não retira gravidade à atitude em si, mas as coisas nem sempre são tão claras como aparentam ser e o contexto é sempre importante;

5) Os limites do humor não são as nossas convicções nem a nossa sensibilidade para assuntos mais ou menos delicados. É a lei. Não foi Chris Rock que passou dos limites. Foi Will Smith;

6) Não são os limites do humor, a prioridade desta discussão. É a violência e a sua normalização enquanto método legítimo, que não é. Porque hoje é uma chapada por causa de uma piada sobre alopécia, amanhã poderá ser porrada por qualquer outra piada que incomode cada indivíduo na sua existência. E quem diz piada diz convicção social, fé religiosa ou ideologia política. Não somos Putins nem Xi Jinpings. Ou pelo menos não deveríamos ser;

7) Não haver um segurança que levasse Will Smith para fora do local da cerimónia dos Óscares diz tudo o que precisamos de perceber sobre o privilégio das elites. Will sobe ao palco, agride o apresentador, volta para o seu lugar, senta-se e fica ali, sereno, como se nada fosse, a aguardar pela sua estatueta. Qualquer um de vós que fizesse o mesmo numa cerimónia idêntica ia direitinho para a esquadra mais próxima;

Era isto. Continuação de uma boa tarde!

Putin e vinho verde. E Ricardo Araújo Pereira…

Fazer humor em tempos de guerra, uma guerra televisionada e alvo de discussão emotiva, extremada e ininterrupta, vigiada por aspirantes a censor do Tribunal do Santo Ofício, é um exercício exigente, arriscado e corajoso. Ricardo Araújo Pereira fê-lo hoje, de forma genial, naquele que foi, para mim, um dos melhores episódios de Isto é Gozar com quem Trabalha. Quem tem uma equipa daquelas e um artista como o Insónias em Carvão a sacar estas obras de arte, para não falar no imenso talento do RAP, não tem muito como falhar. Hoje brilhou.

Jair Belzebu

BS

Na foto temos Jair Bolsonaro, com a expressão de quem acaba de ser exorcizado por um bispo da IURD, prestes a expelir Belzebu. Ou será Belzebu, encarnando o Messias da extrema-direita evangélico-militar, a tentar vomitar o Bolsonaro que o possuiu? Na dúvida, alguém lhe traga um copo de água do rio Jordão, benzida certificada pelo Edir Macedo. Em princípio, resolve-se o problema de um dos demónios, ficando “apenas” o problema do Brasil por resolver.

Parabéns, Ricardo Araújo Pereira!

Hoje, um dos meus ídolos que mais me inspira está de parabéns. Por isso mesmo, deixo-vos com o Ricardo na sua versão mais genuína.

A arte de lavar as mãos

E “filho da puta” pode ser?

As línguas estão cheias de passado e o passado, já se sabe, nem sempre é um país recomendável. Há por lá uns crimes de sangue, resquícios de colonialismo, racismo com o rabo de fora, disputas antigas entre bisavós que perduram nos bisnetos, antigos insultos com prazo de validade indefinido.

O passado europeu, sendo alegadamente branco, tem um lado negro.

(Cá está: negro, mau, terrível. Será só uma tradicional questão de trevas, mas não faltará quem, correctamente político, se insurja, a lembrar que há a cor da pele de quem se pode sentir ofendido)

Não nos iludamos: a culpa do homem branco tem razões fundas, porque, sob a capa da civilização que levou a outros mundos, houve e há violências várias, desculpáveis ou desculpadas com o contexto, com a cultura do tempo. Nada disso nos deve tolher algum horror (porque um acto histórico pode ser estudado, compreendido e revoltante), como também não nos pode levar a uma culpabilidade eterna, a fazer lembrar o cordeiro que pagou pela água que o avô teria sujado. [Read more…]

Melania Trump e Cristiano Ronaldo

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Na Eslovénia, pátria de emigrante Melania Trump, um fã da ex-modelo decidiu usar a sua motosserra para homenagear a primeira dama dos Estados Unidos com esta bela representação. O autor do primeiro busto de Cristiano Ronaldo no aeroporto do Funchal que se cuide.

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Humor e liberdade


A decisão anunciada pelo New York Times de pôr fim à publicação de “cartoons políticos” é provavelmente o melhor indicador do estado geral de indigência a que chegou a democracia norte-americana sob a gestão de Donald Trump.

Na origem desta atitude está a publicação, em Abril passado, de um desenho de António – porventura o artista gráfico português mais conhecido e reconhecido internacionalmente – satirizando a relação subserviente do presidente dos EUA para com o primeiro-ministro de Israel. [Read more…]

Parabéns, pré-históricos

Alexandre, 12 anos

Há dez anos nasceu um blogue chamado Aventar. A sério? Um blogue? Já ninguém usa isso. Já ninguém se lembra do que isso é,  sequer. Vocês deviam ter um canal no Youtube ou uma conta no Instagram, mas pronto – SEM S! -, o blogue lá nasceu e as pessoas foram-se juntando como na União Europeia, só que nesta União Europeia ninguém paga a ninguém (ah, isso é que era bom, mais um eurito de semanada…) Mas atenção que isto também tem vantagens, oh não é só desvantagens, aqui não há nenhuma Teresa (acho eu) nascida em maio a chatear-nos o juízo com BREXIT para aqui BREXIT para acolá, um bocado como as bolas da árvore de Natal. [Read more…]

Actual

Quando irá o prof. Marcelo receber Rui Pinto e anunciar que Portugal tem o melhor hacker do mundo?

I want to BREXIT

O impensável aconteceu: André Ventura lidera coligação de direita com partidos de esquerda

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Segundo o Expresso, André Ventura lidera uma coligação às eleições europeias entre o partido que criou – na esperança de se transformar no líder da alt-right portuguesa, se é que isso existe – o PPM e o PPV/CDC, que, tanto quanto pude apurar, é uma página extremamente divertida que partilha pensamentos profundos como:

Estou aqui a pensar no Maduro, na Catarina, no Jerónimo, no Costa & C.a. (são todos farinha do mesmo saco).

ou

Saiba porque os mulçumanos vão dominar o mundo. Preparem-se! A mordamia ocidental acabará em breve. A não ser por intervenção divina.

sendo que este último é da autoria do Padre Augusto Bezerra, que, ao que tudo indica, também se dedica ao humor. [Read more…]

Ajuda aos desempregados…

Jair Bolsonaro fashion

Um retrato da nossa sociedade…

Na mouche…

É um facto…

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Se fosse possível…

Vitória de Setúbal ganha com facilidade ao Belenenses

É uma vergonha! Esta vitória deveria ter sido do Benfica, como estava combinado! E a Federação não faz nada?

O Carvão

O John Oliver é um “englishman in New York“.
Não é nem jornalista nem sociólogo nem economista mas consegue antever o futuro da indústria do carvão nos EUA, um futuro de declínio iniciado… há décadas.
Por mais que Egocêntrico Cabeludo  Trump jure que sim, que vai criar postos de trabalho nas minas de carvão, a verdade é que isso é virtualmente impossível de acontecer, tanto porque a mineração a céu aberto gasta muito menos mão-de-obra como também porque o gás natural e as energias renováveis têm conquistado o seu quinhão no mercado.

Podem um humorista e o humor serem mais assertivos que os burocratas? Ora bem…

Pensos Higiénicos de Fátima

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Depois do consolador dildo de cristal, do ar abençoado em lata e das garrafinhas de água, chegou agora o momento dos lenços de papel Renova.
São os pensos higiénicos são a seguir?

Inimigo Público? Não…TVI24

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(Via página de facebook de Miguel A. Pinto)

Feliz Páscoa


Não esqueçam que “Deus é Humor“.
É importante.

Mais um grande artigo de opinião do Observador

O Observador publicou mais um memorável artigo de opinião, desta feita da autoria de Maria João Marques. Este é tão bom que entrou diretamente para o Top 3 de grandes artigos de opinião daquele respeitável órgão de comunicação social. Em primeiro lugar continua o artigo de João Marques de Almeida sobre o fim do Bloco de Esquerda. Em segundo está Alexandre Homem Cristo com um artigo sobre o aquecimento global datado de 2014, contudo este tem vindo a ameaçar a liderança de João Marques de Almeida à medida que os dados científicos vão saindo ano após ano. Há uma coisa comum aos artigos de Marques de Almeida e de Homem Cristo: um dia ambos terão razão. Nem que seja daqui a 5 mil milhões de anos quando o Sol terminar o seu ciclo de vida. Ah não, não vai nada terminar, Deus é que manda no Universo, que cabeça a minha, tsk, tsk.

 

O futebol ama a dor: apontamentos humorísticos e solidários

[André Camandro]

Fala-se tão pouco do futebol amador. Quanto a mim, é injusto que mereça tão pouca atenção de todos nós, como dos média, que persistem em ignorá-lo, quase como se de certas modalidades profissionais, como o atletismo ou o hóquei em patins se tratasse. Como disse, não é justo. Todos nós, os futebolistas amadores, mereceríamos certamente mais. Se não podemos competir com os profissionais no talento, ou no ordenado (no fundo, em quase nada), resta sempre algo em que, vou imodestamente assumi-lo, somos iguais: as lesões.

É verdade. Falo de lesões tão graves que nos mantêm longos meses afastados dos relvados. É o único plano, geralmente horizontal, em que podemos competir com Maradona. Claro que é uma vantagem, quando isto acontece, não termos um contrato ou um ordenado a perder. Mas não chega. Os danos morais são enormes, e atingem famílias inteiras. É para vos falar de uma dessas lesões, e do drama que se lhe seguiu, que escrevi estas linhas. No fundo, é uma homenagem. Ao amadorismo, à falta de talento, à inépcia pura, mas também à paixão, que poderia comparar à de um qualquer Garrincha. [Read more…]

Ich komme aus Boliqueime

[André Camandro]

Os alemães, diz-se, não têm sentido de humor. Os alemães e, claro, Cavaco Silva. Isto não deve levar alguém muito distraído à infeliz dedução de que este país foi durante anos desgovernado por um alemão. Ou que Boliqueime fica algures nos arredores de Munique.

Os alemães, repito, não têm sentido de humor. Começa na língua. Arranha e mesmo fere-nos os ouvidos e a sensibilidade. Como os alemães falam maioritariamente Alemão, as excepções a esta regra são efectivamente muito poucas.

Claro que se trata de uma língua muito rica, tal como a cultura. Não passará pela cabeça de ninguém denegrir a literatura alemã, por exemplo. Ou os filósofos alemães. Ou a sua música. Bach, é sabido, deixou-nos sonetos maravilhosos.

Aquela gente é simplesmente muito séria para pensar em rir, por exemplo, quando está a trabalhar. Isso perfaz muitas horas num dia. Como também não é de crer que riam quando estão a dormir, mesmo aqueles que falam durante o sono, resta-lhes relativamente pouco tempo para gracejos. [Read more…]

Braga comemora a Inauguração

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Em que outra cidade portuguesa se inauguram placas comemorativas de uma inauguração?
Bem-vindos a Braga!

Passos prefere Coelho a Cristas

Gostos não se discutem, como sabemos, mas tudo pode ter tido a ver com uma questão de a busca de uma fé mais leal e, se assim não fora, que seria do amarelo!
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