O caso da professora de Espinho que viu uma aula sua gravada por uma aluna que facultou a gravação à comunicação social resultou numa suspensão de 6 meses à professora e no arquivamento do processo à aluna.
Sobre os processos não me posso pronunciar, por razões óbvias. Sobre a gravação integral, e não a montagem ranhosa que passou nas televisões, posso, uma vez que a escutei no DN. A montagem retirava do contexto frases que mudavam de sentido. Explicar a alunos do sétimo ano as peculiaridades da sexualidade entre gregos e romanos pode não estar expressamente no programa de História, mas se é uma infracção agradecia que em coerência acabassem desde já com a educação sexual nas escolas.
Também sugeria à Inspecção Geral da Educação que fosse muito clara sobre o arquivamento do processo instaurado à aluna. É lícito um aluno gravar uma aula sem conhecimento dos presentes? É que se é convém saber, e penso que todos os professores devem passar a gravar eles próprios as suas aulas, já que em caso de se repetir uma montagem manipulada sempre têm um recurso para se defenderem, se é que há defesa possível.
Resta saber se num caso mediatizado da forma como este foi e usado politicamente pelas centrais de comunicação do governo haveria outra solução possível, fora do recurso aos tribunais que se vai seguir.
Não se entende que a aluna não seja castigada por estar a gravar a aula para a oferecer à Comunicação Social…
em apenas uma semana temos dois bons exemplos de como se educam os jovens
Era uma aluna do sétimo ano que fez o que lhe mandaram. Quem lhe deu as instruções é que não pode ficar impune.