Em Israel, onde o extremismo nacionalista e religioso vai grassando cada vez mais na sociedade, a extrema-direita voltou a ganhar as eleições, com o antigo Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a ser novamente eleito, depois de ter sido afastado por conta das suspeitas de corrupção que sobre ele caíram.
Digo “voltou” porque Netanyahu foi afastado do poder por Naftali Bennett, líder do também extremista de direita New Right (aquele que um dia disse já ter matado muitos árabes e não ver mal algum nisso). Agora, coligado com partidos ultra-ortodoxos e de extrema-direita, Netanyahu regressa ao poder para continuar com os projectos sionistas que se mantêm há mais de setenta anos.
Israel, enquanto país, desde a sua criação até hoje, nunca foi sobre o Holocausto e nunca foi sobre o sofrimento do povo judeu às mãos dos tiranos nazis. Foi, sim, desde sempre, um projecto imperialista, tendo por base a religião e as atrocidades cometidas pelos alemães, apoiado pelos EUA e pela Comunidade Internacional, para que o Médio Oriente tivesse, no seu âmago, um aliado poderoso dos interesses Ocidentais chefiados pelo Tio Sam.
E a prova disso é a eleição consecutiva de partidos e políticos de extrema-direita, num país que usa o Holocausto como arma de arremesso a cada crime que comete. Sabendo que, historicamente, o povo semita sofreu às mãos da extrema-direita, é tempo de pararem de jogar a carta do Holocausto, até porque:
1 – nem todos os israelitas são judeus ou sionistas;
2 – nem todos os judeus são israelitas ou sionistas.
A extinção da Palestina e do povo palestiniano, quer através da luta armada e da imposição de um Apartheid já condenado pela Amnistia Internacional, quer através da expulsão de milhares de palestinianos das suas casas e da sua terra, continuará em força, com Israel a impor o terror em casa alheia com o apoio de norte-americanos e europeus. Não é de admirar, portanto, a afirmação de Netanyahu, há uns anos, em que dizia não temer que o mundo se virasse contra Israel por conta do Apartheid, porque “temos os EUA do nosso lado”.
Na separação entre ”os nossos filhos da puta” e “os filhos da puta dos outros”, sabemos bem quem são os filhos da puta que apoiam o terror sionista.

Fotografia retirada de Encyclopedia Britannica.
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