Vigília pelo Serviço Público de Televisão

Os trabalhadores da RTP avançaram, mas o dever de participação é, fundamentalmente, um dever de cidadania. A RTP não é de quem lá trabalha. É de todos nós.rtp_porto

Não está aqui em causa o programa A ou B – a decisão de retirar a Praça da Alegria do centro de produção do Monte da Virgem é mais um prego que este Governo pretende colocar na RTP e em particular no serviço público de televisão que é feito a norte.

Até para mim, que sempre votei contra a regionalização e que não gosto nada do discurso careta dos pobres e explorados do Norte, começo a achar que é hora de dizer basta!

Já escrevi sobre a RTP e não me parece que neste momento seja necessário acrescentar seja o que for.

Fica apenas o convite – amanhã, 5ª feira, 19h apareça em frente à RTP, ali pertinho do Monte da Virgem.

Se vier de Metro, poderá sair em Santo Ovídio e caminhar 5 minutos. Se vier de carro, sugiro que siga, nas Auto-Estradas, as indicações para o Hospital de Gaia e depois de estar no hospital, mais uns metros e está na RTP.

5ª, às 19h!

Nota: a imagem é do Nuno Sousa.

Comments

  1. maria celeste ramos says:

    Estes governantes não páram – devem estar exaustos – até têm “olheiras” ai ai aiiiiiiiiiiiiiiiii iiiiiiiiiiiiiiiiiii ai ai ai a nossa melhor previsão é de 5% do PIB diz o senhor das olheiras – PC e PS indignam-se pois que o déficit orçamental não é 5% (depois de vender ANA +++ e pode não ser validada pela eurostat
    Mas Passos foi à caça de ajuda à turquia moderna de AtaturK e Portas foi à caça de petrodollarsno Kuwait – e eu vou pagar as viagens e sei lá que mais – talvez o “tchai” que bebeu por aqules copinhos de vidro lindo como os que conservo daquele mundo árabe – lindos – A 3 gorges da EDP em Portugal – está mesmo tudo à venda – 5ª feira o 1º dirá se vende ou não a TAP ao sr do mensalão irceu ??

  2. Miguel says:

    Sinceramente sou contra a privatização de tudo que é nosso, excepto da RTP. É algo que nesta década e nesta actualidade de informação gratuita e blogs deixa de fazer falta.

    • Meu caro, cada macaco no seu galho. Repare que muito do que alimenta a blogosfera vem da comunicação social tradicional. E o lugar de um serviço público existe em todos os países – que diabo, o que temos nós para fazer e ser diferente?

  3. 党項; says:

    a rtp até pode ser nossa mas há bué de pessoal com tdt que só apanha a tve e um porradão de canaes com o passos coelho a hablar español ou castellaño
    áqui rtp só se for no cabo….

  4. 党項; says:

    oia

  5. 党項; says:

    oia nem rtp j’ai…..

  6. Mas “qual” servico publico ? Quando ?
    Deve estar a brincar, quando diz que a RTP e “nossa”… Deve estar a referir-se aos “tubaroes”…
    Entao se, eu que ando emigrado (nao por sugestao dos governantes, mas por escolha propria) ha ja tantos anos, e se quiser ver um simples jogo de futebol da “nossa” Seleccao Nacional, tenho que procurar canais estrangeiros ou na net…, porque a RTP nao os transmite (pelo menos a RTP Africa), do que e que o meu amigo esta a falar ?
    Entao os “iluminados” da RTP agora ja “ganem”, eles que cada vez que ha uma luta social (uma greve, por exemplo) so transmitem as entrevistas “depreciativas” da mesma…, agora, que “lhes toca” ja “ganem” ?
    A RTP, nos moldes em que esta a ser gerida e um “buraco negro” e, se eu nao frequento lugares de “prostituicao”, tambem nao tenho nada que pagar a “chulos”…!

    • João Paulo says:

      Mas também não defendi que a RTP tem que ser e estar como sempre foi. Defendo um serviço público de Comunicação nas mãos do estado. Como funciona e em que moldes, isso é outra conversa. O que está aqui em causa é centrar tudo em Lisboa e “matar” uma parte do país, JP

  7. Konigvs says:

    Ontem por mero acaso apanhei o Fernando Tordo na Praça da Alegria que durante vários minutos faz um apelo bastante indignado ao governo apesar de usar um tom sereno quase triste para que este não cometa mais este “erro” de deslocalizar este programa para Lisboa, porque este programa só faz sentido feito a partir do sítio onde está, como muitos outros que só fazem sentido em Lisboa.
    Fê-lo, disse, em nome de todos os artistas que são sempre muito bem tratados por aqueles profissionais e que gostam sempre de lá irem falar dos seus trabalhados e deu mesmo o seu exemplo que tinha recebido no dia anterior um telefonema a convidá-lo para lá estar, e disse que quando se deu conta já estava no comboio para o Porto, e que poderia muito bem em vez disso estar a trabalhar nas muitas músicas que tinha para acabar, e tudo isto a troco de nada, unicamente do bilhete do comboio ou duma ajuda para o gasóleo. Um apelo que me tocou profundamente em tempos em que a maior parte das vezes que ligo a TV só sinto nojo.

  8. MAGRIÇO says:

    Deixe-me felicitá-lo, João Paulo, pelo equilíbrio e bom-senso sempre presentes nos seus artigos. Um exemplo para alguns arrivistas bacocos que aqui dão largas aos seus desvarios chauvinistas.

    • João Paulo says:

      Obrigado pelas palavras simpáticas… quanto à veracidade das qualidades, tem dias hehehe 🙂

  9. A quem fala do alto da “burra”, como se fosse detentor de toda a verdade sobre a RTP, dou apenas um dado que, julgo, é esclarecedor: a 6 de Setembro, o insuspeito Jornal de Negócios (pertencente ao grupo Cofina), publicou um artigo sobre o fraccionamento dos programas da RTP, uma análise fina que permite perceber quais são os programas superavitários e os programas deficitários. Da análise, verifica-se, desde logo, que enquanto o entretenimento, em geral, é deficitário, a informação é superavitária. Mas há um dado ainda mais relevante, para a actual discussão: do “top 3” dos programas mais rentáveis da RTP fazem parte, por esta ordem: Telejornal (cerca de 13 milhões de euros de lucro), Jornal da Tarde (cerca de 9 minhões de euros de lucro) e… pasme-se… Praça da Alegria (cerca de 4 milhões de euros de lucro). Pois é: dois dos três programas mais rentáveis da RTP são produzidos na RTP Porto. Mais: nenhum dos dois se situa no chamado “prime time” televisivo, ou seja, a partir das 19:00. Mais ainda: se somarmos os lucros gerados pela produção e emissão dos dois programas e os cruzarmos com a massa salarial de TODOS os trabalhadores de Rádio e TV públicas (uma recente notícia do “i” referia um valor, algo inflaccionado, que rondava os 15 milhões de euros anuais), no Porto chegamos a uma interessantíssima conclusão: só esses dois bastam para tornar toda a RTP Porto auto-suficiente. A existência e funcionamento actual da RTP Porto não custará mais do que uns cêntimos (repito: uns cêntimos) por ano, a cada cidadão português. O racional não será, assim, centralizar programas… mas precisamente o contrário. Com a vantagem evidente de que, descentralizando, se estará sempre a prestar um serviço mais próximo das populações.

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