A demagogia demográfica

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Inventou-se um alvoroço porque os portugueses não se reproduzem, fodem mas não fazem, causa garantida para um Portugal em velhos, reformados para os quais teremos de trabalhar.

Não fodessem por abstinência, ou houvesse uma epidemia de infertilidades, era um problema.

O que temos é demagogia demográfica, investigada e publicada pela fundação Pingo Doce que por enquanto não pretende vender preservativos furados, e agora tomado como imperativo nacional pelo PSD, tipo esqueçam que agravámos todas as causas, estamos muito preocupados com as consequências.

Inventar dramas é compulsivo entre os praticantes da doutrina do choque, os que provocam não lhes chegam. O da quebra da natalidade e consequente envelhecimento da população é um bom exemplo, perfeitamente explicável e que a direita, responsável principal, decidiu transformar em catástrofe para vender contas poupança reforma.

Há uma quebra na natalidade? um crescimento da esperança de vida logo envelhecimento da população? Há, mas tem meio século: [Read more…]

A população de portugal diminue, como também amar

 

Longe de mim alarmar a população de Portugal. Mas as estatísticas reveladas hoje pela imprensa dizem que a população de Portugal começa a diminuir. Há três motivos, no meu ver: o primeiro, a falta de futuro dentro do país: o segundo, não há dinheiro para comer, menos ainda para pagar um parto e alimentar mais uma boca, finalmente, essa falta de futuro leva o povo a emigrar, especialmente os profissionais mais novos que não têm colocação em sítio nenhum. A licença pela que tanto lutaram é

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Não é analfabetismo, é pior ainda

Ricardo, aluno meu que no 12º ano de História fosse colocado perante este gráfico e sendo-lhe pedida uma leitura do mesmo concluísse que “O problema da crise actual não é a redução da população empregada” tinha um zero, já que nesse nível não tenho por hábito pontuar a fantasia. É claro que a hipótese é absurda porque nunca colocaria um gráfico destes à frente de quem quer que fosse sem conhecer a sua fonte original e portanto lhe pudesse acrescentar os dados com que foi calculado.

Esses dados são relevantes precisamente porque aqui se mostra a percentagem de pessoas empregadas nos EUA e não o número absoluto de empregados (ou de desempregados). É que em História (território onde me assiste alguma coisa que o meu negócio não é a Economia) e numa série longa os valores absolutos podem variar. Em História Económica e Social há que ter em conta a evolução da variável social. Explicando-me melhor: não posso saber, só com este gráfico, se foi calculado tendo em conta: [Read more…]

O capitalismo é reformável?

Copenhaga levanta muitas questões, uma delas é esta. A que título as geraçõess vindouras e os povos que ainda não alcançaram o bem estar, estarão preocupados com este sistema, que se mostra injusto, poluente, mas o único que cria riqueza acumulável?

O que se vê é que as gerações jovens consomem muito mais do que a minha geração, o que não impede que todos estejam a favor do ambiente, contra a destruição do planeta.

A verdade é que, ou há alguem capaz de renunciar ao consumo, a este nível de consumo, ou então a saída é o sistema, destruindo, ser capaz de inventar formulas e conceitos que só o desenvolvimento da tecnologia e da ciência permitem. Acabamos com o desenvolvimento assente no petróleo, por esgotamento deste, mas a tecnologia das pilhas, por exemplo, permite manter o modo de vida com vantagens ambientais. Mas antes da existência das pilhas ninguem acredite que os automóveis vão deixar de entrar todos os dias na cidade.

Aqui não funciona o altruísmo nem a solidariedade, funciona o consumo e o bem estar, por isso, não vale a pena fazer de conta que o problema é do sistema.

Mas, por outro lado, coloca-se a questão. Mas, então, o capitalismo é a fase final do desenvolvimento da Humanidade? Está tudo inventado com o capitalismo? Não há formulas alternativas mais justas e mais equilibradas social e sustentavelmente?

O que está á frente dos nossos olhos em Copenhaga, como já todos perceberam, é os países que estão acomodados a guardar o seu quinhão, e os países em vias de desenvolvimento a precisarem de poluir mais para chegarem aos níveis de bem estar que a sua população exige!

E a verdade é que não se vê alternativa, a não ser talvez, o bom senso! Nós todos, os que poluem mais deixar de poluir tanto, para que outros possam poluir um bocado. É isto, uma saída sustentável? Não é! A população que espera a sua vez é muito mais numerosa que a que goza previlégios de bem estar. É a tecnologia e a ciência que irão abrir novos caminhos sustentáveis e menos poluentes?

Ao fim de todos estes anos de procura de novos sistemas de produção e repartição, onde estão as alternativas?