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SIM OU NÃO
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Querem que os Portugueses digam se querem, ou se aceitam, ou se desejam que, se duas pessoas do mesmo sexo se juntarem, a essa união se possa chamar casamento.
Acho bem, essa coisa do referendo. Sempre ficamos a saber o que, na realidade, os Portugueses pensam, e não, exclusivamente, o que alguns dizem que todos pensamos.
Por mim, pode chamar-se o que muito bem entenderem, desde que não seja casamento. É um termo que gostaria de ver relacionado exclusivamente a uniões entre seres de sexo diferente.
De resto, estes senhores e senhoras, podem e devem ter todas as benesses e direitos e garantias que desejam.
E, mainada!
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Exactamente o que penso, tambem.
A situação podia ter sido facilmente resolvida pela Direita, quando Guterres levou as uniões de facto ao Parlamento. Se não fosse tão tacanha, percebia qual era a tendência que já se manifestava na Europa. Mais, tinha-se colocado na confortável posição de avançada, alargando as ditas uniões a toda a gente, sem ninguém excluir. Foi exactamente isso que disse a deputados da Direita, há alguns anos. Acharam que tinha razão, até porque satisfariam MUITA GENTE do seu próprio eleitorado, bases e … dirigentes.
Agora, parece-me tarde demais e vão ter de engolir o sapo inteiro. Após a aprovação da lei, será má política revolver as coisas, mesmo que S. Bento venha a apresentar outra maioria política daqui a uns tempos.
O que verdadeiramente interessa é a substância das coisas e não a forma. Mas em Portugal, liga-se demais às aparências, “para inglês ver”. É isso que tento sempre fazer ver, mesmo quanto à questão da forma do regime. O que interessa é a viabilidade das coisas, sob um ponto de vista racional, económico, etc. Tudo o mais são preconceitos.