Quando o dinheiro fala: o Mundial no Catar

“Catar exige à FIFA que proíba venda de cerveja nos estádios do Mundial”.

O Mundial de futebol que vai ter início no Catar este mês, está, desde o início, envolto em polémica.

Corrupção, escravatura no século XXI à boa maneira dos séculos passados, atropelos de quase todos os Direitos Humanos – as acusações são muitas, legítimas e fidedignas. E, ao contrário da narrativa vigente, as queixas não surgiram “só agora”. Há meses e anos que muitos activistas, em especial a Amnistia Internacional, alertam para o pontapé com força que o Catar dá nos Direitos Humanos… e muitos destes foram parar ao Terceiro Anel, isto é, estão lá soterrados em cimento. Já quanto à Amnistia, é risível ver que quando denunciou os abusos da entente de Putin na Ucrânia, todos aplaudiram; depois, a Amnistia apontou também o dedo à Ucrânia e a maioria fez “boooo”. Por fim, esses arautos descobriram também que a Amnistia defende que Israel impõe um Apartheid aos palestinianos e que acha que o Catar é um Estado construído sobre o sangue de escravos e afinal a Amnistia não presta e está do lado do mal. 

O Mundial de futebol de 2022 está, antes do começo, manchado de sangue. A única opção, a mais corajosa, seria, de forma concertada, que as Selecções apuradas não se fizessem representar. Ou, em contra-partida, se se fizessem representar, que tivessem, quando muito, a coragem e o brio de se manifestarem de alguma forma. A Selecção da Dinamarca foi uma das que decidiu, nas suas camisolas, fazer alusão à barbárie que é este Mundial. Consequência? Foram proibidos de as usar pela FIFA, para não ferir a susceptibilidade dos senhores representantes do Catar. E o que fez a Dinamarca? Assentiu de pronto, sem mais, com medo de perder o lugar… e os dólares pichados a sangue e petróleo.

A sociedade civil e a opinião pública, essas sim, acordaram tarde, ao contrário de muitas organizações não-governamentais e associações de activistas. Sabia-se, desde os primórdios, que o Catar não respeitava os Direitos Humanos, não respeita os trabalhadores, não respeita as mulheres, não respeita os homossexuais… mas não nos tirem a cerveja! Até porque, fomos aconselhados ontem pelo senhor Presidente da República portuguesa: “ah e tal, tudo bem os Direitos Humanos e coiso… mas e o golo do João Mário?!”. Disso ninguém fala! São quatrocentos casos de pedofilia na Igreja e seis mil e quinhentas mortes na construção de estádios de futebol no Catar… tudo coisa pouca para quem é tão popularucho. 

Talvez assim, sem álcool, muitos dos que não vêem quaisquer problemas com a realização deste Mundial, se insurjam contra a fantochada que é este “evento desportivo” que tem de tudo, menos a ver com desporto.

Quando há muito dinheiro à mistura, fala mais o pedaço de papel do que a carne do Humano.

Deus gosta de todas as pessoas

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Iguais e diferentes, Deus gosta de todas. © Paróquia de São Mateus – Anglicanos

Pacquiao obrigado a retratar-se publicamente

Segundo o jornal I, o pugilista Manny Pacquiao «foi obrigado a retratar-se publicamente», depois de ter comparado «homossexuais a animais».

Contudo, como podemos verificar, «retratar-se publicamente» não constituirá qualquer obrigação para Pacquiao. Antes pelo contrário. Eis alguns exemplos: [Read more…]

Fundamentalismo Cristão

No video em cima podemos ver uma troglodita que, sendo chefe da secretaria de um tribunal do Kentucky, se recusa a passar uma licença matrimonial a um casal homossexual, algo recorrente por aqueles lados apesar da união entre homossexuais ser legal naquele estado norte-americano. O Supremo Tribunal de Justiça já se pronunciou contra a decisão de Kim Davis, a troglodita, mas esta optou por ignorar o aviso e continua sem emitir qualquer licença.

Questionada sobre quem lhe dá autoridade para ignorar a lei e recusar-se a emitir a dita licença, a troglodita afirma estar investida da autoridade de Deus, que com certeza lhe terá falado durante a sua última alucinação. Mesmo assim, esta coisa chefia uma repartição pública apesar das legítimas dúvidas sobre se dispõe ou não de um cérebro. A diferença este isto e um troglodita que se enche de explosivos e rebenta com um mercado em Bagdad é que a troglodita em questão não tem acesso/não sabe fabricar bombas. Ela que arranje C-4 e vocês logo vêm o que ela faz com a próxima parada gay que apanhar pela frente.

 

Preso no armário

Randy Boehning, membro republicano da Câmara dos Representantes conhecido pelo conservadorismo e hostilidade aos homossexuais, é afinal um gay preso no armário que exibe o membro Grindr. Inferno com o gajo and God bless America.

O Papa Francisco anda a abusar da liberdade de expressão

Papa refere-se aos casamentos entre pessoas do mesmo sexo como “ameaças à família” e uma deterioração do “plano de Deus para a criação”.

Como saltam os armários

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O CDS mete-me nojo e causa-me escândalo moral. A hipocrisia de um Partido Político que é liderado por um homossexual mas que vota a favor da continuidade da discriminação de famílias e da orfandade forçada de crianças ultrapassa a minha capacidade de verbalização”, escreveu Carlos Reis no seu perfil de Facebook. O mesmo responsável também criticou a segunda figura do Estado Português. “Também me causa repulsa o papel ignóbil da Presidente Assunção Esteves: uma lésbica não poderia hoje recusar-se a participar naquela votação”, refere a propósito da parlamentar eleita pelas listas do PSD e agora presidente da Assembleia da República.

É uma citação. Acho que cada um sabe da sua vida privada, e coerência com ela, ou da utilização do Facebook como conversa privada ou não, limito-me (de forma assumidamente oportunista) a citar. Porque a atitude política de tantos deputados mete mesmo nojo e nisto nem há direita nem esquerda, muito menos centro: mero oportunismo político fazendo broche e minete em simultâneo à instituição e seus devotos que ainda sonham podê-los salvar, sempre a santa madre igreja. E com essa todo o meu oportunismo tem 100 anos de perdão.

Co-adopção: Verdades que doem

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Por muito que custe à Maria Teixeira Alves, a quem nunca entregaria as milhas filhas para adopção – antes a mil casais de homossexuais do que a gente deste calibre.

Vamos todos entregar crianças a casais homossexuais

Tenho 2 filhas bebés, lindas. Espero que não venham a ficar órfãs enquanto são pequeninas. Se por algum azar ficassem, família e amigos seriam os primeiros a chegar-se à frente.
Mas de uma coisa tenho a certeza. Se não houvesse ninguém disponível e a solução fosse a adopção por estranhos (a institucionalização nunca), preferia mil vezes que fossem entregues a um casal homossexual (masculino ou feminino) do que à Maria Teresa Alves e ao seu marido.
No fundo, compreendo os medos da senhora, inculcada que tem sido dos fantasmas da homossexualidade pelo beatério de que certamente faz parte. Da mesma forma que compreendo a posição de Luis Villas-Boas, do Refúgio Aboim Ascenção. A ele, interessa-lhe ter um exército de institucionalizados. No fundo, é o seu ganha-pão.
No meio disto tudo, uma palavra para a maturidade democrática revelada pelo Parlamento e pela sociedade portuguesa em geral, que não dá um pataco por toda esta polémica. As suas maiores preocupações são outras e o facto de casais de homossexuais poderem vir a co-adoptar não é certamente uma delas.

Gays Podem Casar Mas Não Entre Eles

No que toca ao casamento, em França, não há discriminação dos homossexuais.

País está a discutir o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Vitória na AR contra a discriminação na questão das doações de sangue

  Hoje no Parlamento ,graças a uma importante iniciativa do Bloco de Esquerda,conseguiu-se com o apoio de toda a esquerda,incluido o PS, uma importante vitória anti discriminação,na questão da doação  do sangue  de homens que fazem sexo com outros homens.O critério de análise, vai mudar,e vai deixar de ser “grupos de risco”,mas “comportamentos de risco”,como devia ser há muito tempo e sempre defendi.Mais um preconceito homofóbico que se salta.Parabéns ao Bloco , à sua bancada parlamentar,e ao dr.João Semedo!

"Primeiro-ministro rejeita adopção de crianças por casais homossexuais"

Segundo nos relata a TVI24/IOL, afinal de contas o que o PS quer é acabar com uma discriminação e manter outra, ou seja os homossexuais podem casar, mas depois de casados não podem adoptar.

Este PS está cada vez mais vanguardista…

Referendo

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SIM OU NÃO
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Quase noventa e uma mil pessoas querem que haja um referendo. São esses, pelo menos, os números avançados dos que assinaram uma petição que amanhã vai ser entregue na Assembleia da República.
Querem que os Portugueses digam se querem, ou se aceitam, ou se desejam que, se duas pessoas do mesmo sexo se juntarem, a essa união se possa chamar casamento.
Acho bem, essa coisa do referendo. Sempre ficamos a saber o que, na realidade, os Portugueses pensam, e não, exclusivamente, o que alguns dizem que todos pensamos.
Por mim, pode chamar-se o que muito bem entenderem, desde que não seja casamento. É um termo que gostaria de ver relacionado exclusivamente a uniões entre seres de sexo diferente.
De resto, estes senhores e senhoras, podem e devem ter todas as benesses e direitos e garantias que desejam.
E, mainada!

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Os homossexuais já se retratavam nos quartos de dormir (?) de 1540

Volto agora de Villa Cicogna-Mozzoni e vou a caminho de um jantar com amigos. Amanhã contarei uma história com História dentro.

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Hoje, deixo apenas estas fotografias de um fresco num quarto de Villa Cicogna, que foi referida aqui, desta forma:

La villa è stata definita come una delle più celebri dimore di delizie (morada de delícias, jardim de delícias).

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Comportamentos homossexuais tratáveis?

Desde 1973 que várias instituições internacionais desaconselham tratamentos para a reconversão da homossexualidade, que não é uma doença e, portanto, não é “tratável.”

Mas há homossexuais que não estão “de bem” com a sua sexualidade ou com a sua orientação sexual e, portanto, podem e devem pedir ajuda.

A homossexualidade é um assunto muito complexo, tem a ver com a “identidade” o que afasta a possibilidade de tratamento.

Mas há pessoas, que não sendo homossexuais, têm comportamentos homossexuais, resultantes de uma personalidade ainda em formação ou de “depressões” ou outras doenças subliminares que os levam a comportamentos desviantes, mesmo de outra natureza, como sociais.

Nestes casos os médicos tendem para se disponibilizar para ajudar, embora não ignorando que a homossexualidade sendo inerente à “identidade”, não é reconvertível.

Embora, o Aventar já tenha tido aqui boas discussões sobre o tema, veio agora à luz um relatório que aponta para a possibilidade de existência de outras orientações de comportamento sexual, que podem e devem ser tratadas.

O que defendo, antes e agora, é que qualquer pessoa que sinta necessidade de ser ajudada, deve procurar ajuda, médica, religiosa…

Pedir e obter ajuda é um direito do ser humano e os comportamentos sexuais não devem constituir excepção.

O casamento «gay» na Constituição da República

Pois bem, meu caro Luis, vamos a factos.
O artigo 13.º da Constituição da República Portuguesa, «Princípio da Igualdade», refere expressamente, no seu ponto 2, que «ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.»
Por sua vez, o artigo 36.º, «Família, casamento e filiação», refere expressamente, no seu ponto 1, que «Todos têm o direito de constituir família e de contrair casamento em condições de plena igualdade.» Não há qualquer referência na Constituição, nem nesse ponto nem em qualquer outro do articulado, que mencione a expressão «sexos diferentes».
O artigo 1556.º do Código Civil, esse sim, refere expressamente que o casamento é «o contrato celebrado entre duas pessoas de sexo diferente».
Ora, como sabes, a Constituição tem um valor mais alto do que o Código Civil. E todas as normas deste têm de respeitar a Lei fundamental do país, algo que não está a acontecer. Mudando-se esse artigo do Código Civil, fica tudo como manda a Constituição.
Não são opiniões, são factos.

Adopção por casais «gay»: Uma discriminação inaceitável

O Governo acaba de aprovar uma proposta de lei que permitirá o casamento entre pessoas do mesmo sexo. No entanto, ao arrepio das normas constitucionais, considera que há casais de primeira e casais de segunda em Portugal: os casais de primeira são constituídos por duas pessoas de sexo diferente e podem adoptar crianças; os casais de segunda são constituídos por duas pessoas do mesmo sexo e não podem adoptar.
Concordo, obviamente, com a adopção por parte dos casais «gay». As crianças ficam tão bem entregues como se o fossem a um casal heterossexual. Mas não é isso que está em questão. Estou apenas a falar de Justiça e, em última instância, de Constitucionalidade. Dizendo a Constituição que não pode haver discriminações a este nível, esta legislação, a ser aprovada pelo Parlamento, vai colocar casais que são iguais em tudo perante a Lei mas que, afinal, não têm os mesmos direitos. Contrariando aquilo que, no fundo, os nossos Tribunais já fazem no dia-a-dia, ou seja, entregar a guarda de crianças a pais que vivem em uniões de facto com pessoas do mesmo sexo.
Trata-se, pois, de uma discriminação intolerável. E de uma inconstitucionalidade. E as inconstitucionalidades são para ser removidas, como, penso, acontecerá muito em breve.
E ver que os apoiantes da causa «gay» andam todos contentes por serem discriminados perante a Lei…

O Sporting não vai à bola como os homossesuais

O Sporting colocou no mercado uma promoção, a "Gamebox Duo", que só pode ser comprada por casais heterossexuais. É interdito a essas modernices de casais homossexuais. Esses, em primeiro lugar, não devem gostar de futebol e, mesmo que gostem, que comprem os bilhetes comuns.

 

As normas de acesso à promoção contemplam apenas "dois sócios do sexo oposto" e a "obrigatoriedade de serem Homem e Mulher". Não devem valer travestis, embora o normativo não seja esclarecedor.

 

Ao jornal i o presidente da Opus Gay, António Serzedelo, referiu não perceber como é que em pleno século XXI, “um grande clube como o Sporting, que terá seguramente sócios homossexuais, pode fazer uma discriminação insultuosa como esta".

 

Um dirigente do Sporting esclareceu, para que não haja confusões, que esta é “uma campanha para mulheres e não para casais". Esclarecidos, pois.

Daqui se assume que um casal de lésbicas, homossexuais, portanto, pode comprar a Gamebox Duo. Já um casal masculino não, porque não tem mulheres. Ah, perdão, afinal o gajedo que se arma em macho não pode comprar, também. As normas indicam “dois sócios do sexo oposto”. Um Maria e um Manel. Dois Maneis nem pensar, duas Marias também não. Não vá essa malta desatar aos beijos e outras porcarias na bancada e distrair os restantes espectadores do belo jogo praticado pelos 22 machos que andam atrás da bola, no relvado.

 

O Sporting, clube de elite, de famílias bem, não brinca com as coisas das famílias tradicionais e não vai à bola com paneleirices como os casais do mesmo sexo. É de leão. Alfa, claro.

A Izilda Pegado ainda me faz mudar de opinião

Os movimentos que lutaram contra o aborto já estão em campo, o que é uma péssima notícia para quem, estando contra, não vê nesta questão uma cruzada contra seja quem for. Com a discussão tento perceber e dar a perceber.

 

Mas a discussão vai no adro, e o Bispo D. Jorge Ortiga foi taxativo: "determinadas concepções de igualdade pretendem sublinhar a diferença natural entre o homem e a mulher como irrelevante e propõem a uniformidade de todos os indivíduos como se fossem sexualmente indeferenciados, com a consequência inevitável de considerar os comportamentos e orientações sexuais equivalentes."

 

Aqui, o Bispo coloca a tónica na diferença entre relações homossexuais e heterossexuais e deduz-se que as segundas são naturais e as primeiras não. Julgo que esta discussão está ultrapassada, as relações são as que cada um pode ter e não há mais nada a fazer do que aceitar as preferências dos outros.

 

Entretanto, foi criada a Plataforma Cidadania e Casamento, que já ouviu vários constitucionalistas e que vai lutar pelo referendo, que visa impedir a aprovação do casamento entre homosexuais.

 

Izilda Pegado diz que a Plataforma "não é contra a homossexualidade mas contra o casamento entre eles" e que a seguir vem "a adopção por casais do mesmo sexo".

 

O MEP – Movimento Esperança Portugal tambem vai tomar posição contra.

 

O Presidente da ILGA diz que "o referendo não faz sentido nenhum, não é mais que uma táctica para atrasar o casamento e atrasar a igualdade e que esta questão "não poderá ser referendada já que se trata de uma maioria a decidir sobre os direitos de uma minoria" o que em democracia é uma afirmação assaz estranha, já que a decisão da maioria é um princípio basilar democrático.

 

Mas aqui no Aventar todos temos direito às nossas razões e aqui ficam argumentos de um lado e outro para melhor discutirmos.

 

Sem preconceitos de nenhum dos lados, claro está!