« Em lugar de acusarem Costa por ter feito aquilo que disse que ia fazer

– terminar com “o arco da governação” – e apresentar uma alternativa, seria talvez mais instrutivo interrogarem-se sobre o seguinte: porque é que perdemos a maioria absoluta que tínhamos, mesmo concorrendo juntos?»
[Argumentos e falácias, António Pinho Vargas]

Um Governo do lado do povo

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Le peuple des pauvres (JF Favre 2008)

Não creio estar a exagerar se disser que os últimos quatro anos foram os piores de todos desde que sou portuguesa. Piores para o povo, que vi fenecer, entristecer, partir, ser privado dos seus direitos humanos e constitucionais, destruído nos seus mais legítimos anseios, numa devastação que não julgava possível à acção política em democracia no decurso de uma só legislatura.

Incontáveis vezes escrevi sobre nós, meu povo, atingido por essa política com inaudita agressividade e revoltante indiferença por parte dos governantes. Escrevi sobre suicídios, sobre a desolação que passou a ser o cenário de todas as ruas de Portugal, sobre a indignação que bem vi a crescer-te no peito, sobre os mais pobres dos pobres, sobre o desinvestimento público na Educação, sobre a desigualdade na Europa, sobre as divisões da esquerda, também. Escrevi uma peça de teatro chamada Partir. Escrevi muito sobre a Europa. Traduzi o livro de Thomas Piketty sobre a desigualdade O capital no século XXI. E, tal como comecei a dizer em 2013, António Costa is the man. Acompanhado por outros homens e mulheres que finalmente compreenderam a que ponto era urgente começar a reverter a destruição. [Read more…]

À sueca

Márcio Alves Candoso

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Assim ‘no escuro’, como se diz em alguns jogos de cartas, aposto que Cavaco Silva vai dar posse, com mais ou menos reacções vagais, ao Governo liderado por António Costa. Eu confesso que ‘pago para ver’ – hoje estou numa de jogo -, mas não poderá ser de outra maneira. E porquê?

Porque o Governo NÃO integra membros daqueles dois-partidos-que-a-gente-não-o-diz-o-nome. Essa terá sido a condição de Cavaco Silva para não pôr entraves à coisa – sem ‘virar a mesa’, portanto. Até porque, das forças que apoiam o Governo, quem mais perde com a ausência de PCP e BE é o PS. O que será uma pequena consolação para o refugiado de Belém, na altura de ter de engolir o sapo inovador, que é alcandorar ao poder um Governo de…. enfim, de esquerda. [Read more…]

No que depende do PCP, o Governo da direita cai já na terça-feira

Comité Central viabiliza politicamente um Governo do PS com o apoio do PCP.
[TVI24]

Carta Aberta a Francisco Assis

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«Caro Francisco Assis,

Como sabes o distrito da Guarda foi o único distrito onde o António José Seguro venceu.
Eu, como tantos companheiros, lutámos pela vitória de António José Seguro e atingimos os objetivos a que nos propusemos, mas foi um resultado muito curto e António Costa venceu e, sobretudo, venceu a Democracia. A partir desse momento e perante os resultados inquestionáveis o nosso líder passou a ser António Costa.
Tu foste sempre apoiante de António Costa e, como tal, nunca lhe regateaste elogios quer sobre as suas qualidades quer sobre a experiência política que tanto lhe reconhecias. Durante a campanha eleitoral para estas legislativas, tu próprio te insurgias contra o desgoverno que a coligação da direita trouxe ao nosso país, ou seja: mais pobreza, mais desemprego, mais emigração, mais desigualdade e mais dívida, sem resolver qualquer problema da nossa Pátria. Por conseguinte, participaste na campanha eleitoral, apoiando o secretário-geral, sem reservas e de forma incondicional, mas certamente distraído não registaste o facto do António Costa ter afirmado, com algum estrondo e significativo impacto, durante a campanha eleitoral, que não viabilizaria o orçamento da coligação.
Pois tens andado seriamente esquecido e deve ser ter sido do queijo da Serra que comeste aqui no distrito durante a campanha eleitoral, [Read more…]

“Manda o bom-senso e a História”

que Cavaco Silva indigite Passos (Santana Lopes, um “modesto comentador” na SIC-N).
Contra-argumento #5.
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Aritmética para desentendidos

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