O novo speaker da câmara dos representantes, Mike “MAGA” Johnson, é um nacionalista cristão. Em 2019 afirmou “Não queremos estar em democracia”. Pragmático.
Kevin McCarthy, os Republicanos e o extremismo de direita
Kevin McCarthy é membro do Partido Republicano. É-o, aliás, há muitos anos e uma figura reconhecida na política norte-americana.
McCarthy era o líder da Câmara dos Representantes. Quando foi eleito, afirmou que não iria entrar no jogo das teorias das conspiração que a ala de extrema-direita dos republicanos tentava – e tenta – jogar para conseguir reinar. Afirmou que ia cumprir com responsabilidade o papel que o cargo que ocupou exigia, aceitando o governo do Partido Democrata. Tais posições fizeram dele, na altura, a “nova ovelha-negra da família” republicana.
Insultado por essas redes sociais afora, ridicularizado, alvo, também ele, de teorias da conspiração nascidas no seio do seu próprio partido, Mccarthy não teve trabalho fácil. O que culmina, agora, com a sua destituição como líder da Câmara dos Representantes. Ora, quem é que detém a maioria dos deputados nesta mesma câmara? O seu partido. E é o seu partido que, através da purga, consegue destituir o líder da Câmara.
Se dúvidas ainda houver, espero que fiquem esclarecidas: o alvo e os inimigos da extrema-direita, seja esta a dos Estados Unidos, a da Península Ibérica, a dos anos 40 do século passado, a dos húngaros e polacos ou a dos sul-americanos, não são apenas os “esquerdistas, os socialistas e comunistas, os progressistas e os social-democratas”, mas sim todo e qualquer democrata, da esquerda à direita, que ouse não se alinhar com a narrativa extremista e aparentemente hegemónica da nova – que é velha – direita radical a nível mundial.
E por que é que isto acontece? Porque os primeiros adversários da extrema-direita são os democratas que, à direita, recusam o chavão do “se não os consegues vencer, junta-te a eles”. Por isso, a extrema-direita tem como primeiro plano corroer a direita a partir de dentro, quer através da invenção de cavalos de Tróia que ostracizem a tal direita democrática, quer pelo medo, “obrigando” essa direita a coligar-se com eles para conseguir manter o poder (comendo-a por completo, mal surge a oportunidade).
O fenómeno de Trump não começou nem acaba nos Estados Unidos. Começou nos anos 20 do século XX, quando os italianos “inventaram” o fascismo. O resto é História. Aprende com ela quem quiser.
Extrema-direita republicana derruba Kevin McCarthy, também republicano
o trumpismo apresentou a moção, os Democratas deram-lhes a mão. Em princípio é o próximo estágio da simbiose PS-CH, versão USA.
Preso no armário
Randy Boehning, membro republicano da Câmara dos Representantes conhecido pelo conservadorismo e hostilidade aos homossexuais, é afinal um gay preso no armário que exibe o membro Grindr. Inferno com o gajo and God bless America.
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