Fim à ocupação. Justiça para Shireen.

Fotografias: MAYO

Algumas centenas de pessoas juntaram-se ontem no Rossio, em Lisboa, para condenar a ocupação de Israel na Palestina.

Os manifestantes lembraram também a ‘Nakba’, palavra árabe para ‘Catástrofe’, agora que passam 74 anos da criação do Estado de Israel, pondo assim em concretização o projecto sionista. Mais de 700.000 palestinianos foram forçados a deixar as suas casas e o seu país e a refugiarem-se, outros mantêm-se nos colonatos ilegais que Israel ergueu nos territórios palestinianos, onde sofrem atrocidades diárias. Hoje, estima-se que existam cerca de 7 milhões de refugiados palestinianos, uns alojados em campos de concentração, outros espalhados pelo mundo.

Na semana passada as forças armadas israelitas assassinaram a jornalista palestino-americana da Aljazeera, Shireen Abu Akleh, com um tiro na cabeça.

A manifestação contou com a presença de representantes do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista Português, associações e vários activistas da causa palestiniana, assim como a comunidade palestiniana em Lisboa.

#freepalestine

🇵🇸

Lisboa, 2022

Israel invade Mesquita de Al-Aqsa

Há poucas horas, mais um ataque israelita ao povo palestiniano.

Numa altura do ano em que os muçulmanos assinalam e celebram o ramadão, forças israelitas invadiram a Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém Este, onde centenas de palestinianos rezavam. O ataque, violento e indiscriminado, não poupou quem na Mesquita se encontrasse: mulheres, adolescentes, crianças.

Para já, contam-se 150 palestinianos feridos. Desde Quarta-feira, as forças de Israel mataram sete palestinianos.

É urgente travar a agressão israelita. É urgente parar com o extermínio de palestinianos. É urgente sancionar Israel e acabar com este regime de Apartheid.

De Kyiv a Gaza: a Palestina vencerá! 

Fotografia: MAYO.

De Kyiv a Jenin: abaixo a ocupação!

Fourth Palestinian dies after being shot by Israeli soldiers

Em menos de dois dias, as forças armadas israelitas mataram quatro palestinianos. Entre as vítimas mortais estão um adolescente (17 anos) e uma mãe, viúva, que deixa dois filhos órfãos (é provável que estes, como muitos outros, acabem integrados no exército israelita, depois de uma profícua lavagem cerebral). O apartheid israelita na Palestina e a ocupação ilegal tem de acabar. Israel tem de ser responsabilizado pelos crimes que vai cometendo livremente.

Aproveitando o caos na Ucrânia, legitimado tanto por Putin como por Zelensky, Israel voltou a atacar: em menos de 24h matou quatro pessoas, indiscriminadamente. A ocupação israelita nas terras da Palestina dura há mais de setenta anos. E nem as resoluções que dizem “Israel está a impor um apartheid e a cometer crimes de guerra” os param. Nem isso, nem ninguém, porque, aparentemente, há ocupações boas e ocupações más.

A ONU já reagiu. Pede “contenção”. Contenção, imagino, será matar apenas dois em vez de quatro de uma vez. Imagino eu. Pedir contenção não é suficiente. Imaginamos Putin aceder aos “pedidos de contenção” na invasão à Ucrânia? Tenho outra ideia não-peregrina: que tal impor sanções à economia israelita?

Quem olhar para o que a Federação Russa está a fazer na Ucrânia e depois olhe com seriedade para o que Israel está a fazer na Palestina, só pode escolher um lado: o lado do povo ocupado. O lado do povo ucraniano, o lado do povo da Palestina. Neste caso, a Rússia só invadiu… para ocupar. Israel já invadiu e já ocupou. As sanções à Rússia são tão legítimas como seriam as sanções a Israel. Mas por que razão uma ocupação é boa (Israel na Palestina) e uma ocupação é má (Rússia na Ucrânia)? Não vos sei responder, pois quem defende a ocupada Ucrânia mas depois defende o ocupador Israel, só pode ser mentecapto ou, em última instância, troglodita. Como não me enquadro em nenhum dos dois, deixo para que alguns comentadores o justifiquem.

O assassinato aleatório de palestinianos continuará. A ocupação israelita não parará. Israel não descansará enquanto não exterminar todo o sentimento e a identidade palestiniana. A solidariedade de quem se diz do lado da paz… bem, essa está reservada só para alguns. Espero que, tal como a Ucrânia tem direito à sua defesa, os palestinianos se consigam defender com o que têm à mão: escombros. Pode não magoar muito, mas se acertar num tanque israelita já será positivo. Defendam-se, nunca se rendam, o dia chegará:

Palestina vencerá!

Fotografia: AFP

Do nojo

Quando há uns meses escalou, de novo, a guerra na Palestina, com a agressão israelita a ser, novamente, de uma violência inqualificável, aqueles que pediam o boicote à economia de Israel, devo lembrar-vos, foram apelidados de anti-semitas.

Há uns meses, pedir o boicote à economia de um país agressor, instalado em regime de Apartheid noutro país soberano, que lança Rockets todos os dias por sobre civis, que mata velhos, mulheres e crianças, indiscriminadamente, era, se bem vos lembro, “anti-semitismo”. Óbvio que não era, mas foi a desculpa que alguns de vocês arranjaram, sem se aperceberem que anti-semitas são vocês.

Era só para vos lembrar do vosso duplo critério e da vossa total falta de noção. Bom Domingo.

Dia Internacional da Solidariedade com o povo da Palestina

Assinala-se todos os anos, aos vinte e nove dias do mês de Novembro, o Dia Internacional de Solidariedade com o povo da Palestina.

Diz que ainda é preciso, porque os palestinianos continuam a ser mortos pelo imperialismo israelita, apoiado pelos EUA, ou quê.

Fotografia: MAYO

Neste dia, deixo uma recomendação. Five Broken Cameras, um olhar cru, bem de perto, do conflito israelo-palestiniano. Aqui fica:

Vira o disco… e toca o mesmo: A Sinfonia dos Rockets e o Fascismo Israelita

«Wa-ching
(That’s the sound of the sword goin’ in)
Clack-clack, clack-a-clang clang
(That’s the sound of the gun goin’ bang-bang)
Tukka-tuk, tuk, tuk, tuk-tukka
(That’s the sound of the drone button pusher)
Shh, shh, shh
(That’s the sound of the children tooker)»

O som da espada, o som da bala, o som dos drones. O som daquele que entra e leva as crianças.

Esta noite, mais duas crianças foram mortas às mãos do exército de Israel.

Israel voltou a bombardear a Faixa de Gaza, depois de ter assumido o cessar fogo. Com a convulsão política israelita, com a troca de um liberal-fascista por um ultra-liberal-fascista no lugar de primeiro-ministro e com os milhares de milhões de euros oferecidos pelos Estados Unidos da América, uma certeza há a reter: Israel não vai parar enquanto não tiver dizimado todas as vidas palestinianas.

Duas crianças assassinadas pelo exército israelita na vila de Beta.

Em Israel não é considerado crime de guerra a morte de civis, de forma indiscriminada, se estes forem palestinianos. É, por contrário, incentivada. [Read more…]