O Novo Estado de Passos Coelho

foi anunciado em 2010, no livro Mudar – em que também anunciou «a missão histórica» que agora entrega aos portugueses, apelando a que se deixem de partidarites. Cumprindo esse desígnio, nas eleições que ganhou abstiveram-se mais de quatro milhões de eleitores. Era só para lembrar.

Declaração de voto

São duas as razões que me levam a escrever apenas hoje este post. Em primeiro lugar porque considero absurdo a existência de um dia de reflexão, mesmo que continue indeciso sobre o destino que darei amanhã ao meu voto. Felizmente que os blogues não estão obrigados a cumprir tal disparate. À semelhança das Presidenciais, a vontade é mesmo não ir votar, só que amanhã tenho a possibilidade de contribuir para que Portugal se veja livre do híbrido, mistura de Pinóquio e Calimero que nos conduziu até aqui durante os últimos 6 anos, alheado da realidade, apostando num modelo de desenvolvimento baseado no investimento público, que enriqueceu apenas as construtoras do regime, possibilitou lucros aos Bancos e parasitou o Estado de boys and girls. [Read more…]

As sondagens das legislativas 2011

Fica aqui o apanhado das diversas sondagens das legislativas 2011.

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Quem escreve assim…

Sócrates é um actor que trocou o ponto pelo teleponto. Mas isso não seria demasiado defeito se ele fosse um democrata. Se respeitasse os limites do combate, as regras que fizeram do PS um bastião da liberdade. Herdeiro da ética da esquerda não dogmática, o homem busca o totalitário. O Povo? Sócrates só se respeita a si e à sua cuidada imagem. Vê o poder como fim que vale todos os meios.

Caído este chefe, o PS atravessará o deserto redentor e Sócrates poderá passar de caso de política a caso de polícia.

Octávio Ribeiro no CM

O Regresso à Democracia

Domingo é um dia há muito aguardado. E não é, apenas, porque vamos assistir ao fim do governo que mais mal fez ao nosso País, mas, acima de tudo, porque a Democracia volta a ser mais translúcida.

Nos últimos anos os valores da comunicação política desceram para níveis inenarráveis. À pergunta “vale a pena mentir”, a resposta tem sido, invariavelmente, “sempre”. E na base deste paradigma está a assumpção quase pública de uma tese petulante que, pessoalmente, me repugna: o eleitorado é burro e come tudo.

Até domingo valia o engano, a dissimulação e o estratégico silêncio. Até domingo valia acusar os outros por aquilo que era nossa responsabilidade. Até domingo valiam as promessas vagas e fraudulentas. Até domingo valia transformar os insucessos em solicitações de aplausos e elogios. A partir de domingo, nada disto será permitido. As pessoas passarão a exigir (e espero eu, a ter) a verdade e a transparência.

No domingo a escolha nunca foi tão fácil e óbvia. De um lado temos aqueles que insistem em nada dizer acerca daquilo que pretendem fazer. Aqueles que se apresentaram a eleições, não com um programa verdadeiro, efectivo e exequível, mas, apenas, com uma mera declaração de intenções que pode ser, posteriormente, metamorfoseada e pela qual se não sentem, minimamente, comprometidos. Aqueles que apostaram num pântano ideológico que lhes permite agradarem a “gregos e troianos”, ainda e sempre, sob a premissa que o eleitorado “come tudo”.

Do outro, temos alguém que prescindiu de uma máquina de comunicação castradora e preferiu a sinceridade e a transparência. Alguém que arriscou tudo e disse sem rodeios e sem evasivas, exactamente o que iria fazer. Alguém que, aos olhos de muita gente, deu “tiros no pé” que mais não foram que as consequências da absoluta honestidade intelectual. Alguém que falou de esperança, não como uma “bacoca” forma de animação eleitoral, mas como manifestação de uma sentida fé na capacidade dos Portugueses e de Portugal.

Por isso eu e uma mole de Portugueses, no domingo, vamos votar Pedro Passos Coelho. E com isso, vamos fazer regressar a Democracia à sua forma mais pura. Sem rodeios, sem “spins” e sem perversões. Porque assim vale e valerá a pena.

 

Um simples postalito para o nosso “packardemrodagem”:

Aquela cor de fundo é suspeita: