O Tribunal da Relação de Lisboa considerou ilegais os serviços mínimos impostos aos professores na greve às avaliações do final do ano lectivo anterior. Já se sabia que a medida era insensata e antipedagógica, só faltava confirmar a ilegalidade.
O Paulo Guinote, o Rui Cardoso e o Alexandre Henriques já comentaram.
O que terá a dizer o Ministro da Educação, na qualidade de responsável por uma medida ilegal e contrária ao respeito por toda a comunidade educativa? Se o da Defesa se demitiu por causa de umas armas que não fez desaparecer, o que deveria acontecer a um ministro que é responsável por ter ido contra a lei?
O que terão a dizer os sindicatos e os professores que andaram a brincar às greves, em nome de nada?
O que terão a dizer os professores que aceitaram participar em conselhos de turma ilegítimos?
O que terão a dizer os pais e encarregados de educação que permitem que, desde 2005. os governos destruam um dos pilares de qualquer país civilizado?
A palavra, a palavra justa, sensata, humanista, é de ouro. O silêncio é lixo. A maior parte das palavras, de resto, também. Acho que não me apetece beijar-te, Portugal.
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